Do DEFESA@NET
Governo brasileiro teme acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil Brasília
O governo brasileiro expressou hoje (4) ao governo norte-americano a preocupação da região quanto ao acordo militar que vem sendo negociado entre Estados Unidos e Colômbia. O temor foi manifestado pelo assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, ao assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general James Jones, que está no Brasil para tratar de temas de interesse bilateral e internacional. Na quinta-feira (6), o Brasil ouvirá as explicações do presidente colombiano, Álvaro Uribe. “Nossa percepção é de que bases estrangeiras à região aparecem um pouco como um resquício da Guerra Fria. A Guerra Fria acabou, esta é uma região que está num processo de evolução democrática pacífica muito grande”, relatou o assessor da Presidência. “A nosso juízo está na hora de uma ação mais diplomática e talvez evitar, um pouco, uma guerra midiática”, ressaltou Garcia, recém-chegado da Venezuela, onde manteve encontros com o ministro das Relações Exteriores e com o presidente Hugo Chávez. As recentes tensões entre Venezuela e Colômbia seriam resultado da aproximação militar entre Colômbia e Estados Unidos.( Leia mais...)
Militares dos EUA na América do Sul
Professor Moniz Bandeira diz que EUA têm "cinturão militar" em volta do Brasil André Deak e Bianca Paiva
Da Agência Brasil
Brasília – Há mais de 50 anos o professor Luiz Alberto Moniz Bandeira tem como objeto de estudo os Estados Unidos da América. Em entrevista à Agência Brasil, ele fala sobre os "cerca de 6.300 militares americanos [que] estiveram baseados ou realizaram operações na região da Amazônia entre 2001 e 2002", conforme revela no livro Formação do Império Americano. Da guerra contra a Espanha à guerra do Iraque.
Leia, abaixo, a entrevista concedida no escritório de seu amigo, o secretário-geral do Ministério de Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães ( Nota Defesa@Net o secretário-geral é o segundo em importância logo após o Chanceler).
Agência Brasil: O que o senhor diz da presença dos Estados Unidos na América do Sul?
Moniz Bandeira: Os Estados Unidos estão realmente criando, já há muitos anos, um cinturão em volta do Brasil.
ABr: De bases militares?
Moniz Bandeira: De bases militares sim. Base de Manta, no Equador, e outras, no Peru, na Bolívia. Algumas são permanentes, outras são para ocupação ocasional. Como essa do Paraguai, que não é propriamente uma base: eles têm uma pista construída desde a década de 80, maior do que a pista do Galeão (no Rio de Janeiro, a maior pista de pouso do Brasil, com 4.240 metros de extensão). Agora a notícia é de terão 400 soldados (norte-americanos, no Paraguai). Fazem exercícios conjuntos, juntam grupos para fazer exercícios perto da fronteira do Brasil ou em outros pontos. O mais curioso nisso tudo, e aí sim levanta muita suspeita: primeiro, a concessão de imunidade aos soldados americanos; segundo, a visita de Donald Rumsfeld (secretário de Defesa dos EUA) a Assunção, capital do país; terceiro, o fato de que Dick Cheney (vice-presidente norte-americano) recebeu nos Estados Unidos o presidente do Paraguai. O que representa o Paraguai para os Estados Unidos? Isso é só uma forma de perturbar o Mercosul. (Leia mais...)
Estudo do Exército detalha presença militar norte-ameicana na América do Sul
André Deak*
Repórter da Agência Brasil Brasília
Há muito tempo a América do Sul tem sido uma área estratégica para os Estados Unidos, o que levou os norte-americanos a trazerem militares na região. Exemplo maior talvez tenha sido a Doutrina Monroe, aprovada pelo Congresso norte-americano em 1823. Surgida como forma de impedir a recolonização européia da América, com o tempo serviu para o intervencionismo norte-americano em diversos países, e prolongou até mesmo durante a guerra fria, quando foi reutilizada pelo presidente John Kennedy (1962) para justificar a luta contra o comunismo na região, especificamente contra Cuba.
Atualmente, os EUA não justificam mais sua presença militar na América do Sul com a Doutrina Monroe, mas, principalmente, com a necessidade de combater o narcotráfico. Um estudo militar brasileiro fornece detalhes sobre a localização dos militares norte-americanos na região. O trabalho, apresentado em 2002 na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, no Rio de Janeiro, questiona se "o verdadeiro cinturão de forças em torno das fronteiras brasileiras, particularmente na área amazônica, seria utilizado para outros fins, ainda não declarados".(Leia mais...)
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil Brasília
O governo brasileiro expressou hoje (4) ao governo norte-americano a preocupação da região quanto ao acordo militar que vem sendo negociado entre Estados Unidos e Colômbia. O temor foi manifestado pelo assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, ao assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general James Jones, que está no Brasil para tratar de temas de interesse bilateral e internacional. Na quinta-feira (6), o Brasil ouvirá as explicações do presidente colombiano, Álvaro Uribe. “Nossa percepção é de que bases estrangeiras à região aparecem um pouco como um resquício da Guerra Fria. A Guerra Fria acabou, esta é uma região que está num processo de evolução democrática pacífica muito grande”, relatou o assessor da Presidência. “A nosso juízo está na hora de uma ação mais diplomática e talvez evitar, um pouco, uma guerra midiática”, ressaltou Garcia, recém-chegado da Venezuela, onde manteve encontros com o ministro das Relações Exteriores e com o presidente Hugo Chávez. As recentes tensões entre Venezuela e Colômbia seriam resultado da aproximação militar entre Colômbia e Estados Unidos.( Leia mais...)
Militares dos EUA na América do Sul
Professor Moniz Bandeira diz que EUA têm "cinturão militar" em volta do Brasil André Deak e Bianca Paiva
Da Agência Brasil
Brasília – Há mais de 50 anos o professor Luiz Alberto Moniz Bandeira tem como objeto de estudo os Estados Unidos da América. Em entrevista à Agência Brasil, ele fala sobre os "cerca de 6.300 militares americanos [que] estiveram baseados ou realizaram operações na região da Amazônia entre 2001 e 2002", conforme revela no livro Formação do Império Americano. Da guerra contra a Espanha à guerra do Iraque.
Leia, abaixo, a entrevista concedida no escritório de seu amigo, o secretário-geral do Ministério de Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães ( Nota Defesa@Net o secretário-geral é o segundo em importância logo após o Chanceler).
Agência Brasil: O que o senhor diz da presença dos Estados Unidos na América do Sul?
Moniz Bandeira: Os Estados Unidos estão realmente criando, já há muitos anos, um cinturão em volta do Brasil.
ABr: De bases militares?
Moniz Bandeira: De bases militares sim. Base de Manta, no Equador, e outras, no Peru, na Bolívia. Algumas são permanentes, outras são para ocupação ocasional. Como essa do Paraguai, que não é propriamente uma base: eles têm uma pista construída desde a década de 80, maior do que a pista do Galeão (no Rio de Janeiro, a maior pista de pouso do Brasil, com 4.240 metros de extensão). Agora a notícia é de terão 400 soldados (norte-americanos, no Paraguai). Fazem exercícios conjuntos, juntam grupos para fazer exercícios perto da fronteira do Brasil ou em outros pontos. O mais curioso nisso tudo, e aí sim levanta muita suspeita: primeiro, a concessão de imunidade aos soldados americanos; segundo, a visita de Donald Rumsfeld (secretário de Defesa dos EUA) a Assunção, capital do país; terceiro, o fato de que Dick Cheney (vice-presidente norte-americano) recebeu nos Estados Unidos o presidente do Paraguai. O que representa o Paraguai para os Estados Unidos? Isso é só uma forma de perturbar o Mercosul. (Leia mais...)
Estudo do Exército detalha presença militar norte-ameicana na América do Sul
André Deak*
Repórter da Agência Brasil Brasília
Há muito tempo a América do Sul tem sido uma área estratégica para os Estados Unidos, o que levou os norte-americanos a trazerem militares na região. Exemplo maior talvez tenha sido a Doutrina Monroe, aprovada pelo Congresso norte-americano em 1823. Surgida como forma de impedir a recolonização européia da América, com o tempo serviu para o intervencionismo norte-americano em diversos países, e prolongou até mesmo durante a guerra fria, quando foi reutilizada pelo presidente John Kennedy (1962) para justificar a luta contra o comunismo na região, especificamente contra Cuba.
Atualmente, os EUA não justificam mais sua presença militar na América do Sul com a Doutrina Monroe, mas, principalmente, com a necessidade de combater o narcotráfico. Um estudo militar brasileiro fornece detalhes sobre a localização dos militares norte-americanos na região. O trabalho, apresentado em 2002 na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, no Rio de Janeiro, questiona se "o verdadeiro cinturão de forças em torno das fronteiras brasileiras, particularmente na área amazônica, seria utilizado para outros fins, ainda não declarados".(Leia mais...)
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