quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Veja como nossa imprensa apoiou o Golpe de 64 e que em outros momentos tramou contra a democracia.

Da Carta Maior

“As manchetes do golpe militar de 1964” ( Mostra como a imprensa golpista noticiou o golpe)

“Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem.

Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a ancora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada ...”
(O Globo - Rio de Janeiro - 4 de Abril de 1964)

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Do blog do Rodrigo Viana

"O aturdimento do PSDB": Estadão jogou a toalha ( Mostra a tentativa de fraudar a eleição de Brizola em 82, o ativismo da Globo para eleger Collor em 89, a tentativa de derrubar Lula em 2005... Num editorial recente, o "Estadão" reconheceu que ali (em 2005) a "oposição desperdiçou sua melhor oportunidade" , 02-06-09)

Primeiro, bateu o desespero na "Folha". E o sintoma (como diria Freud) foi o texto choroso de Fernando Barros e Silva a lamentar a pulverização de verbas publicitárais promovida pelo governo Lula. O jornal dos Frias segue a velha tradição: olha sempre, em primeiro lugar, para o bolso.

O "Estadão" é diferente. Olha sempre para a grande política, digamos assim. Mas nesse campo também parece haver motivos para desespero. O editorial do centenário jornal paulistano, nesta semana, é outro sintoma. O título já diz muito: "O aturdimento do PSDB".

A imprensa - como se sabe - não se conforma mais em simplesmente noticiar os fatos, a partir do ponto de vista da elite. Não. Ela subiu um degrau: passou a ser a formuladora das políticas e do discurso da elite. Por isso, nada mais acertado do que o rótulo de "Partido da Imprensa" para caracterizar esse jornalismo decadente e choroso. Paulo Henrique Amorim acrescentou o "Golpista", e assim nasceu o genial PIG.

No editorial desta terça-feira, o PIG se manifesta. O "Estadão" lamenta que a oposição tenha "desperdiçado sua melhor oportunidade, no auge das denúncias do mensalão". Oportunidade do que? De derrubar o presidente? O "Estadão" ainda vive nos tempos da Revolução de 32! Chega a ser engraçado.

Ler editorial (ainda mais do "Estadão") é tarefa algo desgastante. Não quero fazer o leitor sofrer. Mas nesse caso vale o sacrifício, porque o texto é mais um sinal do fim de uma era.

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