sábado, 9 de abril de 2011

Um relatório sobre a situação das mulheres e das crianças no Iraque ocupado

2ª parte do Depoimento à 3ª Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque
8 de Abril de 2011
Haifa Zangana
Fonte: TMI
Deslocados
Calcula-se que 70% dos 2,9 milhões de iraquianos deslocados dentro do país são mulheres e crianças, de acordo com a Oxfam. Tendo em conta o colapso na lei e na ordem, estas mulheres e crianças constituem a população mais vulnerável à exploração, ao rapto, ao tráfico (27), à prostituição forçada e aos maus tratos.
Há “três milhões de mulheres chefes de família” de acordo com o mais recente relatório do Comité Internacional da Cruz Vermelha sobre as mulheres iraquianas. O governo não apoia nem sequer tem uma estratégia para apoiar estes agregados familiares.

UFRN: isenção do pagamento da taxa de inscrição do Vestibular 2012

A Comissão Permanente de Vestibular da UFRN divulgou o edital para solicitação de isenção do pagamento da taxa de inscrição do Vestibular 2012.

De acordo com o edital, a inscrição para solicitar a dispensa da taxa pode ser feita exclusivamente pela internet das 8h do dia 18 de abril às 23h59 do dia 15 de maio de 2011.

A divulgação dos candidatos selecionados, será feita no site da Comperve (www.comperve.ufrn.br) a partir do dia 4 de julho de 2011.

Clique aqui e confira o edital completo.

Bomba: Época revela que a AGU, sob Gilmar Mendes, advogou para Daniel Dantas


"No dia 4 de abril de 2002, a Anatel e a Advocacia-Geral da União (AGU) deram entrada a uma petição, na 31a Vara Cível da Justiça Estadual do Rio, principal foro onde TIW, fundos e Opportunity terçavam armas. Na petição, a Anatel e a AGU requeriam a admissão como assistentes do Opportunity na questão. Ao ser admitidas no caso, o processo seria transferido automaticamente da Justiça Estadual do Rio para a Justiça Federal."
Esse trecho acima a revista Época deixou escapar, e é a verdadeira notícia-bomba sem querer, em meio a reportagem desta semana, cujo foco era apenas o lobby de Dantas sobre FHC na ANATEL.

Para se situar na notícia: Gilmar Mendes foi Advogado Geral da União de 31 de janeiro de 2000 até 20 de junho de 2002, e o texto descreve uma manobra jurídica dos advogados de Daniel Dantas, com ajuda da AGU, para retirar um processo de um tribunal em que estavam perdendo a causa.

A notícia bomba leva à pergunta que não quer calar:

Os Nonatos: mudar pra quê?

Rio Grande do Norte: nomes para o Senado 2014

Em 2014 teremos apenas uma vaga para o Senado. Alguns nomes já se apresentam para a disputa: Henrique Alves (PMDB), João Maia (PR), Robinson Faria (PMN) e Fátima Bezerra (PT). 

Desses nomes, Fátima Bezerra é a única que não tem  linhagem na política oligárquica do Rio Grande do Norte.

Dep. Fernando Mineiro (PT-RN): lembra propostas de Rosalba Ciarlini

 
 100 dias: Mineiro lembra propostas de Rosalba Ciarlini
 

A série "Nominuto pergunta", publicada no portal nominuto.com durante a campanha eleitoral, traz as propostas da então candidata ao governo do Estado, Rosalba Ciarlini. Agora, prestes a completar 100 dias de gestão, neste domingo, dia 10 de abril, é importante que a população relembre as propostas e compare com o que está acontecendo no atual governo.

Para isso, o deputado Fernando Mineiro elaborou um levantamento, com as promessas e compromissos de campanha. "Se alguém do governo não lembrar a gente está lembrando", finaliza.

Nesse período inicial de gestão não é possível ainda realizar grande parte das ações. No entanto, para o deputado Fernando Mineiro, a governadora deveria já ter começado a sinalizar um avanço para a realização dessas propostas. “Torço para que a governadora cumpra o que falou porque, caso contrário, quem sofre com desarranjo administrativo, com o não cumprimento das ações é a sociedade. O meu parâmetro será cobrar o que ela prometeu”, analisa.

TV Senado dominada por Aécio: "queimaram os arquivos" com os apartes de Gleisi, Humberto Costa, Lindbergh, etc.

Já fazem dois dias do ocorrido e nada da TV Senado disponibilizar na internet os apartes dos senadores petistas ao discurso de Aécio Neves (PSDB/MG).

Quem assistiu ao vivo, viu que os apartes foram demolidores, e com mais conteúdo do que o discurso insosso do demo-tucano.

Nos arquivos de vídeo da TV Senado, em ordem cronológica, no dia 6 pulou diretamente do discurso de Aécio para outro discurso bem mais tarde do senador Armando Monteiro (PTB/PE), já falando de outro assunto, queimando os arquivos dos apartes de diversos senadores petistas.

O Medo

     

"Faremos casas de medo,
duros tijolos de medo, medrosos caules,
repuxos, ruas só de medo e calma."
 
                                     (Carlos Drummond de Andrade)


Fontes: http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond20.htm 
e http://www.google.com.br/images

Oração pela Paz - São Francisco de Assis

São Francisco de Assis

ORAÇÃO  DA PAZ

São Francisco   de Assis
 
 
Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jessier Quirino - Problema cardiuco...

Santayana analisa a carta do suicida de Realengo

O Conversa Afiada reproduz texto de Mauro Santayana, publicado no JB:


O terrorismo de Columbine

por Mauro Santayana

É difícil separar a emoção da razão, quando escrevemos sobre tragédias como a de ontem. A morte de crianças nos toca fundo: pensamos em nossos próprios filhos, em nossos próprios netos. Por mais que deles cuidemos, são indefesos em um mundo a cada dia mais inóspito.

Crianças e professores são agredidos pelos próprios colegas nas escolas. Traficantes de drogas e aliciadores esperam às suas portas a fim de perverter os adolescentes. Em 1955, baseado em livro de Evan Hunter, Richard Brooks dirigiu um filme forte sobre a brutalidade nas escolas norte-americanas, Blackboard Jungle, exibido no Brasil com o título de Sementes da Violência.

Comperve divulga lista de escolas que mais aprovaram no vestibular da UFRN: IFRN lidera

Novamente uma escola pública ficou em primeiro lugar no ranking das instituições de Ensino Médio que mais aprovaram no vestibular da UFRN. E mais uma vez foi o Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFRN) o primeiro lugar do ranking, aprovando 552 alunos dos 1026 inscritos, chegando a alcançar o percentual de 53,8%. O ranking teve como segundo colocado o Centro Educacional Integrado (CEI) de Mirassol, registrando um aproveitamento de 44,7%. Em terceiro lugar, com 43,1%, ficou o Complexo Educacional Henrique Castriciano (HC). A classificação, que está publicada no site da Comperve, é feita com base na média entre o número de alunos inscritos e o de aprovações, gerando o percentual de aproveitamento.

Mudança nas coligações: um alerta e uma ideia


O Congresso Nacional iniciou a discussão da reforma política. A comissão que analisa a matéria no Senado Federal tem discutido várias medidas. Uma das mais relevantes, sem dúvida, é o tema das coligações eleitorais. Tanto em eleições proporcionais (deputados e vereadores), quanto majoritárias (prefeitos, governadores, senadores e presidente), as coligações eleitorais são um dos motores da política. Seus contornos definem como os partidos se apresentam para a sociedade. As atuais regras, entretanto, contribuem apenas para desconstituir o perfil ideológico dos partidos e distorcer a vontade do eleitor. No que se refere às eleições proporcionais, as regras hoje violentam a vontade do eleitor, fazendo com que alguém vote em um partido e eleja candidato de outro. Já as alianças majoritárias são feitas basicamente com o intuito de aumentar o tempo de televisão dos candidatos, gerando negociações pouco republicanas em um espaço no qual deveria reinar o debate programático. A comissão do Senado que está discutindo a matéria aprovou o fim das coligações para eleições proporcionais. Significa que, se a matéria virar lei, o voto do eleitor a um deputado de um partido não mais ajudará a eleger um deputado de outro partido. Na última eleição, o caso mais famoso foi o do deputado Tiririca (PR-SP). Com a sua votação, ele ajudou a eleger deputados do PT e do PCdoB. Certamente isso não estava nos cálculos de quem escolheu elegê-lo, produzindo uma distorção da vontade do eleitor. A mudança na legislação não acaba com a figura do puxador de votos, apenas restringe esse fenômeno para dentro de um mesmo partido. Ou seja, um puxador de votos do PSDB elegerá apenas parlamentares do PSDB, o deputado Tiririca ajudaria exclusivamente deputados do PR, e assim por diante.

Até onde a corrida pela audiência estimula novas tragédias como a da escola em Realengo?


A tragédia de Realengo é algo tão insano, que exige reflexão sobre a cobertura na forma de espetáculo que vemos na TV, nos portais da imprensa corporativa.

A alma do negócio, no jornalismo televisivo, é falar e exibir. O silêncio, a reflexão, a sobriedade, derruba a audiência, quando no calor dos acontecimentos o telespectador, de boa-fé, busca respostas e explicações lógicas para algo tão insensato.

Mas qual o papel da mídia? Que mensagem deve passar, senão a verdade factual e os valores que interessam à própria sociedade para que isso não se repita?

Relatório da PF não confirma "mensalão"

Infelizmente, os leitores de Época não foram informados corretamente a respeito do conteúdo do relatório escrito, com bastante rigor e minúcias, pelo delegado Zampronha. Em certa medida, sobretudo na informação básica mais propalada, a de que o “mensalão” havia sido confirmado, esses mesmos leitores foram enganados. Não há uma única linha no texto que confirme a existência do tal esquema de pagamentos mensais a parlamentares da base governista em troca de apoio a projetos do governo no Congresso Nacional. 
 

A verdade sobre o relatório da PF



Autor: 
Por Leandro Fortes
Por implacavel
 

O escândalo do mensalão voltou à cena. Em páginas recheadas de gráficos, infográficos, tabelas e quadros de todos os tipos e tamanhos, a revista Época anunciou, na edição que chegou às bancas no sábado 2, ter encontrado a pedra fundamental da mais grave crise política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2005 e 2006.

BEBÊS GÊMEOS CONVERSANDO

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Banco de Daniel Dantas diz que seu "mensalão" foi para a Globo

Da Rede Brasil Atual 

Banco de Daniel Dantas diz que seu "mensalão" foi para a Globo


Por: Helena Sthephanowitz, especial para a Rede Brasil Atual 


 
Banco de Daniel Dantas diz que seu "mensalão" foi para a Globo
Nota do Opportunity, de Dantas, diz que segundo informações prestadas à CPI do Mensalão a maioria dos recursos era repassada às Organizações Globo (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - arquivo)
Quando os tubarões brigam, o povo ganha.

O Opportunity, banco de Daniel Dantas, emitiu nota considerando idiota a reportagem da revista Época, ao considerá-lo fonte de pagamentos ao governo, no chamado "mensalão", pois desde que o governo Lula assumiu, o seu banco não teve mais a "generosidade" encontrada no governo FHC, e precisou enfrentar as barras da lei.

Dessa vez, e só desta, temos que concordar em parte com Dantas. A CPI dos Correios apurou que a Telemig Celular e a Amazônia Celular, pagou R$ 152 milhões às empresas de Marcos Valério. A Brasil Telecom, R$ 4,7 milhões. Se esse dinheiro foi para políticos, não foi para o governo Lula (hostil às investidas de Dantas), e sim para a bancada de Dantas, no Congresso ou nos estados.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

STF manteve a Lei que criou piso do magistério


O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a Lei que criou piso do magistério. Ficou decretado como piso à remuneração básica, sem acréscimos pagos de forma diversa pelos estados. Entretanto, por falta do quórum necessário, o STF deixou de analisar o artigo da lei que autoriza o professor destinar um 1/3 da jornada de trabalho para atividades extraclasse. Alguns ministros defenderam que essa regra fere a Constituição. (Leia mais aqui)

É bom lembrar que os professores das universidades públicas, com jornada de 40 horas, possuem uma carga de trabalho de 8 horas em sala de aula e 32 horas extraclasse.


Imagem Internet

Relembrando:

O Piso do Magistério, aprovado em 2008, no governo do ex-presidente Lula, teve que enfrentar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4167), protocolada pelos governadores dos estados de MS, PR, SC, RS, CE que questionaram a composição da jornada de trabalho - que garante aos educadores, no mínimo, 1/3 (um terço) sobre a jornada de trabalho do professor para atividades extraclasse (preparo de aulas, correção de provas e trabalhos, atendimento aos familiares, etc.) - e a vinculação do piso salarial ao vencimento inicial das carreiras dos profissionais do magistério da educação básica pública.

A alegação daqueles que são contra o Piso do Magistério, liderados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), é que o mesmo trará um impacto negativo à folha de pagamento municipal. Mas, vale lembrar que uma educação de qualidade tem custos, não dá para fazê-la apenas construindo escolas (preferência do político que quer ter “visibilidade”), mais, também, com valorização do Professor.

Portanto, os nossos governantes não podem continuar agindo como “senhores de escravos”, querendo aumentar a produção através da exploração desumana do trabalhador. Como ter qualidade quando o professor é mal remunerado, com péssimas condições de trabalho e sem o tempo adequado para planejar boas aulas?

Fátima Bezerra: uma estranha no ninho das oligarquias norte-riograndense

Brizza Cavalcante 
Para Fátima é fundamental aprovação integral da lei que fixa o piso salarial para os professores
Fátima Bezerra (fonte: http://portal.fatimabezerra.com.br/novo/index.php)













Retirado do Congresso em Foco

Por Édson Sardinha e Renata Camargo 


Estranha no ninho

De origem modesta e sem tradição familiar na política, a deputada Fátima Bezerra (PT) se descreve como a única parlamentar que tem um perfil de origem social na bancada do Rio Grande do Norte. Reeleita pela segunda vez como a mais bem votada do estado, ela atribui a votação expressiva à “luta social e popular” de seu mandato.

“Essa votação traduz o reconhecimento do povo potiguar do nosso trabalho. O mandato tem se esforçado para fazer as pontes entre as demandas do estado junto ao governo federal e tem uma vinculação com as lutas sociais e populares. O mandato preserva até hoje o caráter militante”, diz.

Para Fátima, apesar de sua votação expressiva, a tradição familiar na política do Rio Grande do Norte ainda é muito forte. A parlamentar afirma que, somente em 2002, o estado elegeu um representante federal que não era ligado às famílias tradicionais. “Até aquele ano, das oito vagas que o Rio Grande do Norte tinha direito, só quem conseguia se eleger eram os candidatos oriundos de famílias tradicionais ou aqueles que dispunham de um forte aparato do poder econômico”, avalia.

A parlamentar considera que essa perpetuação no poder não favorece o processo político de renovação e de pluralidade.

“A presença forte das famílias tradicionais, aliada ao aspecto do poder econômico, evidentemente dificulta, e muito, o processo de renovação, de pluralismo no campo da representação política. Não estou falando aqui do ponto de vista do desempenho pessoal de cada um. Mas evidente que o aspecto negativo é que, num contexto desses, fica difícil você ter novos quadros e uma representação de caráter mais plural”, conclui.

Oligarquias no RN: Pode até mudar um nome, mas os sobrenomes são sempre os mesmos



Sobrenomes são sempre os mesmos, dizem analistas

Para professor aposentado da UFRN, oligarquias do Rio Grande do Norte fazem “renovação” sem promover mudanças. Jornalista diz que política virou “ganha-pão” e é feita com base no DNA no estado

Edson Sardinha e Renata Camargo

Pode até mudar um nome aqui e outro ali. Mas os sobrenomes são sempre os mesmos. Essa tem sido a prática na política do Rio Grande do Norte há pelo menos meio século, segundo analistas políticos locais ouvidos pelo Congresso em Foco.

Para o professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) José Lacerda Alves Felipe, as oligarquias do estado dão apenas um “verniz” ao velho modelo de fazer política. “No Rio Grande do Norte, as oligarquias fazem um processo de modernização e renovação sem promover mudanças. A renovação é feita por familiares, o que faz com que as famílias se mantenham no poder. Há uma renovação do quadro político, mas não há mudança”, diz o geógrafo. “O grupo oligárquico permanece, com pessoas mais abertas, o que dá impressão de transformação, mas ela não ocorre”, acrescenta.

O geógrafo diz que as oligarquias do Rio Grande do Norte têm origem urbana, diferentemente do que ocorre na maioria dos estados nordestinos, onde a raiz é rural. “No Rio Grande do Norte, não vejo neocoronelismo. Eles são mais modernos. Não são oligarquias que nasceram no campo. Essas três oligarquias – Maia, Alves e Rosado - nasceram na cidade, têm dominação no mundo urbano, com TV, jornal e rádios”, observa o professor, autor da tese de doutorado Memória e imaginário político na (re)invenção do lugar: os Rosados e o país de Mossoró.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A ascensão do ultraconservador Tea Party

Publicado no Portal Vermelho  em 14 de Novembro de 2010

EUA: quem está por trás da ascensão do ultraconservador Tea Party


“A hora do chá.” Esta frase costumava evocar mansões inglesas, reuniões de britânicos distintos ao redor de uma mesa de chá servido em xícaras de porcelana por um mordomo seguramente chamado James. Agora não.


Por Juan Gelman*, no Página/12
Tradução: José Carlos Ruy


Agora surge na mente o Tea Party, o setor ultradireitista dos EUA, com um think-tank que difunde pensamentos muito antigos. Denomina-se Liberty Central (LC) e, para honrar seu nome, promove com orgulho a intolerância, o racismo, a rejeição ao aborto e aos casamentos gays.

É dirigido por Ginni Thomas, esposa do juiz Clarence Thomas, membro da Suprema Corte, e abriga 54 “agrupamentos amigos”, entre eles a ultracatólica Tradição, Família e Propriedade (TFP), uma réplica independente da TFP fundada em 1960, em São Paulo (Brasil) pelo político, jornalista e escritor Plínio Correa de Oliveira.


Plínio odiava a Revolução Francesa, o protestantismo, o catolicismo liberal, o marxismo, claro, e acreditava que a Inquisição espanhola foi a “mais bela página da história da Igreja” porque, enquanto durou, “a Igreja Católica foi expurgada de hereges”.


A TFP americana não fica atrás: em sua lista de amigos figuram Proprietários de Armas dos EUA – organização que insiste em que cada cidadão estadunidense deve ter sua metralhadora ou ao menos um revólver – Projeto de Soberania de Missouri – que propugna a insurreição armada para derrubar o governo – e 52 outros aderentes. Sempre esteve vinculada com a direita mais radical, incluindo a Fundação Internacional pela Liberdade (IFF, na sigla em inglês).

Alves, Maias e Rosados dominam o Rio Grande do Norte


Três famílias dominam o Rio Grande do Norte

Dos 13 parlamentares que assumiram o mandato pelo estado na atual legislatura, oito são dos clãs Maia, Alves e Rosado. Nenhuma bancada tem poder tão concentrado em núcleos familiares como a potiguar

Maia, Rosado, Alves. Sem esses sobrenomes muito dificilmente se faz política no Rio Grande do Norte

Edson Sardinha e Renata Camargo

O pai senador chama o filho de nobre deputado. O filho senador chama o pai de nobre senador e o primo, de nobre deputado. A deputada chama o primo, seu adversário político, de nobre deputado. Na bancada do Rio Grande do Norte no Congresso é assim: política se faz em família. Mais especificamente por três famílias. 

Nenhuma bancada tem o poder tão concentrado nas mãos de tantos parentes como a potiguar. Dos 13 parlamentares que assumiram o mandato na atual legislatura pelo estado, oito carregam um dos três sobrenomes: Maia, Alves ou Rosado. Outros três deputados também têm parentes na política. Apenas dois parlamentares – a deputada Fátima Bezerra (PT-RN) e o senador Paulo Davim (PV-RN), suplente em exercício – não são de família política.

O senador que chama o filho de nobre deputado é José Agripino Maia (RN), ex-líder do DEM no Senado. O filho senador que chama o pai de nobre colega é o licenciado Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), herdeiro do também senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), tio do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A deputada que chama o primo de nobre deputado é Sandra Rosado (PSB-RN). Ela e o primo deputado Betinho Rosado (DEM-RN) representam duas alas da família que se digladiam pelo poder local. 

Rosalba diz que os rosados não são uma oligarquia

Por Marcílio Moreira

Rosalba diz que os rosados não são uma oligarquia porque foram eleitos pelo voto livre. Ora, o que caracteriza uma oligarquia não é o processo de escolha, mas a forma de governo. Ou seja, o fato de ser um governo de poucas pessoas, quando um pequeno grupo de pessoas de uma família, econômico ou de um partido político governa um país, estado ou município. Sendo que os interesses políticos e econômicos desse grupo acabam prevalecendo sobre a maioria. 



Rosalba refuta oligarquia e diz que povo escolhe

Governadora diverge do marido, o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, que diz que a família é “uma oligarquia desde 1890”. Para ela, termo é pejorativo e Mossoró “respira liberdade”

Agência Senado
“Minha família é tão grande que tenho 37 tios. Só eu e minha irmã Ruth entramos para a política", diz Rosalba Ciarlini

Edson Sardinha e Renata Camargo

“Somos uma oligarquia desde 1890. Todos os nossos mandatos foram conquistados com o voto”, diz o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM-RN), antes de ser “corrigido” pela mulher, a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM). “Eu não aceito e considero inapropriado esse termo, que é pejorativo. Acho que ele se expressou mal. Não somos uma oligarquia, porque fomos eleitos livremente. O povo é que escolhe”, diverge a governadora. Os dois conversaram com o Congresso em Foco no saguão do Aeroporto Internacional de Brasília na noite da última sexta-feira (1º).

Rosalba ocupa hoje o cargo mais elevado entre todos os Rosado, família para a qual entrou há 36 anos após se casar com o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado. Prefeita de Mossoró por três mandatos, Rosalba é prima, pelo lado materno, de uma das principais lideranças da ala adversária da família, a deputada Sandra Rosado (PSB-RN), também prima de Carlos Augusto. 

“Nossos primos são nossos grandes adversários, mas o nosso grupo é hegemônico”, afirma o ex-deputado. “Quando éramos jovens, nossa luta era da pedra para o fuzil. Agora já estamos velhos”, acrescenta ele, lembrando que a disputa entre os dois grupos já foi mais acirrada. 

A governadora diz que poucos fazem política na família Ciarlini e que começou sua vida política no PDT, diferentemente do marido, que foi da Arena para o PFL, hoje DEM, partido de Rosalba. “Minha família é tão grande que tenho 37 tios. Só eu e minha irmã Ruth (Ciarlini) entramos para a política. Não temos tradição”, conta. Ruth é vice-prefeita de Mossoró, na gestão de Fátima Rosado (DEM-RN), prima de Carlos Augusto. 

A oligarquia Rosado de Mossoró (RN)



Em Mossoró, só dá político na árvore dos Rosado

Atualmente, oito integrantes da família exercem mandato eletivo, incluindo a governadora Rosalba. Núcleo familiar só perdeu uma eleição desde 1948 e disputa entre si o poder local

Prefeitura de Mossoró
Mossoró, terra do sol, do sal e do petróleo, teve apenas quatro prefeitos nas últimas três décadas. Todos Rosado     

Edson Sardinha e Renata Camargo

Um dos municípios mais prósperos do interior do Nordeste, Mossoró (RN) é o maior produtor de petróleo em terra e de sal marinho do país. Mas o solo da cidade, localizada a 285 km a oeste de Natal, produz mais que “ouro negro” e riqueza mineral. Brotou-se ali, no semiárido potiguar, uma das árvores genealógicas mais férteis de que se tem notícia na história recente da política brasileira: a família Rosado. 

Atualmente, oito integrantes do clã exercem mandato eletivo, a começar pela governadora Rosalba Ciarlini Rosado (DEM), que renunciou ao Senado para assumir o governo no início do ano, passando pelos primos deputados federais Betinho Rosado (DEM-RN) e Sandra Rosado (PSB-RN), por dois deputados estaduais e dois vereadores e terminando na prefeita da cidade, Fátima Rosado (DEM), a Fafá. Do início do século passado pra cá, essa árvore já frutificou dois governadores, dois senadores, cinco deputados federais e sete prefeitos, além de diversos vereadores.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Charge Online do Bessinha



Retirado do Brasil mostra tua cara!

Crise nuclear japonesa



Crise nuclear japonesa, acreditar em quê?
A maior crise existente no Japão hoje é a crise de confiança. Já não é possível acreditar em nenhum comunicado que faz a Tóquio Eletricidade (Tepco), nem no que diz o governo japonês. Não há como acreditar em nada do que o governo japonês fala. Não se sabe com que critério científico o governo determina o perímetro de 30 km de evacuação. Mas não resta dúvida de que esse perímetro não é aumentado pois isso representará milhares de milhões de ienes de indenizações. O artigo é de Tomi Mori.

A revista Época e o mensalão requentado

Reproduzo artigo de Miguel do Rosário, publicado em seu blog:

A revista Época se esforçou. A capa desta semana, assinada pelo ex-garoto prodígio da Veja e bolsista do Millenium, Diego Escosteguy, traz aquela linguagem entre barroca e cínica que se tornou marca registrada nas reportagens sobre o mensalão. A matéria, com base no relatório da Polícia Federal enfim concluído, traz uma ou duas novidades, as quais, porém, são tão ansiosa e descaradamente aditivadas com molho velho que perdem todo o sabor. A imagem que me vem é a de uma sopa guardada há semanas na geladeira, a qual lançamos dentro uma cenoura cortada para que pareça fresca.

A escassez de fatos novos no relatório da PF decorre do fato de que o mensalão foi o escândalo mais devassado da história política brasileira. Tivemos várias CPIs, com quebra de sigilos telefônicos e bancários. A imprensa deslocou o grosso de seus efetivos para investigar todos os ângulos do episódio. E a pressão midiático-política da oposição, que chegou a ameaçar a estabilidade institucional, conseguiu, desde o início das investigações, monitorar, vazar e divulgar os resultados parciais dos relatórios da Polícia Federal. Pesquisando rapidamente na internet, descobre-se que praticamente todas as informações apresentadas na matéria já eram do conhecimento público desde 2005, embora sem a credibilidade conferida pela investigação profissional.

Entretanto, o que mais chama atenção na reportagem é sua falta de clareza. O texto lança mão de todas as aquelas velhas estratégias de manipular a informação que vimos tão diabolicamente desenvolvidas no escândalo do mensalão. Existe o ilícito, mas em vez de esclarecer o leitor sobre suas causas, consequências e natureza, a reportagem o confunde, deixando nele apenas um mal estar difuso, uma indignação mal resolvida.

domingo, 3 de abril de 2011

Nassif: “Cozidão” para criar constrangimento entre ministros do STF


Um dos princípios jornalísticos mais sagrados à velha mídia é o do gancho – ou seja, uma matéria sai quando tem algum fato novo que justifique sua publicação.
 
Com poucas novidades, trata-se de um “cozidão”. O lide da matéria está no pé.

As provas reunidas pela PF constituem a última esperança do ministro Joaquim Barbosa e da Procuradoria-Geral para que o Supremo condene os réus do mensalão. Nos últimos anos, as opiniões dos ministros do STF sobre o processo modularam-se ao ambiente político – que, sob a liderança simbólica e moral do ex-presidente Lula, fizeram o caso entrar num período de hibernação. Alguns ministros, que em 2007 votaram por acatar a denúncia do Ministério Público, agora comentam reservadamente que as condenações dependem de “mais provas”. Hoje, portanto, o Supremo se dividiu. Não se sabe o desfecho do processo. Sabe-se apenas que, quanto mais tempo transcorrer, maior a chance de absolvição dos mensaleiros. Se isso acontecer, a previsão feita por Delúbio Soares, num passado não tão remoto, num país não tão distante, vai se materializar: o mensalão virará piada de salão. Será o retorno da ficção: era uma vez um país sério”.

É aí que a matéria se entrega. O que a matéria tem de novo, não é relevante; o que tem de relevante, não é novo. E isto faz toda a diferença.

Segundo a revista, as informações constam do relatório adicional solicitado pelo Ministro Joaquim Barbosa à Polícia Federal.

Há que se conferir melhor, mas as informações novas são as seguintes:

1. O aparecimento de um filho de Marco Maciel na história.

2. A inclusão da filha de Joaquim Roriz.

3. A inclusão de Aécio Neves, em algo que não tem nenhum desdobramento maior: uma cota de patrocínio de um evento que existiu, aconteceu e foi pago. Um factóide.

Todos os demais fatos, anunciados bombasticamente pela Época, são antigos e provavelmente já constam do inquérito inicial, que serviu de base para instruir o relatório de Joaquim Barbosa. A saber: