Pinçado do Carta Maior
por Mauro Santayana
Há um velho ditado que reza que, toda vez que o capitalismo se vê ameaçado, ele sai para passear com o fascismo.
Como um skinhead e seus pit-bulls, que pode ser por eles atacado, depois de tentar prendê-los à força no canil, ao voltar para casa, bêbado drogado, a Europa mostra que não aprendeu nada com as notícias dos jornais, nem com as lições do passado.
Dirigentes europeus - e norte-americanos - tiram fotos, sorridentes, ao lado dos líderes do Partido Svoboda ucraniano, que podem ser vistos, em outras fotos, recentes, discursando em tribunas nazistas e saudando com a palma da mão levantada.
A cruz celta, símbolo da supremacia branca, as suásticas, os três dedos que lembram o tridente tradicional usado pelos neofascistas ucranianos, os raios assassinos das SS nazistas, destacam-se nas bandeiras e braçadeiras portadas pela multidão, na qual desfilam, triunfantes, membros das 22 organizações neonazistas que existem no país, que, segundo analistas locais, são muito mais radicais que o “Svoboda”.