sábado, 19 de setembro de 2009

19,3 milhões de brasileiros saíram da miséria desde 2003

No ano passado, 3,8 milhões de brasileiros deixaram de ser pobres

Da Agência Brasil - 19 de Setembro de 2009


Brasília - A crise financeira internacional diminuiu o ritmo de crescimento econômico do Brasil a partir do final de 2008, mas não impediu que houvesse uma redução da pobreza. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), um total de 3,8 milhões de brasileiros saíram da miséria no ano passado, o que representou uma queda de 12,27% no número de pessoas pobres.


Os dados constam da pesquisa Consumidores, Produtores e a Nova Classe Média, elaborada pelo Centro de Políticas Sociais (CPS) da FGV e que será apresentada na próxima segunda-feira (21).


A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostrou que, em 2008, os pobres sofreram menos com a desaceleração da economia provocada pela crise. Para os 10% das pessoas ocupadas com rendimentos mais baixos, o crescimento da renda média mensal foi de 4,3% no ano passado, enquanto para os 10% com rendimentos mais elevados houve elevação de 0,3%.


Segundo o levantamento da FGV, 19,3 milhões de brasileiros saíram da miséria desde 2003 com a melhoria do mercado de trabalho, o aumento do salário mínimo e os programas de transferência de renda como o Bolsa Família. Atualmente, o Brasil tem 16,02% da população abaixo da linha de pobreza, num total de 29,3 milhões de miseráveis.


Caso não houvesse a mundança dos últimos seis anos, a FGV calcula que o país estaria com 50 milhões de pobres. Em 1993, a economia brasileira tinha 35,03% da população na situação de miséria. Entre 1995 e 2003, esse indicador girou em torno de 28%.


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Senado x funcionários fantasmas



O Senado está parecendo uma casa mal assombrada de tantos fantasmas e de milhõe$ desaparecidos dos cofres públicos. Vejam alguns dos espectros:

Arthur Virgílio (PSDB-AM) autorizou e manteve um funcionário fantasma em seu gabinete recebendo salários mesmo morando no exterior (aqui);

Renan Calheiros (PMDB-AL) manteve um funcionário estudando na Austrália no ano de 2005, sem trabalhar no Senado, situação muito parecida com a de Arthur Virgílio (aqui);

Marco Maciel (DEM-PE) teve um funcionário que mesmo depois de preso continuou na folha de pagamento do Senado (aqui);

Até a filha de FHC era funcionária fantasma do Heráclito Fortes (DEM-PI), aqui ;

Mas, o record ficou mesmo com o Senador Efraim Morais (DEM-PB) que mantinha uma tropa de 52 funcionários fantasmas em seu gabinete, na verdade, eram cabos eleitorais pagos pelo contribuinte apenas para tocar assuntos de interesse exclusivo do senador e de seus aliados. Só em salários, os fantasmas custaram aos cofres públicos 6,7 milhões de reais ao longo dos quatro anos em que o senador ocupou a primeira-secretaria (aqui).

Portanto, qual é a moral desses senadores para fiscalizar, punir ou afastar os que cometem abusos e roubalheiras?



quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Entrevista do presidente Lula ao jornal Valor Econômico

Uma entrevista histórica

Do Blog do Luís Nassif - 17/09/2009

Escreverei sobre ela na Coluna Econômica de amanhã.

Mas os jornalistas do Valor conseguiram registrar a mais importante entrevista até agora dada pelo Lula e um marco na consolidação dos novos conceitos de gestão pública e política daqui para frente. Sem erudição, com seu linguajar simples, Lula simplesmente desenhou o país dos próximos 15 ou 20 anos.

É impressionante a diferença de conceitos expostos por homens de ação, politicos genuinamente intuitivos – como Collor, Covas e Lula – e as firulas retóricas de FHC.

Do Valor

Lula propõe uma "Consolidação das Leis Sociais"

Claudia Safatle, Maria Cristina Fernandes, Cristiano Romero e Raymundo Costa, de Brasília

17/09/2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende mandar ao Congresso ainda este ano um projeto de lei para consolidar as políticas sociais de seu governo. A ideia é amarrar no texto da lei uma “Consolidação das Leis Sociais”, a exemplo do que, na década de 50, Getúlio Vargas fez com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Diz que, para este projeto, não vai pedir urgência. “É bom mesmo que seja discutido no ano eleitoral”.

Faz parte dos planos do presidente também para este ano encaminhar ao Congresso um projeto de inclusão digital. “Será para integrar o país todinho com fibras óticas”, adiantou.

Na primeira entrevista concedida após a grande crise global, Lula criticou as empresas que, por medo ou incertezas, se precipitaram tomando medidas desnecessárias e defendeu a ação do Estado. “Quem sustentou essa crise foi o governo e o povo pobre, porque alguns setores empresariais brasileiros pisaram no breque de forma desnecessária”.

Ele explicou porque está insatisfeito especialmente com a Vale do Rio Doce, a quem tem pressionado a agregar valor à extração de minério, construir usinas siderúrgicas e fazer suas encomendas dentro do país, em vez de recorrer à importação, como tem feito. “A Vale não pode ficar se dando ao luxo de ficar exportando apenas minério de ferro”, diz ele. Hoje, disse, os chineses já produzem 535 milhões de toneladas de aço por ano, enquanto o Brasil, o maior produtor de minério do mundo, produz apenas 35 milhões de toneladas. “Isso não faz nenhum sentido.”

O presidente defendeu a expansão de gastos promovida por seu governo, alegando que o Estado forte ajudou o país a enfrentar a recente crise econômica. “A gente não deveria ficar preocupado em saber quanto o Estado gasta. Deveria ficar preocupado em saber se o Estado está cumprindo com suas funções de bem tratar a população.”

Rechaçou a eventualidade do “risco Serra”, aludido por algumas autoridades de seu governo face às veementes críticas do governador de São Paulo, José Serra (PSDB) à política monetária. “É uma cretinice política. É tão sério governar um país da magnitude do Brasil que ninguém que entre aqui vai se meter a fazer bobagem, vai ser bobo de mexer na estabilidade econômica e permitir que a inflação volte”.

A falta de carisma da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata à sua sucessão em 2010 não é , para ele, um obstáculo eleitoral. “Se dependesse de carisma, Fernando Henrique Cardoso não teria sido eleito e Serra não seria nem candidato. Jânio Quadros tinha carisma e ficou só seis meses”. O principal ativo de Dilma, na opinião de Lula, é a “capacidade gerencial” da ministra. “E mulher tem que ser dura mesmo, para se impor entre os homens.”

Lula contou que já desaconselhou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a se candidatar ao governo de Goiás. “Eu já disse pro Meirelles. Eu sinceramente acho que o Meirelles não devia pensar em ser candidato a governador, coisa nenhuma. Mas esse negócio tem um comichão…”

O risco de os esqueletos deixados por planos de estabilização de governos passados se transformarem em pesado fardo para o Tesouro Nacional preocupa o presidente. Segundo ele, se o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar as ações contra bancos baseadas em supostos prejuízos causados por planos econômicos, uma conta que supera os R$ 100 bilhões, os bancos vão acionar judicialmente a União para bancar que ela banque essa despesa.

Na entrevista ao Valor, concedida na manhã de ontem em seu gabinete no Centro Cultural do Banco do Brasil, o presidente falou por uma hora e meia. Fumou cigarrilha na última meia hora da entrevista e não se recusou a falar de seu futuro político quando deixar a Presidência. “Gostaria de usar o que aprendi na Presidência para ajudar tanto a América Latina quanto a África a implementar políticas sociais, mas primeiro preciso saber se eles querem, porque de palpiteiro todo mundo está cansado”. Sobre uma nova candidatura em 2014, o presidente foi direto: “Se Dilma for eleita, ela tem todo direito de chegar em 2014 e falar ‘eu quero a reeleição’. Se isso não acontecer, obviamente a história política pode ter outro rumo”. ( leia na íntegra )

Renan e Arthur Virgílio trocam acusações no Senado

Renan e Arthur Virgílio voltam a discutir sobre funcionários que teriam recebido sem trabalhar

Da Agência Senado - 16/09/2009

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) cobrou do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) nesta quarta-feira (16) que revelasse o nome do senador que teria mantido entre seus funcionários durante dois anos um presidiário. Durante discussão em Plenário na terça-feira, Renan disse saber do caso, mas não citou nomes. Irritado, o líder tucano disse que Renan havia deixado "algo muito grave no ar" e que prevaricaria se não desse a informação completa.


Na terça-feira, Virgílio cobrara explicações de Renan sobre notícias publicadas pela imprensa a respeito de um ex-funcionário do parlamentar alagoano, o atual deputado Rui Palmeira, que teria estudado na Austrália às custas do Senado no ano de 2005. Ele disse considerar ser dever de todos os senadores admitirem publicamente eventuais equívocos administrativos, ressarcindo aos cofres públicos o valor das despesasirregulares.

- Não fique preocupado. Vossa Excelência já respondeu a tudo sobejamente. Meu partido recomendou sua absolvição. Não vou entrar nessa discussão - respondeu Renan Calheiros, referindo-se à representação de seu partido contra o líder tucano no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para apurar a denúncia de que um funcionário seu teria feito um curso na Espanha recebendo vencimentos do Senado. Virgílio reconheceu o erro, foi absolvido da acusação no Conselho de Ética e está devolvendo ao Senado as quantias despendidas com o salário do servidor durante o curso.

Renan também criticou Virgílio por ter afirmado que não acreditava mais no Conselho de Ética.

- Continuo dizendo que o Conselho de Ética é ilegítimo. Não é possível que isso aqui vire uma máfia regida pela lei do silêncio, em que um encobre o outro - respondeu Virgílio.

O presidente José Sarney disse não ter qualquer informação sobre a existência de um presidiário com salário pago pelo Senado. Ele disse que, caso a denúncia se sustente, mandará tomar as devidas providências.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Táticas na CPI da Petrobras

Do Blog da Petrobras

15 de setembro de 2009 / 12:07

JornalReportagem do jornal Valor Econômico dessa terça-feira (15/9), Governistas esvaziam CPI da Petrobras , aponta as táticas usadas na CPI e a tentativa de conseguir provas das supostas irregularidades da empresa. Leia alguns trechos abaixo:

“Temos muita dificuldade em conseguir informações contra a Petrobras”.

“Não temos muitas denúncias concretas contra a Petrobras. Até mesmo o Tribunal de Contas da União ainda está revendo as irregularidades”.

“São denúncias que têm mais visibilidade política (…)”

“Vamos acabar ‘mordendo’ alguma coisa nessa fase.”

“Os patrocínios são muito pulverizados, o que dificulta o controle da Petrobras” .

Segundo a reportagem, um senador explicou que a oposição contava com a “colaboração da imprensa” , para fazer novas denúncias e que sem isso “fica difícil surgir mais informações contra a estatal” . “Botamos fé na imprensa” , comentou.

versão online

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Lula prevê recorde na geração de empregos

Governo prevê emprego recorde


Lula prevê recorde na geração de empregos


Jornal do Brasil - 15/09/2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a geração de empregos formais em agosto deve bater recorde. O total de vagas, segundo o governo, chegará a 150 mil. Os números serão confirmados na quinta-feira pelo Ministério do Trabalho.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a geração de empregos formais em agosto deve bater recorde. Lula antecipou segunda-feira que o total de vagas geradas no mês passado deve chegar a 150 mil, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que serão divulgados na quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

– Certamente vamos bater outra vez o recorde de criação de empregos, deve ser por volta de 150 mil – disse Lula, em entrevista a rádios de Roraima. – Enquanto o mundo inteiro está tendo desemprego, vamos chegar ao fim do ano com quase um milhão de empregos novos criados com carteira assinada.

O último Caged registrou a criação de 138.402 vagas formais em julho de 2009, o melhor saldo registrado no ano e o quarto maior da série histórica. O número é 0,43% maior do que o registrado no mês anterior, mas é menor do que o referente a julho de 2008, quando foram criados 203.218 postos. No acumulado do ano, o saldo é de 437.908 postos.

Aposta

Em seu programa semanal de rádio Café com o presidente, o chefe do Executivo afirmou também que o Brasil entrará em 2010 numa situação de crescimento econômico. Para Lula, o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro e quarto trimestres também vai demonstrar um desempenho muito melhor da economia brasileira até o final do ano. Após dois trimestres de queda, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou na última sexta-feira crescimento de 1,9% na comparação do segundo com o primeiro trimestre do ano Com o resultado, o Brasil saiu oficialmente da recessão técnica.

– Isso significa que nós vamos começar o ano numa situação muito virtuosa, de muito otimismo, e crescimento – disse o presidente.

No primeiro semestre, a economia brasileira encolheu 1,5%. No acumulado em 12 meses, o PIB teve expansão de 1,3% em relação aos quatro trimestres anteriores.

– É tudo que precisamos. Voltar à normalidade econômica, voltar a crescer, gerar empregos, distribuir renda, que é isso que o povo brasileiro espera de nós.

O presidente voltou a afirmar que os números que demonstraram a saída do país da recessão técnica apenas confirmaram o ponto de vista do governo de que a crise tinha chegado por último no Brasil e que aqui iria acabar primeiro.

– Porque o Brasil estava preparado – reiterou Lula.

O último relatório Focus, com projeções de cerca de 100 instituições financeiras coletadas pelo Banco Central, já reduziu para 0,16% a estimativa de queda do PIB neste ano.

Fundos do pré-sal

Lula reafirmou que irá usar parte do dinheiro do fundo social do pré-sal – que consta na proposta do novo marco regulatório do petróleo enviado ao Congresso – para investir na educação, condição básica para o Brasil entrar no grupo dos países desenvolvidos, segundo ele.

– Minha tese é a seguinte: o século 21 é o século do Brasil e a gente não pode jogá-lo fora como jogamos o século 20. A educação é fundamental.

Com Agência Brasil

Cadê o tsunami demo-tucano. ...




Brasil vive fase de febre de negócios


Ricos e pobres, do Sul e do Norte, querem negociar com o Brasil


Valor Econômico - 15/09/2009

Trem-bala, construções para a Copa do Mundo, petróleo do pré-sal, oportunidades no Nordeste ou Ano da França no Brasil. Mudam as razões mais imediatas, mas o discurso é muito parecido. "Nunca houve tanto interesse pelo Brasil" é uma frase que hoje é muitas vezes ouvida de integrantes de câmaras de comércio e de representantes de órgãos governamentais que buscam fomentar as relações bilaterais entre o Brasil e um terceiro país. A crise e seu impacto na corrente de comércio do Brasil com os demais países não afetou a intensa agenda com eventos e rodadas de negócios das câmaras de comércio. Ao contrário, fez ela se intensificar.

Há duas semanas o Estado do Espírito Santo sediou o Encontro Econômico Brasil-Alemanha. Estavam agendadas previamente para o evento 67 reuniões de negócios, que saltaram para 180 em função da demanda. Neste ano devem desembarcar no Brasil representantes de 500 empresas francesas para cerca de 40 eventos agendados para 2009. A ideia, segundo divulgação do governo francês, é, paralelamente às comemorações culturais do ano da França no Brasil, promover também as relações comerciais entre os dois países. A Câmara de Comércio França-Brasil contabilizou de janeiro a julho deste ano 256 consultas de empresas interessadas em investir ou vender para o Brasil. A estimativa da câmara é que serão ultrapassadas as 340 empresas que fizeram consultas no ano passado.

Nesta semana o país receberá 16 empresários árabes interessados em participar em feiras à procura de produtos e serviços de áreas diversas como alimentos, cerâmicas, produtos de toucador e materiais de construção. Os empresários chegam com apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que inaugurou este ano um programa pelo qual traz missões com empresas interessadas em importar produtos brasileiros.

No fim deste mês, o Ceará vai assistir ao Encontro Empresarial de Negócios em Língua Portuguesa que trará empresas de oito países lusófonos interessadas em investir no país ou em relações comerciais com o Brasil. Entre os setores priorizados no encontro estão turismo, infraestrutura e recursos naturais. Também no Nordeste, o governo canadense inaugurou em agosto, em Recife, seu quinto escritório comercial no Brasil. O Canadá deve abrir outro escritório em setembro, em Porto Alegre.

Tantos eventos têm tornado mais frequente a vinda ao Brasil de autoridades estrangeiras com o objetivo de facilitar relações bilaterais com o Brasil. De janeiro a agosto de 2009 o ministro e os secretários do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) tiveram 38 reuniões com representantes de empresas interessadas em investir no Brasil ou com autoridades estrangeiras para tratar de relações comerciais. O número total é pouco maior do que as 34 reuniões com mesmo perfil registradas no mesmo período de 2008. As autoridades representantes de outros países, porém, ganharam representatividade dentro dessa agenda. No ano passado, foram dez representantes estrangeiros no período. Em 2009, foram 22 países. Os dados, levantados pelo MDIC, não incluem as autoridades que foram recebidas no Brasil por outros ministérios, como o de Relações Exteriores, por exemplo. Para o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, o Brasil continuou a ser procurado, mesmo com a crise. Para ele, isso deve-se não só à conjuntura econômica favorável do país como também em razão da divulgação do Brasil no exterior.

A elevação do interesse estrangeiro pelo Brasil também aparece nas estatísticas de entidades empresariais. O Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) registrou no ano passado 16 eventos para promoção de relações bilaterais, principalmente missões de empresários estrangeiros interessados em investir ou vender ao Brasil. Em 2009, somente de janeiro a julho, já foram 38 eventos do tipo. O salto no volume de encontros não deve parar por aí, segundo a coordenadora do centro, Janet Castanha Pacheco. "A previsão é que até o fim do ano serão cerca de 50 eventos."

Os eventos do centro, que no ano passado reuniram pouco menos de mil pessoas, ficaram mais concorridos. Devem atrair este ano cerca de 3 mil participantes. Segundo Janet, neste ano, além das missões, destacam-se também a recepção de autoridades que representam outros países. "Está todo mundo se movimentando para girar a economia", define.

A coordenadora chama a atenção para novos países que passaram a mostrar interesse no Brasil. "Este ano tivemos a vinda de países novos, como Vietnã, Índia e Dinamarca." Para Janet, o assédio estrangeiro está mais intenso do que o movimento dos brasileiros para fora do país. "O número de missões de empresários brasileiros ao exterior com apoio da Fiep manteve-se estável", explica. No ano passado foram 17 missões. Em 2009, um total de 19.

Alessandro Teixeira, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), diz que o órgão recebeu neste ano até agora um volume de consultas 40% maior do que do ano passado por empresas querendo investir no país ou comprar produtos ou serviços brasileiros. A diversificação dos países interessados teve grande influência no aumento. "Rússia e México, por exemplo, sempre tiveram interesse no Brasil, mas agora estão vindo de forma mais concreta, com uma pauta mais forte", lembra. Para ele, além do bom desempenho da economia brasileira em meio à crise mundial, contribuiu para o assédio internacional uma exposição maior do país no exterior. "Até 2006 fazíamos uma média de 500 exposições fora do país, entre missões comerciais e participação em feiras. Em 2009, serão cerca de 745", contabiliza.

Ele esclarece que o nível de investimentos diretos no Brasil deve cair em 2009 em relação ao ano passado. "Mas no Brasil a queda deverá ser um pouco menor dos que a média de 40% esperada para o resto do mundo", diz.

De qualquer forma, ressalta Teixeira, o desempenho deve manter o ganho que o Brasil teve como destino dos investimentos diretos. Em 2000, diz ele, a Europa recebia metade dos investimentos diretos mundiais. Em 2009, o volume deve cair para 40%. Os Estados Unidos devem ficar com uma participação em torno de 15%. "A América Latina, em 2000, tinha menos de 4%. Em 2009, isso deve ficar em 6% ou 7%", acredita. E o Brasil, lembra, tem 30% de todo investimento da América Latina.

Para Ingo Plöger, coordenador do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, do qual participa há mais de 25 anos, o atual interesse dos alemães pelo país é inédito. Isso, diz, ficou evidente no último encontro para promover relações bilaterais entre os dois países, há duas semanas. "Os números surpreenderam", diz ele. "Tivemos a vinda de 170 alemães, com uma delegação de qualidade." Segundo ele, 19 empresários estavam interessados nos negócios para a Copa do Mundo de futebol em 2014, no Brasil.

"Também havia interessados em máquinas e equipamentos para a cadeia petrolífera, trem de alta velocidade, turismo, saúde e produtos de energia solar", diz Plõger, dando uma ideia da variedade de segmentos que têm despertado o interesse das empresas alemãs. Segundo ele, as rodadas de negócios foram em volume três vezes maior do que o inicialmente agendado "Houve uma contaminação dos alemães pelo otimismo brasileiro", acredita. "Creio que este ano os investimentos alemães no Brasil vão superar os US$ 2 bilhões."

Para Louis Bazire, presidente da Câmara de Comércio França-Brasil, é o otimismo em relação às perspectivas da economia brasileira o que tem prevalecido no interesse das empresas francesas. Para ele, o ano da França no Brasil criou oportunidades de eventos para gerar novos negócios, mas o interesse independe dessa comemoração cultural. "Dentro do mundo, o Brasil está sendo considerado como um dos melhores lugares para vender e investir", diz.

Ao lado de parceiros e investidores tradicionais, surgem novos países querendo ganhar espaço nas relações bilaterais com o Brasil. Bouchaib Safir, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Marrocos, diz que a crise não comprometeu o interesse dos empresários marroquinos no país. Em 2009 a câmara deve participar de um total de cinco missões de empresários marroquinos interessados no Brasil, tanto em investimentos como em importação e exportação. A quantidade de missões deve ser a mesma do ano passado, mas cresceu o número de participantes. No ano passado visitaram o Brasil cerca de 30 empresários marroquinos. Em 2009, esse número deve dobrar. "A crise afetou muito pouco. As empresas estão interessadas em várias áreas, como alimentos, agropecuária, energia elétrica, maquinário e eletroeletrônicos", diz Safir.

Emenda de Mercadante (PT-SP) pela liberação da internet



Da Agência Senado - 15/09/2009 - 16h46


Plenário retoma votação de destaques ao projeto que muda lei eleitoral



O presidente do Senado, José Sarney, abriu há pouco a ordem do dia desta terça-feira para retomar a análise dos pedidos de destaque para votação em separado das emendas apresentadas ao projeto (PLC 141/09) que modifica a legislação eleitoral. O texto-base foi aprovado na semana passada, mas ainda há mais de dez pedidos de destaque aguardando deliberação.

O Plenário aprovou emenda do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) autorizando os sites que contenham propaganda eleitoral gratuita a permanecer no ar mesmo no dia das eleições foi aprovada pelo Plenário. Já a propaganda eleitoral paga deverá sair do ar 48h antes da realização do pleito. A emenda havia sido apresentada em Plenário e recebeu parecer favorável dos dois relatores do projeto de lei (PLC 141/09) que altera a legislação eleitoral, os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Marco Maciel (DEM-PE).

Sem essa emenda, os sites de candidatos e de seus apoiadores teriam que ficar indisponíveis para acesso dois dias antes das eleições. O senador Mercadante argumentou, ao apresentar a emenda, que não há porque impedir o eleitor de consultar informações sobre os candidatos em seus sites oficiais nas horas que antecederem as eleições.

AI-5 DEMO-TUCANO




Os senadores Marco Maciel (DEM-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), representantes dos interesses demo-tucanos, queriam aprovar o AI-5 digital, ou seja, censurar a Internet brasileira. Pretendiam fazer com que a mesma não pudesse emitir opinião sobre os candidatos no período eleitoral.

Na verdade, o que eles queriam fazer era controlá-la assim como fazem com a grande mídia, melhor dizendo o PIG, que todos nós sabemos sempre esteve nas mãos de uma minoria privilegiada empenhada em manipular a opinião do povo e que não pensa em outra coisa a não ser eleger o seu próprio presidente da República.

domingo, 13 de setembro de 2009

Campanha para derrubar Dilma

Vejam os ataques inescrupulosos de uma oposição desesperada:


Do Ricardo Noblat - 13.9.2009

À espera da fala dos médicos de Dilma

Houve uma entrevista coletiva no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, quando alguns dos melhores médicos do país anunciaram que a minisrra Dilma Rousseff sofria de câncer linfático.

Há 10 dias, em entrevista a uma emissora de rádio de Porto Alegre, foi a própria ministra que revelou estar curada.

Os médicos que a trataram devem explicações mais detalhadas ao distinto público.

É repugnante os golpes baixos da extrema-direita brasileira (oposição sem caráter) representada aqui pelos comentários maliciosos do Ricardo Noblat, que não vacila ao destilar o seu veneno contra a presidenciável Dilma Rousseff.


Criticar faz parte do jogo político, mas criar assassinatos de reputação (como a ficha falsa e o factóide Lina Vieira) e querer insinuar que a ministra mente quando fala de sua própria doença é de dar nojo.



No Brasil quem paga impostos são os pobres

Copiado do Vi o Mundo

Caros Amigos: Carga tributária prioriza consumo, não o patrimônio. Pobres pagam mais imposto no Brasil

No Brasil quem paga impostos são os pobres


Por
Lúcia Rodrigues, na Caros Amigos


A carga tributária brasileira é profundamente injusta. Os trabalhadores que recebem salários mais baixos trabalham três meses a mais do que os ricos, para pagar tributos. A propriedade e o capital sofrem baixa taxação. E os latifundiários praticamente não pagam imposto sobre a terra

O estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre carga tributária e capacidade do gasto público no Brasil revela que são os trabalhadores os responsáveis pela maior parcela da arrecadação tributária no país. O percentual despendido para o pagamento de tributos é inversamente proporcional à renda dos brasileiros.

Quem recebe até dois salários mínimos de renda familiar mensal, ou seja, meio salário mínimo percapita por mês (levando-se em conta que o padrão de estrutura familiar no Brasil é composto por quatro pessoas), contribuiu no ano passado, com 53.9% desses recursos para o pagamento de tributos. Ao passo que o esforço dos que se encontram na outra ponta da tabela e recebem acima de 30 salários mínimos ficou na casa dos 29%.

O total de dias trabalhados para o pagamento de impostos por esses trabalhadores de baixa renda foi de 91 dias a mais no ano do que os que se encontram no topo da tabela. Ou seja, os trabalhadores mais pobres tiveram de trabalhar três meses a mais do que aqueles que recebem acima da faixa de 30 salários mínimos de renda familiar mensal.

“O sistema tributário brasileiro tem uma preferência. Fez a opção pelos ricos e proprietários”, afirma o presidente do Ipea, Márcio Pochmann. Ele conta que a tributação no país está focada sobre o consumo, principalmente, dos produtos destinados à população de baixa renda.

“Mas geralmente quem reclama da carga tributária são os ricos. Rico não querer pagar imposto, não é um fenômeno novo, é secular. Infelizmente somos um país que não tem cultura democrática. O sistema político expressa os interesses daqueles que têm propriedade e têm mais recursos para fazer valer os seus direitos”, argumenta.( continue ... )