Do Tijolaço
“Medir, senhora, é comparar”.
O professor Julio Cesar de Mello e Souza, ao encarnar Beremiz Samir, o famoso “Homem que Calculava” usou esta frase para um “início de conversa” sobre matemática.
O Índice de Desenvolvimento Humano, que a nossa imprensa divulgou como sendo um retrato perfeito do nível de desenvolvimento de 187 países é exatamente isso: uma comparação.
E, sendo uma comparação, exige que ela seja feita em bases semelhantes para todos, o mais aproximadamente possível. E nem sempre – ou melhor, nunca, na prática – se conseguem dados colhidos nas mesmas épocas e condições, ainda mais em escala global.
É dever de qualquer autor que promove comparações esclarecer que dados e de quando são os utilizados em algo que, essencialmente, compara países.
Não há nada demais em que sejam usados dados de datas diferentes quando: a) dados mais recentes não estão disponíveis e b) isso seja devidamente ressalvado por quem divulga a comparação.