sábado, 27 de fevereiro de 2010

Pesquisa Datafolha: Serra está despencando


Dilma cresce em intenção de voto e já encosta em Serra, diz Datafolha

da Folha Online

Pesquisa Datafolha publicada na edição de domingo da Folha , mostra que a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil) cresceu cinco pontos nas pesquisas de intenção de voto de dezembro para janeiro, atingindo 28%.

No mesmo período, a taxa de intenção de voto no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuou de 37% para 32%.

Com isso, a diferença entre os dois pré-candidatos recuou de 14 pontos para 4 pontos de dezembro para cá.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No entanto, é impreciso dizer que o levantamento indica um empate técnico entre Serra e Dilma.

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Foram ouvidas 2.623 pessoas com maiores de 16 anos.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u700031.shtml

Governos de SP, DF, MG e RS usaram recursos da saúde para fazer ajuste fiscal

Do Vi o Mundo

Remédios por juros

por Leandro Fortes, em Carta Capital


Sem alarde e com um grupo reduzido de técnicos, coube a um pequeno e organizado órgão de terceiro escalão do Ministério da Saúde, o Departamento Nacional de Auditorias do Sistema Único de Saúde (Denasus), descobrir um recorrente crime cometido contra a saúde pública no Brasil. Em três dos mais desenvolvidos e ricos estados do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, todos governados pelo PSDB, e no Distrito Federal, durante a gestão do DEM, os recursos do SUS têm sido aplicados, ao longo dos últimos quatro anos, no mercado financeiro.

A manobra serviu aparentemente para incrementar programas estaduais de choques de gestão, como manda a cartilha liberal, e políticas de déficit zero, em detrimento do atendimento a uma população estimada em 74,8 milhões de habitantes. O Denasus listou ainda uma série de exemplos de desrespeito à Constituição Federal, a normas do Ministério da Saúde e de utilização ilegal de verbas do SUS em outras áreas de governo. Ao todo, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passa de 6,5 bilhões de reais, sem falar nas consequências para seus usuários, justamente os brasileiros mais pobres.( Leia na íntegra aqui )


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

José Serra e as privatizações

Do Blog do Douglas Yamagata

José Serra: recordando as privatizações...



Recortes da Revista Veja de 1995 e 1996, relembram o apoio do ministro Jose Serra às privatizações.


Folheando exemplares antigos da nossa queridíssima revista Veja, encontrei algumas matérias que denunciam todo o empenho do então Ministro do Planejamento de FHC, José Serra, às privatizações.

Abaixo, recortes das matérias (clique nas imagens para ampliar):

Data: Revista Veja do dia 03/05/1995





Data: Revista Veja do dia 14/06/1995



Data: Revista Veja do dia 19/07/1995





Data: Revista Veja do dia 10/10/1995





Data: Revista Veja do dia 07/02/1996





Data: Revista Veja do dia 29/05/1995





As imagens ilustram claramente qual é a política econômica a ser adotada, caso Serra seja presidente. Uma política de venda do patrimônio público, sem nenhum pudor.

Fontes: Revista Veja (1995-1996 vários)


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Emir Sader: quem era terrorista? José Agripino ou Dilma?


À falta de outros argumentos e propostas, com um mínimo de consistência, os opositores reiteram a imagem de “terrorista” de Dilma. Quem era terrorista:

O golpe militar de 1964, apoiado por toda a imprensa (com exceção da Última Hora, que recebeu todo o peso da repressão da ditadura), rompeu com a democracia, a destruiu em todos os rincões do Brasil, e instaurou um regime de terror – que depois se propagou por todo o cone sul do continente, seguindo seu “exemplo”.

Diante do fechamento de todo espaço possível de luta democrática, grandes contingentes de jovens passaram à clandestinidade, apelando para o direito de resistência contra as tiranias, direito e obrigação reconhecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Enquanto nos alinhávamos do lado da luta de resistência democrática contra a ditadura, os proprietários das grandes empresas de comunicação — entre eles os Frias, os Marinhos, os Mesquitas —, os políticos que apoiavam a ditadura — agrupados na Arena, depois PFL, agora DEM, como, entre tantos outros, o senador José Agripino —, grandes empresários nacionais e estrangeiros, se situavam do lado da ditadura, do regime de terror, da tortura, dos seqüestros, dos fuzilamentos, das prisões arbitrárias, da liquidação da democracia.

Quem era terrorista? Os que lutavam contra a ditadura ou os que a apoiavam? Os que davam a vida pela democracia ou os que se enriqueciam à sombra da ditadura e da repressão? Os que apoiavam e financiavam a Oban ou aqueles que, detidos arbitrariamente, eram vitimas da tortura nas suas dependências, fuzilados, desaparecidos?

Quem era terrorista? José Agripino ou Dilma? Os militares que destruíram a democracia ou os que a defendiam? Quem usava a picanha elétrica, o pau-de-arara, contra pessoas amarradas, ou quem lutava, na clandestinidade, contra as forças repressivas? Quem era terrorista: Iara Iavelberg ou Sergio Fleury? Quem estava do lado da Iara ou quem estava do lado do Fleury? Dilma ou Agripino? Quem estava na resistência democrática ou quem, por ação ou por omissão, estava do lado da ditadura do terror?


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=124655&id_secao=1


Lula critica a postura da ONU diante do embate sobre a soberania das Malvinas


Lula critica países ricos pelo enfraquecimento da ONU


Mariana Jungmann

Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (23) que a Organização das Nações Unidas (ONU) não tem representatividade e está enfraquecida pelos interesses individuais dos países ricos. Em discurso no encerramento da Cúpula da América Latina e Caribe, no México, o presidente disse que a ONU não cumpre seu papel de negociar a paz no Oriente Médio e dialogar com o Irã.

“Por que a ONU se afasta e os países individualmente tratam desses assuntos? Porque a ONU perdeu representatividade. Porque muitos dos países que participam do conselho de segurança preferem a ONU frágil, para que eles possam desobedecer as decisões e fazer do seu comportamento a grande personalidade de governança mundial”.

Segundo Lula, a falta de representatividade da ONU se reflete no embate entre Argentina e Reino Unido por causa das Ilhas Malvinas. “Qual é a explicação geográfica, política e econômica para a Inglaterra estar nas Malvinas. Qual é a explicação para a Organização das Nações Unidas não ter ainda tomado uma decisão e dizer que não é possível que a Argentina não seja dona das Malvinas. Será que é o fato de a Inglaterra participar como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e que eles podem tudo e os outros não podem nada”, questionou.

Lula ainda criticou duramente os países ricos pelo fracasso no debate climático de Copenhague e disse que “nem no tempo de sindicalista viu uma reunião tão desorganizada”. Segundo Lula, houve “pobreza de espírito” de países importantes que quiseram responsabilizar apenas a China pela questão climática.

“Não é possível que os países ricos se proponham a dar uma quantia em dinheiro muito pequena e ajam como se estivessem prestando um favor. Nos últimos 200 anos foram eles que poluíram o planeta, então não é favor. É pagamento de dívida, é uma reparação que eles estão fazendo”, afirmou Lula.

O presidente ainda falou do bloqueio econômico a Cuba e da necessidade de dialogar permanentemente com os Estados Unidos para que essa decisão seja suspensa, e sobre o golpe de Estado em Honduras. “A gente não pode aceitar de nenhuma maneira que essa experiência de juntas militares em Honduras prevaleça nos outros países da América Latina, senão daqui a pouco eles podem achar que qualquer um de nós é demais”, afirmou.

Sobre o Haiti, Lula disse que é preciso pensar a reconstrução do país a longo prazo e fortalecer o governo e as instituições democráticas. “Senão daqui a pouco tá todo mundo governando o Haiti, menos o presidente eleito democraticamente”, completou Lula.

Fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/?q=node/665

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Senador Agripino Maia mentiu mais uma vez...


O líder do DEMos no Senado, José Agripino, mentiu descaradamente ao tentar desqualificar as afirmações de Dilma Rousseff, em seu discurso no Congresso do PT, de que Petrobras, Furnas, Banco do Brasil e CEF só não foram privatizados porque os "brasileiros resistiram".

O senador do DEMos afirmou:

- O delírio da ministra está chegando às raias da mentira. Nunca se cogitou nada disso, privatização da Petrobras, de Furnas. Isso nunca existiu.

Quem ultrapassou as raias da mentira foi José Agripino Maia. A própria imprensa corporativa comprova categoricamente.

Em Agosto de 1997, o DEMos ainda era PFL, e o jornal Gazeta Mercantil publicava declarações do presidente do então partido Jorge Bornhausen (PFL/SC) e do então líder na câmara Inocêncio de Oliveira (PFL/PE) defendendo a privatização da Petrobras:

Detalhe:
Em 1997 o presidente da Petrobras, era Joel Rennó, nomeado pelo PFL (DEMos), e ficou no cargo até 1999, após a reeleição de FHC.

Fonte: Com texto livre

Fantástico esconde a verdade em reportagem sobre lixo e alagamentos em São Paulo

Luciana Rotondi: "A matéria do Fantástico faltou com a verdade e reproduziu o discurso do Kassab e do Serra, que vira e mexe responsabilizam a população pelas enchentes, terceirizando a culpa"

Na reportagem, às 8h as ruas do Bom Retiro estão limpas. Frequentemente, porém, a realidade é esta: montes de lixo. A foto, tirada por Luciana, no dia 12 de dezembro às 8h, foi passada para o laptop do repórter.

por Conceição Lemes

Domingo retrasado, 7 de fevereiro, o Fantástico exibiu a reportagem Câmera registra como o lixo provoca alagamentos. Repórter, Maurício Ferraz. Cenário de parte dela, o Bom Retiro, bairro da região central da cidade de São Paulo, conhecido pelas confecções e comércio de roupas.

Selecionamos alguns trechos:

Para ver exatamente como o lixo se acumula, ficamos 14 horas de plantão no Bom Retiro.... O caminhão de lixo passa depois que as lojas fecham. De manhã, as ruas estão limpas. Mas, aos poucos, aparece um saco de lixo aqui, outro ali. Quatro horas depois, a sujeira já toma conta de vários lugares.
...

E um catador de lixo faz a maior sujeira. “O lixo que sobra, o caminhão passa e pega. É muito lixo, mas não é só meu”, conta o catador de lixo Adriano Cabral.
...

Os garis fazem o que podem, mas reparem: o que recolheu volta para a rua de novo, dentro de um saco plástico, à espera do caminhão de lixo.
...

Os bueiros já não dão mais conta. O lixo vai parando e a água vai ficando represada... É impressionante como a água sobe rapidamente. Em menos de dez minutos o trânsito para. Parece que estamos num rio.
....

Com uma câmera especial, o Fantástico registrou também como ficam os bueiros, depois dos temporais. No Bom Retiro, é tanta sujeira, tanto retalho de tecido, que fica evidente o que vai acontecer na próxima chuva. Fazemos uma blitz em vários pontos da capital paulista, e a situação é parecida.

“DEI FOTOS COM A SITUAÇÃO REAL, O FANTÁSTICO IGNOROU”

“A reportagem do Fantástico distorce a realidade, colocando a culpa em lojistas, catadores de lixo e a população em geral. Nenhuma crítica é feita à péssima coleta de lixo da Prefeitura, que é a responsável pelo serviço”, afirma Luciana Rotondi. “E não foi por desconhecimento. Eu mesma dei informações e fotos ao repórter, provando o que acontece de fato no Bom Retiro. Nada foi usado.”

Luciana Rotondi é advogada. Há sete anos trocou a profissão (“Cansei!”) pela gerência da loja de bijuterias, que fica no coração do bairro – a rua José Paulino. De segunda a sábado, às 8h, ela já está lá. Inclusive no dia 4 de fevereiro, quando cruzou com um cinegrafista da Globo, depois com o restante da equipe.

“Como estávamos sem energia desde a tarde anterior devido à chuva forte, saí para dar uma volta. Nessa hora, encontrei o cinegrafista da Globo. Parei para conversar”, relembra. “Disse-lhe que achava muito bom que filmassem as mazelas do Bom Retiro. Também que, diferentemente daquele dia que tudo estava limpinho, é comum as ruas estarem imundas logo pela manhã e que eu tinha fotos, feitas no meu celular, com data e horário, mostrando a situação real.”

“Em seguida, o repórter veio até a loja me solicitar as fotos, disse que estavam ótimas e pediu para passá-las para o seu micro”, prossegue. “Contei que, em dezembro, a coleta da rua tinha sido péssima e que em janeiro ainda estava ruim...Também que de agosto a dezembro ganhava um prêmio quem encontrasse um gari nas ruas do bairro.”

“Eles saíram da loja agradecendo, disseram que as minhas reclamações eram as mesmas de outras ouvidas pelo bairro”, continua Luciana. “Pedi apenas que apresentassem a coisa como realmente ela é... Eles disseram que iriam fazer isso, mas não sabiam como ela iria ao ar... Fiquei, sim, com uma ponta de esperança de que a Globo fosse apresentar a realidade. Não foi o que aconteceu.”

As lojas fecham entre 17h30 e 18h. O caminhão de lixo não passa logo depois como dá a entender a reportagem. “Já fiquei lá várias vezes até 19h, nunca o vi”, frisa. “No início de fevereiro, o site da empresa que faz a coleta informava que era às 23h30. Um absurdo. Atualmente consta 4 da madrugada. Outro absurdo. O ideal é que passasse às 18h. Além de evitar que o lixo se espalhe, já não há mais trânsito na região. ”

Às 8h, as ruas não estão limpas como é dito na matéria. Frequentemente nesse horário já estão com quantidades enormes de lixo. “Talvez a Prefeitura, sabendo que a Globo iria lá, resolveu mascarar um pouco o que acontece no dia a dia”, suspeita.

“O fato é que, em sete anos de Bom Retiro, nunca vi tanto alagamento nem tanto lixo acumulado nas ruas. Tem de haver uma explicação séria para isso, para buscar soluções”, ressalta Luciana. "Esse, no meu entender, seria o mote para uma reportagem honesta. Não foi. A matéria do Fantástico faltou com a verdade e reproduziu o discurso do prefeito Gilberto Kassab e do governador José Serra, que vira e mexe responsabilizam a população pelas enchentes, terceirizando a culpa. Lamentável.”

Depois das reclamações de muitos lojistas, inclusive de Luciana, o serviço de coleta de lixo passou na rua José Paulino. Horário: meio dia.

Fonte: Viomundo

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Folha de São Paulo distorce tudo contra Dilma

Não dá pra não desconfiar

Por Celso Lungaretti em 20/2/2010

Em plena terça-feira de carnaval (16/2), a manchete da Folha de S.Paulo foi "Para Dilma, Estado deve ser também `empresário´", com direito ao subtítulo "Pré-candidata quer que União não só induza, mas toque obras" e a quatro parágrafos introduzindo o assunto. Depois, no caderno "Brasil", vem o restante, tendo como título "Dilma faz defesa de Estado presente e tocador de obras".

O texto da repórter Marta Salomon, da sucursal de Brasília, desde o início causa estranheza. Primeiramente, porque não se refere a uma entrevista concedida por Dilma Rousseff ao jornal, mas sim de uma que foi editada em livro, para lançamento durante o congresso do PT.

Depois, porque confunde grotescamente o Estado empresário, que faz brotar empresas estatais como cogumelos, com o Estado que cumpre sua missão de disponibilizar serviços essenciais à população. Se não, vejamos:

"...a pré-candidata ao Planalto Dilma Rousseff defendeu a presença mais forte do Estado na economia, não só para induzir investimentos mas também para tocar obras. `O Estado terá, inexoravelmente, de reforçar seu segmento executor´, disse a ministra ao apresentar proposta que chamou de `bem-estar social à moda brasileira´.

"A presença mais forte do Estado na economia será necessária, defende Dilma, para universalizar serviços de saneamento, melhorar a segurança pública, ampliar o número de unidades de atendimento na saúde e a oferta de habitação a partir de 2011. Mais de quarta parte da população (26,6%) ainda não dispõe de serviços de esgoto, de acordo com os dados oficiais mais recentes."

Na sexta-feira (19/2), a Folha de S.Paulo dá a mão à palmatória, admitindo implicitamente que sua principal matéria de três dias antes estava bem no espírito do Carnaval: era um samba do crioulo doido, só que carente do talento e espirituosidade do imortal Sérgio Porto.

Erro aleatório

O jornal publica no "Painel do Leitor" a refutação de Oswaldo Buarim Jr., assessor especial da Casa Civil, sem nada contestar. Isto, em jornalismo, significa que a réplica é inquestionável e não deixou espaço para tréplica. A Folha de S.Paulo não encontrou uma única palavra para dizer, que pudesse justificar a leviandade informativa por ela cometida.

Eis, portanto, o que evidenciou-se como a verdade cabal neste episódio:

"Na entrevista (...) não há uma só linha que ampare a manchete da Folha de 16/2... O título distorce o enunciado da reportagem interna, que, por sua vez, é uma distorção da entrevista.

"Para correta informação dos leitores, reproduzimos a declaração da ministra com seu sentido completo: `O Estado terá, inexoravelmente, que reforçar seu segmento executor, para universalizar o saneamento. Melhorar a segurança pública, a habitação, as condições de vida da população etc. Teremos que adotar novos e modernos mecanismos de gestão interna, que instituam o monitoramento, a verificação, relatórios e mecanismos adequados de controle´.

"Nada a ver com `presença mais forte do Estado na economia´, como diz a reportagem. Tudo a ver com capacitação do Estado para atender as necessidades da população de maneira eficaz.

"Também foi distorcido o sentido de outra afirmação da ministra: `Muitos diziam que só havia um jeito de as pessoas melhorarem sua situação: através do mercado. E que, se acreditássemos nisso, no final todos seríamos salvos´. Nesse ponto da entrevista, ela se refere a programas como o Minha Casa Minha Vida, conforme está claro na continuação do raciocínio, sonegada aos leitores do jornal: `Era simplesmente impossível fazer política de habitação, porque não se podia subsidiar. Como construir casas para a população com renda de até três salários mínimos se o custo da casa não é compatível com a renda? A equação simplesmente não fecha. O mercado jamais resolveria esse problema´.

"Nada a ver com `presença mais forte do Estado na economia´. Tudo a ver com política de subsídios para habitação popular."

O pior é que não se trata de um erro aleatório e inofensivo, mas sim de um que sugere ao leitor a criação de empresas que possam ser instrumentalizadas politicamente de diversas maneiras, inclusive como cabides de empregos.

Pedido de desculpas

Era a conclusão óbvia a que os perspicazes chegariam. E foi o que um leitor mineiro da Folha deduziu, em mensagem que o jornal alegremente publicou no dia seguinte:

"Se me faltassem motivos para não votar na candidata Dilma Rousseff, a manchete de ontem já teria sido suficiente: `Para Dilma, Estado deve ser também `empresário´´. Não consigo deixar de imaginar a fila de petistas e peemedebistas, de inquestionável integridade, em busca de vagas na diretoria das novas estatais, com o firme propósito de promover `bem-estar social à moda brasileira´. O altruísmo desse pessoal eu conheço de outros carnavais."

Cabe à sucursal de Brasília informar os leitores da Folha sobre os acontecimentos políticos, não ela própria fazer política, fornecendo armas propagandísticas para os opositores de qualquer candidatura presidencial.

O jornal está devendo um pedido de desculpas a Dilma, sua vítima habitual, de quem publica até ficha policial falsa; e a seu público, por mais esta manipulação explícita e desmascarada.


Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=577IMQ008

STF tem 129 pedidos de intervenção federal

Segundo o tribunal, processos envolvem 12 das 27 unidades da federação. A maior parte refere-se a precatórios

Por: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual

São Paulo - O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa atualmente 129 pedidos de intervenção federal em 12 das 27 unidades da federação, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (19). Segundo o STF, a maior parte dos pedidos trata da execução de sentença de precatórios. São Paulo concentra o maior número de ações (51), seguido do Rio Grande do Sul (41), Espírito Santo e Paraíba (oito cada), Rio de Janeiro (cinco), Pará (cinco), Goiás (três), Paraná (dois), Ceará (dois), Distrito Federal (dois), Rondônia (um) e Alagoas (um).

"A Constituição brasileira preserva a autonomia de estados, municípios e do Distrito Federal, mas abre exceções para a intervenção da União em alguns casos como a manutenção da integridade nacional; para repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; em caso de grave comprometimento da ordem pública; e para garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação", informa o STF.

O processo mais recente refere-se ao Distrito Federal, e foi protocolado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele alega, segundo o Supremo, que a medida busca "resgatar a normalidade institucional e a credibilidade das instituições", após denúncias de corrupção que resultaram na prisão do governador José Roberto Arruda.


http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/stf-tem-129-pedidos-de-intervencao-federal/view