quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Artigos sobre a presença militar dos Estados Unidos na América do Sul

Do DEFESA@NET

Governo brasileiro teme acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil Brasília

O governo brasileiro expressou hoje (4) ao governo norte-americano a preocupação da região quanto ao acordo militar que vem sendo negociado entre Estados Unidos e Colômbia. O temor foi manifestado pelo assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, ao assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general James Jones, que está no Brasil para tratar de temas de interesse bilateral e internacional. Na quinta-feira (6), o Brasil ouvirá as explicações do presidente colombiano, Álvaro Uribe. “Nossa percepção é de que bases estrangeiras à região aparecem um pouco como um resquício da Guerra Fria. A Guerra Fria acabou, esta é uma região que está num processo de evolução democrática pacífica muito grande”, relatou o assessor da Presidência. “A nosso juízo está na hora de uma ação mais diplomática e talvez evitar, um pouco, uma guerra midiática”, ressaltou Garcia, recém-chegado da Venezuela, onde manteve encontros com o ministro das Relações Exteriores e com o presidente Hugo Chávez. As recentes tensões entre Venezuela e Colômbia seriam resultado da aproximação militar entre Colômbia e Estados Unidos.( Leia mais...)

Militares dos EUA na América do Sul

Professor Moniz Bandeira diz que EUA têm "cinturão militar" em volta do Brasil André Deak e Bianca Paiva
Da Agência Brasil

Brasília – Há mais de 50 anos o professor Luiz Alberto Moniz Bandeira tem como objeto de estudo os Estados Unidos da América. Em entrevista à Agência Brasil, ele fala sobre os "cerca de 6.300 militares americanos [que] estiveram baseados ou realizaram operações na região da Amazônia entre 2001 e 2002", conforme revela no livro Formação do Império Americano. Da guerra contra a Espanha à guerra do Iraque.

Leia, abaixo, a entrevista concedida no escritório de seu amigo, o secretário-geral do Ministério de Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães ( Nota Defesa@Net o secretário-geral é o segundo em importância logo após o Chanceler).

Agência Brasil: O que o senhor diz da presença dos Estados Unidos na América do Sul?
Moniz Bandeira: Os Estados Unidos estão realmente criando, já há muitos anos, um cinturão em volta do Brasil.

ABr: De bases militares?
Moniz Bandeira: De bases militares sim. Base de Manta, no Equador, e outras, no Peru, na Bolívia. Algumas são permanentes, outras são para ocupação ocasional. Como essa do Paraguai, que não é propriamente uma base: eles têm uma pista construída desde a década de 80, maior do que a pista do Galeão (no Rio de Janeiro, a maior pista de pouso do Brasil, com 4.240 metros de extensão). Agora a notícia é de terão 400 soldados (norte-americanos, no Paraguai). Fazem exercícios conjuntos, juntam grupos para fazer exercícios perto da fronteira do Brasil ou em outros pontos. O mais curioso nisso tudo, e aí sim levanta muita suspeita: primeiro, a concessão de imunidade aos soldados americanos; segundo, a visita de Donald Rumsfeld (secretário de Defesa dos EUA) a Assunção, capital do país; terceiro, o fato de que Dick Cheney (vice-presidente norte-americano) recebeu nos Estados Unidos o presidente do Paraguai. O que representa o Paraguai para os Estados Unidos? Isso é só uma forma de perturbar o Mercosul. (Leia mais...)


Estudo do Exército detalha presença militar norte-ameicana na América do Sul


André Deak*
Repórter da Agência Brasil Brasília

Há muito tempo a América do Sul tem sido uma área estratégica para os Estados Unidos, o que levou os norte-americanos a trazerem militares na região. Exemplo maior talvez tenha sido a Doutrina Monroe, aprovada pelo Congresso norte-americano em 1823. Surgida como forma de impedir a recolonização européia da América, com o tempo serviu para o intervencionismo norte-americano em diversos países, e prolongou até mesmo durante a guerra fria, quando foi reutilizada pelo presidente John Kennedy (1962) para justificar a luta contra o comunismo na região, especificamente contra Cuba.

Atualmente, os EUA não justificam mais sua presença militar na América do Sul com a Doutrina Monroe, mas, principalmente, com a necessidade de combater o narcotráfico. Um estudo militar brasileiro fornece detalhes sobre a localização dos militares norte-americanos na região. O trabalho, apresentado em 2002 na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, no Rio de Janeiro, questiona se "o verdadeiro cinturão de forças em torno das fronteiras brasileiras, particularmente na área amazônica, seria utilizado para outros fins, ainda não declarados".(Leia mais...)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Veja como nossa imprensa apoiou o Golpe de 64 e que em outros momentos tramou contra a democracia.

Da Carta Maior

“As manchetes do golpe militar de 1964” ( Mostra como a imprensa golpista noticiou o golpe)

“Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem.

Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a ancora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada ...”
(O Globo - Rio de Janeiro - 4 de Abril de 1964)

Leia mais ....

Do blog do Rodrigo Viana

"O aturdimento do PSDB": Estadão jogou a toalha ( Mostra a tentativa de fraudar a eleição de Brizola em 82, o ativismo da Globo para eleger Collor em 89, a tentativa de derrubar Lula em 2005... Num editorial recente, o "Estadão" reconheceu que ali (em 2005) a "oposição desperdiçou sua melhor oportunidade" , 02-06-09)

Primeiro, bateu o desespero na "Folha". E o sintoma (como diria Freud) foi o texto choroso de Fernando Barros e Silva a lamentar a pulverização de verbas publicitárais promovida pelo governo Lula. O jornal dos Frias segue a velha tradição: olha sempre, em primeiro lugar, para o bolso.

O "Estadão" é diferente. Olha sempre para a grande política, digamos assim. Mas nesse campo também parece haver motivos para desespero. O editorial do centenário jornal paulistano, nesta semana, é outro sintoma. O título já diz muito: "O aturdimento do PSDB".

A imprensa - como se sabe - não se conforma mais em simplesmente noticiar os fatos, a partir do ponto de vista da elite. Não. Ela subiu um degrau: passou a ser a formuladora das políticas e do discurso da elite. Por isso, nada mais acertado do que o rótulo de "Partido da Imprensa" para caracterizar esse jornalismo decadente e choroso. Paulo Henrique Amorim acrescentou o "Golpista", e assim nasceu o genial PIG.

No editorial desta terça-feira, o PIG se manifesta. O "Estadão" lamenta que a oposição tenha "desperdiçado sua melhor oportunidade, no auge das denúncias do mensalão". Oportunidade do que? De derrubar o presidente? O "Estadão" ainda vive nos tempos da Revolução de 32! Chega a ser engraçado.

Ler editorial (ainda mais do "Estadão") é tarefa algo desgastante. Não quero fazer o leitor sofrer. Mas nesse caso vale o sacrifício, porque o texto é mais um sinal do fim de uma era.

Leia mais...


A Folha quer doar o pré-sal?

Do Vi o Mundo

A Folha quer doar o pré-sal?





Lá em cima a Folha diz que é um jornal "a serviço do Brasil".

Na manchete o jornal diz que o "governo" quer ficar com 80% do petróleo do pré-sal.

O que o governo Lula quer é que a "União" fique com 80%, ou seja, o Brasil.

Se não há risco, qual seria o motivo de não abocanhar a parte do leão?

Os 80% ficarão com o estado brasileiro, independentemente do governo de plantão.

Serão administrados pelo Serra, pela Dilma ou por quem quer que se eleja em 2010.

Mas a Folha, que se diz "a serviço do Brasil", não usou "Brasil quer ficar com 80% do pré-sal" porque o governo Lula não governa o Brasil dela.

O Brasil da Folha ainda é governado pelo FHC.

Comentário:

O Partido da Imprensa Golpista (PIG) quer de qualquer forma tomar o governo. Eles já perceberam que a candidatura Serra naufragou (veja o último suspiro de Serra...). É por isso que a mídia golpista critica tudo que acontece no governo Lula, independente de ser bom ou não para o país.

Tucanos, demos e o “mensalão” da mídia

Do Vi o Mundo

Por Altamiro Borges

Por razões econômicas e ideológicas, a mídia hegemônica adora explorar os escândalos políticos. A crise mais recente é que a atinge o Senado Federal, no qual as denúncias das graves distorções se fundem com objetivos eleitoreiros marotos – que só os ingênuos não percebem. Ela só não faz sensacionalismo com os seus próprios negócios sinistros. Evita falar dela mesma, de seus pobres. Entre uma e outra denúncia de corrupção, ela deveria averiguar dois casos graves que envolvem poderosas corporações midiáticas. Ambos podem confirmar a exigência de um estranho “mensalão”, no qual governos demos-tucanos compram o apoio dos veículos de comunicação. Leia mais...