sexta-feira, 18 de março de 2011

Segundo Arruda, dinheiro do mensalão do DEM ajudou José Agripino Maia, Demóstenes Torres e ACM Neto.

Arruda disse que deu "panetone" para Agripino, Demóstenes, ACM Neto. Veja escondeu.

A revista Veja publicou um entrevista com José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF), onde ele diz que dinheiro do mensalão do DEM alimentou campanhas de José Agripino Maia, Demóstenes Torres e ACM Neto.

O blog do Nassif informa que os advogados de Arruda disseram que a entrevista foi dada à VEJA em setembro passado e, portanto, a revista esperou as eleições passarem para publicar só agora.

terça-feira, 15 de março de 2011

A fome as finanças: um retrato da desigualdade


Retirado do Carta Maior


Atualmente, a população mundial conta com mais de 6,8 bilhões de pessoas. De acordo com dados da ONU e seu órgão para Agricultura e Alimentação (FAO), 925 milhões desse total passam fome. Trata-se de um contingente equivalente a 5 vezes o total da população brasileira! Além disso, vale registrar que as crianças são as que mais sofrem com tal quadro. Quase um terço das crianças nascidas no chamado Terceiro Mundo, ou seja, 180 milhões, apresentam problemas de desenvolvimento físico e intelectual em razão de problemas de subnutrição nos primeiros 5 anos de vida. O artigo é de Paulo Kliass.

Os desastres japoneses

Não podemos atribuir nem à ação divina nem à ação humana os movimentos das placas tectônicas na costa de Honshu. Mas pode acontecer que a pior parte deste desastre seja causada pelas mãos do homem. Quando alguns seres humanos, em sua busca por lucro e prosperidade, lidam com o meio ambiente de maneira estúpida, nós realmente devemos responsabilizá-los.

A estratégia de sobrevivência do DEM

O DEM quer atrair a nova classe média. Será?

por Luiz Carlos Azenha

Leio no Estadão que a nova estrategia — de sobrevivência — do DEM será:
“investir nos eleitores de classe média, especialmente aqueles que chegaram há pouco nessa faixa, impulsionados pela ascensão que tiveram durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na avaliação dos dirigentes do DEM, essa nova classe média é conservadora nos costumes e cobra uma atuação mais presente do Estado. Nessas análises, o comando do partido concluiu que esse grupo de eleitores demanda uma participação direta do governo, mas de uma forma diferente do que se imaginava.

O menino que domou o vento

Retirado do Luis Nassif

Por Gustavo Belic Cherubine
 
Da Revista Galileu


Com dois livros de física elementar, um monte de lixo e a energia eólica, jovem abastece lâmpadas e celulares em sua vila no interior da África

FORÇA AÉREA: William Kamkwamba mostra a instalação que carrega celulares e acende luzes em Malauí, na África

Escondido entre Zâmbia,Tanzânia e Moçambique, o Malauí é um país ruralcom15 milhões de habitantes. A três horas de carro da capital Lilongwe, a vila de Wimbe vê um garoto de 14 anos juntando entulho e madeira perto de casa. Até aí, novidade nenhuma para os moradores. A aparente brincadeira fica séria quando, dois meses depois, o menino ergue uma torre de cinco metros de altura. Roda de bicicleta, peças de trator e canos de plástico se conectam no alto da estrutura e, de repente, o vento gira as pás. Ele conecta um fio, e uma lâmpada é acesa. O menino acaba de criar eletricidade.

O menino e a importância de suas descobertas cresceram. William Kamkwamba, agora com 22 anos, já foi convidado para talk shows, deu palestras no Fórum Econômico Mundial, tem site oficial, uma autobiografia - The Boy Who Harnessed the Wind (O Menino que Domou o Vento, ainda inédito no Brasil) - e um documentário a caminho. O pontapé de tamanho sucesso se deve a uma junção de miséria, dedicação, senso de oportunidade e uma oferta generosa de lixo.

domingo, 13 de março de 2011

Quem tem medo da democracia no Brasil?

Por Emir Sader

O Brasil saiu da ditadura política, mas as transformações estruturais que poderiam democratizar o país nos planos econômico, social e cultural, não foram realizadas. O governo Sarney representou essa frustração, essa redução da democratização aos marcos liberais da recomposição do Estado de direito e dos processos eleitorais.

Em seguida o país foi varrido pelas ondas neoliberais – com os governos de Collor, Itamar e FHC – sofrendo graves retrocessos no plano econômico – com a retração do Estado, com a abertura da economia, com as privatizações -, no plano social – com o retrocesso nas politicas sociais, com a expropriação de direitos da maioria, a começar pela carteira de trabalho –, no plano politico – com o poder do dinheiro corrompendo os processos eleitorais – e no plano cultural – com a consolidação dos grandes monopólios privados da mídia, que concentraram nas suas mãos a formação da opinião púbica.

Tragédias naturais expõem perda da noção de limite



Do Carta Maior

Nas catástrofes atuais, parece que vivemos um paradoxo: se, por um lado, temos um desenvolvimento vertiginoso dos meios de comunicação, por outro, a qualidade da reflexão sobre tais acontecimentos parece ter empobrecido, se comparamos com o tipo de debate gerado pelo terremoto de Lisboa, no século XVIII, que envolveu alguns dos principais pensadores da época. A humanidade está bordejando todos os limites perigosos do planeta Terra e se aproxima cada vez mais de áreas de riscos, como bordas de vulcões e regiões altamente sísmicas, construindo inclusive usinas nucleares nestas áreas. A idéia de limite se perdeu e a maioria das pessoas não parece muito preocupada com isso. O artigo é de Marco Aurélio Weissheimer.
 
No dia 1° de novembro de 1775, Lisboa foi devastada por um terremoto seguido de um tsunami. A partir de estudos geológicos e arqueológicos, estima-se hoje que o sismo atingiu 9 graus na escala Richter e as ondas do tsunami chegaram a 20 metros de altura. De uma população de 275 mil habitantes, calcula-se que cerca de 20 mil morreram. Além de atingir grande parte do litoral do Algarve, o terremoto e o tsunami também atingiram o norte da África. Apesar da precariedade dos meios de comunicação de então, a tragédia teve um grande impacto na Europa e foi objeto de reflexão por pensadores como Kant, Rousseau, Goethe e Voltaire. A sociedade europeia vivia então o florescimento do Iluminismo, da Revolução Industrial e do Capitalismo. Havia uma atmosfera de grande confiança nas possibilidades da razão e do progresso científico.