sábado, 5 de junho de 2010

Dilma, a vítima de uma grande injustiça




A pré-candidata Dilma Rousseff lamentou que o nível do debate entre os concorrentes esteja caindo a esse ponto. Depois comparecer em diversos eventos onde os candidatos a presidente foram entrevistados, sabatinados, e abordaram vários temas de interesse do país

No recente evento da CNI – Confederação Nacional das Indústrias com a presença de todos os principais candidatos a presidência da República a apresentação de Dilma foi considerada a mais preparada, mais técnica, como foi avaliada por todos, dirigentes e analistas.

As declarações de Dilma Rousseff em outros eventos promovidos por entidades de todos os tipos, sindicais, sociais, e de órgãos de imprensa, a ex-ministra tem deixado uma boa imagem, tanto quanto ao conhecimento e domínio de várias áreas do governo, e também sua educação e simpatia ao atender a todos.

A própria imprensa que tem um grande número de jornalistas vinculados a empresas de comunicação mercantil (PIG), seja de TV, rádio ou jornal, e que são acintosamente favoráveis ao candidato Serra, não conseguem esconder em seus textos e imagens o brilho e tranquilidade que Dilma tem demonstrado em todos os momentos.

Esses acontecimentos e a boa imagem que a candidata passa a todos levaram Dilma a registrar desde fevereiro uma curva ascendente em todas as pesquisas eleitorais e de opinião pública.

Nas pesquisas espontâneas aparece à frente de todos os outros candidatos há meses, nas pesquisas estimuladas o crescimento é expressivo e já ultrapassou José Serra em todos os institutos, até no dúbio Instituto Datafolha, Dilma aparece em 1º lugar à frente de Serra no 2º turno.

A mulher que tinha uma figura construída com base na sua austeridade e firmeza na condução das pastas em que foi ministra do governo Lula, Minas e Energia e também a Casa Civil, uma função equivalente a primeira ministra em muitos países, hoje é vista como uma pessoa além de ser marcante em suas convicções, é educada e simpática, comprovada na última pesquisa em que se questionou a população quem era o candidato mais simpático.

Além das pesquisas apontarem como a mais simpática entre os candidatos, estive em alguns eventos trabalhando na imprensa e pude constatar as reações e opiniões de vários profissionais que estiveram próximos a Dilma, dos primeiros na portaria e outros que estavam a serviço no local, e quase todos foram uníssonos, ‘Como ela é simpática e tranquila’.

Imagino que para a candidata líder nas pesquisas eleitorais o momento deva sentir um misto de satisfação e decepção, porque ao atingir o topo das pesquisas e mostrando seu preparo técnico e conhecimento vê o seu nome injustamente envolvido com uma tenebrosa armação idealizada por pessoas inescrupulosas.

O pior é que essas informações rondam as caixas de correspondência eletrônica, e-mails, desde 2002 e a imprensa golpista nunca se manifestou. Quem é do meio de comunicação conhece esses assuntos contidos no tal dossiê “Caim e Abel”, entre irmãos do mesmo ninho, há muito tempo.

Um caso semelhante só para comparar, todos os bem informados da imprensa, conheciam a história do filho de FHC com a jornalista Mirian Dutra da TV Globo, desde 1992, quando FHC ainda era Senador, na época a revista Caros Amigos fez uma grande matéria sobre o caso e só agora 18 anos depois a imprensa golpista veio a noticiar o encontro de FHC com o filho que vivia camuflado na Europa.

No caso do dossiê doméstico dos tucanos usado para causar constrangimento e provocar uma possível queda da ascendente candidatura de Dilma Rousseff, pode ter outro desfecho dessa história criada por um tucano para prejudicar o outro do mesmo partido, além de mal contada pode causar um estrago maior na campanha de quem acusou injustamente e sorrateiramente uma pessoa que nada tem a ver com essa traição partidária.

Dilma declarou, “Tais documentos, se existem, não foram produzidos por nós. Eu lamento que o nível campanha tenha chegado a nisso. Estou disposta a fazer debate de alto nível e não ficar respondendo este tipo de acusação" ponderou a pré-candidata.

Antes que a justiça aponte os autores dessa obra arquitetada por maquiavélicos em desrespeito à ética e moral na democracia, José Serra deveria desculpar-se publicamente, não só a candidata, mas antes de tudo à mulher, mãe e avó, Dilma Rousseff.


Do Celso Jardim

Pesquisa Ibope reforça o desespero de José Serra

Quem tem padrinho não morre pagão:Ibope dá 37 a 37%



Acaba de sair o resultado da pesquisa Ibope, agora com o instituto recontratado pela Globo. E é maravilhoso ver como nossos institutos de pesquisa são tão rigorosos e precisos que ele conseguiu selecionar um grupo de 2000 pessoas em todo o Brasil que apresentou exatamente o mesmo comportamento que outro grupo de 2000 pessoas selecionadas pelo Datafolha.

Portanto, como seu parceiro paulista, o Ibope aponta um empate total entre Dilma e Serra, nos mesmos 37 por cento de intenção de voto. Uma maravilha! O mundo se quedará boquiaberto com a precisão estatística brasileira, que consegue esta proeza. Já na pesquisa anterior havia harmonia. Dilma, que vinha subindo rapidamente, até reduzir em fevereiro/março para 4% (Datafolha) e 5% (Ibope) a diferença para Serra. Depois, harmonicamente, os dois institutos invertem as curvas e passam a diferença para 9% (Datafolha) e 8% (Ibope).

Agora, como um dueto de nado sincronizado, 37 a 37%. É a perfeição! E nem se preocupam com desculpas, pois o Datafolha atribuiu o crescimento de Dilma ao programa de TV do PT, mas Serra teve um programa igual, exceto pela ilegalidade, no horário do DEM.

Bom, aí está: Serra entra a Copa do Mundo oficialmente repirando por aparelhos, com ajuda da “tchurma”. Já a credibilidade dos institutos de pesquisa , como dizem os médicos, “evoluiu para o óbito”.

Mas, convenhamos, Ibope e Datafolha foram, como dizia aquele tucano privatizador, “no limite da irresponsabilidade” pelo Serra: empate. Foi o que deu pra fazer, né?


Por Brizola Neto

Autópsia diz que ativistas mortos rumo a Gaza levaram 30 tiros


Os nove ativistas turcos mortos no incidente naval de segunda-feira na costa da Faixa de Gaza levaram juntos 30 tiros, e cinco deles foram alvejados na cabeça, disse o jornal britânico Guardian nesta sexta-feira.

As autópsias mostraram que quase todos os tiros foram de armas de 9 milímetros, disparados à queima-roupa, disse ao jornal Yalcin Buyuk, vice-presidente do Conselho Turco de Medicina Forense, responsável pelas autópsias.

Os ativistas participavam de uma frota naval que tentava levar mantimentos à Faixa de Gaza, furando assim o bloqueio imposto por Israel ao território palestino governado pelo grupo islâmico Hamas. Israel diz que seus soldados atiraram em defesa própria, depois de serem agredidos ao descerem de helicópteros, por cordas, no convés do navio Mavi Marmara.

De acordo com o Guardian, a autópsia revelou que um homem de 60 anos, Ibrahim Bilgen, levou quatro tiros --na têmpora, no peito, no quadril e nas costas.

Fulkan Dogan, de 19 anos, que tinha também cidadania norte-americana, recebeu cinco tiros a menos de 45 centímetros de distância: no rosto, na nunca, nas costas e dois na perna, relatou o jornal.

Dois outros homens levaram quatro tiros. Cinco dos mortos tinham perfurações na nuca ou nas costas, de acordo com Buyuk. Além dos nove mortos, 48 ativistas foram baleados, e seis continuam desaparecidos, relatou o legista ao jornal.

Israel diz que os múltiplos ferimentos não desmentem a tese da defesa própria.

"A única situação em que um soldado atirou foi quando estava claramente em uma situação de ameaça à sua vida", disse ao Guardian um porta-voz da embaixada israelense em Londres. "Puxar o gatilho rapidamente pode resultar em alguns projéteis ficando no mesmo corpo, mas não muda o fato de que eles (soldados) estavam em uma situação de ameaça à vida."

O presidente do Conselho de Medicina Forense em Istambul, Haluk Ince, disse ao jornal que havia só um caso de uma vítima com um único ferimento de bala, na testa e disparado de longe. Nos outros casos, havia pelo menos duas perfurações em cada corpo.

Também segundo Ince, só uma bala recuperada não era calibre 9 milímetros. Sobre esta, ele disse: "Foi a primeira vez que vimos esse tipo de material usado em armas de fogo. Era só um invólucro incluindo muitos tipos de projéteis normalmente usados em espingardas. Ela penetrou na região da cabeça, na têmpora, e a achamos intacta no cérebro."

A Turquia costumava ser o principal aliado de Israel no mundo islâmico, mas Ancara reagiu com indignação ao incidente de segunda-feira, e nesta sexta-feira elevou o tom da sua retórica ao acusar o Estado judeu de estar traindo sua própria lei bíblica.

Fonte: Reuters

Lula sanciona projeto do Ficha Limpa sem vetos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou hoje o projeto do Ficha Limpa sem vetos. A nova lei, que será publicada amanhã no "Diário Oficial", impede a candidatura de políticos condenados por um colegiado (mais de um juiz).

O texto havia sido aprovado pelo Congresso no dia 19.

O Judiciário deverá decidir se a lei já vale para as eleições de outubro próximo.

Ainda gera dúvida emenda do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que alterou o texto estabelecendo que a proibição vale para "os que forem condenados".

Na semana passada, a AGU (Advocacia-Geral da União) encaminhou a Lula parecer que recomendava a sanção do projeto. Segundo o parecer o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o texto é constitucional.

Fonte: Folha

IBOBE: Serra cai e Dilma empata




José Serra e Dilma Rousseff aparecem empatados na primeira pesquisa de intenção de voto feita após a exibição das propagandas partidárias do PT e do DEM, que promoveram em rede nacional de rádio e televisão as candidaturas da petista e do tucano, respectivamente.

Segundo levantamento do Ibope feito a pedido do Estado e da TV Globo, Serra e Dilma têm, cada um, 37% das preferências dos eleitores. Marina Silva, do PV, aparece com 9%. Leia Mais

sexta-feira, 4 de junho de 2010

No desespero da eleição perdida, o PIG quer trocar José Serra




O Caso do suposto dossiê


Luis Nassif


À primeira vista, não fazia lógica a história da divulgação do suposto dossiê contra a filha de José Serra, que estaria sendo armado pelo PT.

Primeiro, por ser inverossímil. Com a campanha de Dilma Rousseff em céu de brigadeiro, à troco de quê se apelaria para gestos desesperados e de alto risco, como a divulgação de dossiês contra adversários? Se a campanha estivesse em queda, talvez.

Além disso, os dados apresentados pela Veja, repercutidos pelo O Globo, eram inconsistentes. Centravam fogo em Luiz Lanzetta, que tem uma assessoria em Brasília que serve apenas para a contratação de funcionários para a campanha de Dilma – assim como Serra se vale da Inpress e da FSB para suas contratações.

Serra atacou Lanzetta, inicialmente, através de parajornalistas usualmente utilizados para a divulgação de dossiês e assassinatos de reputação. Só que há tempos caíram no descrédito e os ataques caíram no vazio. Serviram apenas como aviso.

Aí, se valeu da Veja que publicou uma curiosa matéria em que dava supostos detalhes de supostas conversas sobre supostos dossiês, mas nada falava sobre o suposto conteúdo do suposto dossiê.

Até aí, é Veja. Mas os fatos continuaram estranhos.

Há tempos a revista também caiu em descrédito tal que sequer suas capas são repercutidas pelos irmãos da velha mídia. Desta vez, no entanto, entrou O Globo, inclusive expondo a filha de Serra – como suposto alvo do suposto dossiê. Depois, o próprio Serra endossando as suposições, em um gesto que, no início, poucos entenderam. A troco de quê deixaria de lado o «Serra paz e amor» para endossar algo de baixa credibilidade, em uma demonstração de desespero que tiraria totalmente o foco da campanha?

Havia peças faltando nesse quebra-cabeças. Mas os bares de Brasília já conheciam os detalhes, que acabaram suprimidos nesse festival de matérias e editoriais indignados sobre o suposto dossiê.

A história é outra.

Quando começou a disputa dentro do PSDB, pela indicação do candidato às eleições presidenciais, correram rumores de que Serra havia preparado um dossiê sobre a vida pessoal de seu adversário (no partido) Aécio Neves.

A banda mineira do PSDB resolveu se precaver. E recorreu ao Estado de Minas para que juntasse munição dissuasória contra Serra. O jornal incumbiu, então, seu jornalista Amaury Ribeiro Jr de levantar dados sobre Serra. Durante quase um ano Amaury se dedicou ao trabalho, inclusive com viagens à Europa, atrás de pistas.

Amaury é repórter experiente, farejador, que já passou pelos principais órgãos de imprensa do país. Passou pelo O Globo, pela IstoÉ, tem acesso ao mundo da polícia e é bem visto pelos colegas em Brasília.

Nesse ínterim, cessou a guerra interna no PSDB e Amaury saiu do Estado de Minas e ficou com um vasto material na mão. Passou a trabalhar, então, em um livro, que já tem 14 capítulos, segundo informações que passou a amigos em Brasília.

Quando a notícia começou a correr em Brasília, acendeu a luz amarela na campanha de Serra. Principalmente depois que correu também a informação de um encontro entre Lanzetta e Amaury. Lanzetta jura que foi apenas um encontro entre amigos, na noite de Brasília. Vá se saber. A campanha do PT sustenta que Lanzetta não tem nenhuma participação na campanha.

Seja como for, montou-se de imediato uma estratégia desesperada para esvaziar o material. Primeiro, com os ataques iniciais a Lanzetta, que poucos entenderam o motivo: era uma ameaça. Depois, com a matéria da Veja.

A revista foi atrás da história e tem, consigo, todo o conteúdo levantado por Amaury. Curiosamente, na matéria não foi mencionado nem o nome da filha de Serra, nem o do repórter Amaury Ribeiro Jr. nem o conteúdo do suposto dossiê.

O Globo repercutiu a história, dando o nome da filha de Serra, mas sem adiantar nada sobre o conteúdo das denúncias – medida jornalisticamente correta, se fosse utilizada contra todas as vítimas de dossiês; mas só agora lembraram-se disso.

Provavelmente Veja sairá neste final de semana com mais material seletivo do suposto dossiê. Mas sobre o conteúdo do livro, ninguém ousa adiantar.

Dilma e PT refutam pseudo-dossiê: Serra está com pesquisite aguda


O presidente do PT, José Eduardo Dutra, repudiou os comentários do pré-candidato presidenciável do PSDB, José Serra, sobre a existência de um suposto dossiê contra o tucano. Após reunião nesta quarta-feira (2) com empresários e lideranças do Fórum Empresarial, em Goiânia, Dutra conversou com os jornalistas e disse que atribui a atitude de Serra a uma "pesquisite aguda".



O tucano acusou nominalmente sua adversária na disputa presidencial, Dilma Rousseff (PT), de ser a responsável política pelo pseudo-dossiê. "A principal responsabilidade por esse novo dossiê é da candidata Dilma Rousseff, disso eu não tenho dúvida", declarou o tucano.


"É o tipo de acusação absolutamente improcedente e que não tem qualquer sustentação na realidade. Se a oposição está tão desesperada assim, com falta de assunto, com falta de proposta, tenha santa paciência", reagiu Dutra, que acompanhava a pré-candidata em compromissos na cidade de Goiânia.

"Não há nenhuma ação por parte do PT ou da coordenação da campanha no sentido de orientação, no sentido de encomenda, no sentido de autorização, no sentido de qualquer elemento que autorize qualquer pessoa do PT ou da campanha a desenvolver quaisquer ações no sentido de formação de dossiês", completou Dutra, dizendo ainda lamentar as acusações feitas por Serra.

Para o presidente do PT, "o episódio desvendou que a fase do 'Serrinha paz e amor' não está dando certo", atribuindo a Serra um "estresse acima do suportável em relação ao crescimento de Dilma nas pesquisas".

Em rápida declaração à imprensa, Dilma disse que a acusação feita por Serra é uma falsidade " Isso é uma falsidade. Não vou ficar batendo boca sobre isso", afirmou a ex-ministra.

Informações estão na internet desde 2006

Dutra afirmou ter lido no "Blog do Noblat" que o jornalista teria obtido acesso a uma pessoa "que teria visto o tal do dossiê". "Há essa informação que o dossiê foi feito pelos 'aloprados do PT', mas tive acesso à informação que está tudo lá na internet. Há várias páginas de acusações sobre o caso, mas que nem por isso o PT reuniu tais documentos", esclareceu o dirigente petista.

Dutra refere-se aos conteúdos disponíveis na internet desde 2006 que revelam que a filha de José Serra, Verônica Serra, mantinha uma empresa de consultoria em parceria com a filha do banqueiro Daniel Dantas.

“Qualquer um pode pegar qualquer baixaria sobre os candidatos na internet, imprimir e colocar uma placa com o nome ‘dossiê’”, completou.


Do Portal Vermelho

O candidato José Serra está tendo uma atitude nada honrosa ao acusar sem provas, utilizando-se de um suposto dossiê, a candidata Dilma Rousseff.

Entretanto, a postura de Dilma é exemplar. Nem quando foi alvo de um dossiê difamando-a (a “ficha falsa”, acusando-a de terrorista, colocada na Internet e reproduzida pela Folha de São Paulo) teve essa atitude de acusar José Serra de ter fabricado o tal dossiê.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sensus: Dilma ganha fácil de Serra em MG. Quem mandou o PSDB acreditar em pesquisa ?


Sinto muita falta de um Globope.


O Conversa Afiada reproduz pesquisa que a Sensus fez para o PT de Minas:


ELEIÇÕES 2010

ESTADO DE MINAS GERAIS


PT MG


27 a 29 de Maio de 2010


Dados Técnicos


Pesquisa Eleições 2010
Cliente Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais
Estado Minas Gerais

Regiões 12 Regiões

Municípios 53 Municípios

Entrevistas 1.500 Entrevistas

Amostra por Cotas REGIÃO, MUNICÍPIO, URBANO/RURAL, SEXO, IDADE, ESCOLARIDADE, RENDA

Rechecagem 15% da Amostra

Margem de Erro Confiança = 95%, Erro = ± 2,5%

Campo 27 a 29 de Maio de 2010



Metodologia


1.500 Entrevistas, ponderadas para as 12 Regiões do Estado, com o sorteio aleatório de 53 Municípios por representatividade de grupos populacionais. Probabilística sistemática até o Setor Censitário para Urbano e Rural, com cotas para Sexo, Idade Escolaridade e Renda no Setor Censitário.


Registro

Registro Tribunal Regional Eleitoral / MG número 29.649/2010 em 27 de Maio de 2010, nos termos da Resolução 23.190 de 16/12/2009 do TSE, podendo ser divulgada a partir de 01 de Junho de 2010.

Registro Tribunal Superior Eleitoral número 13.361/2010 de 27 de Maio de 2010, nos termos da Resolução 23.190 de 16/12/2009 do TSE, podendo ser divulgada a partir de 01 de Junho de 2010.




1. ELEIÇÕES PRESIDENTE 2010

PRESIDENTE ESPONTÂNEO



PRESIDENTE ESTIMULADO


2. ELEIÇÕES GOVERNADOR 2010

GOVERNADOR ESPONTÂNEO




GOVERNADOR ESTIMULADO


Do Conversa Afiada

A história não acabou, o governo Lula não “acabou antes da hora”

Os Fukuyamas tucanos


“O governo Lula, que tomou posse em 2003, acabou antes da hora”.

“O governo Lula acabou.”


As duas afirmações foram feitos no delírio que tomou conta de grande parte da imprensa tucana em 2005, o que levou a muitos espasmos de ejaculação precoce. A primeira, de um livro de uma empregada da empresa familiar dos Marinhos, a nunca suficientemente sóbria Lucia Hippolito.

Publicada no auge do que acreditavam seria a crise terminal do governo Lula, no livro “Por dentro do governo Lula”, sugerindo que a perspicaz personagem tinha captado as entranhas do governo, pela sua suposta formação de historiadora. O subtítulo reitera esse olhar privilegiado – “Anotações num Diário de Bordo”, o que pode explicar a pouca sobriedade, provocada pelo vai e vem da viagem.

A segunda afirmação foi feita por um amiguinho, dando uma força para a coleguinha, tomando euforicamente como um fato o fim do governo. O texto é de Ricardo Noblat, na quarta capa do desafortunado livro da pouco sensata funcionaria da mesma empresa que ele.

Ao que se saiba, passados cinco anos, nenhum dos dois fez autocrítica, reconsiderou suas apreciações, considerou que tinham tido um acesso de onipotência e que tinham se equivocado redondamente. Nada disso. Seguem adiante com suas argutas “análises” cobrando seus salários da mesma empresa, como se não tivesse errado redondamente.

Ninguém acredita no que dizem eles e seus colegas na mídia direitista. Todos eles acreditavam que o governo Lula era um gigante de pés de barro, sem apoio popular, totalmente entregue às ameaças da oposição, inevitavelmente condenado ao impeachment ou a sangrar continuamente até eleições em que ou Lula sequer seria candidato ou seu candidato seria facilmente derrotado pela oposição – por Alckmin ou por Serra. Acreditavam que Lula seria um outro Jânio ou um outro Collor – heróis efêmeros dessa mesma mídia.

Não decifraram o enigma Lula e foram devorados por ele. Lula deu a volta por cima e ascendeu dos 28% de apoio a que chegou a estar reduzido no auge da crise de 2005 aos mais de 80% atuais. Quando a oposição mandou mensageiros com a proposta de capitulação ao Lula – retira-se a proposta do impeachment e Lula renunciaria a candidatar-se a um segundo mandato, proposta que não foi levada pela Dilma, que esteve sempre alinhada com Lula, ao contrário do que disse a venenosa reportagem do Valor -, ouviu um palavrão daqueles do Lula, que disse que viraria o país de cabeça para baixo.

E virou. Não apenas no apelo ao apoio popular, mas sobre tudo pelas políticas sociais, que haviam começado a deslanchar com as mudanças no governo, especialmente com o papel de coordenação que passou a ter a Dilma no governo.

Supostos analistas políticos que cometem erros desse calibre, não se emendam, não renunciaram a seus cargos, continuam na mesma toada, revelam como não conhecem o país e tampouco a política, o poder, o governo e o povo brasileiro.

Acreditavam, como Fukuyamas tucanos, que o governo Lula tinha acabado, que seus amigos tucanos voltariam ao poder e o país voltaria a ser deles. Seus patrões já preparavam os apressados cadernos com a necrologia do governo Lula. Como havia dito um ex-ministro da ditadura: “Uma hora o PT teria que ganhar, fracassaria e os deixaria governar o país sem oposição popular”.

Se equivocaram e, pelo que tudo indica, continuam a equivocar-se. Lula não manteria sua popularidade com a crise internacional. Manteve e consolidou o apoio ao governo. Lula não transferiria sua popularidade para a Dilma. Transfere. Dilma, como nunca se havia candidatado, não seria uma boa candidata. Ela se revela excelente candidata. Serra mostraria ser experiente, tranqüilo, seguro. Ele se revela destemperado, inseguro, intranqüilo.

A história não acabou, o governo Lula não “acabou antes da hora”, tem tudo para eleger sua sucessora. Os corvos ladram, a caravana passa.


Blog do Emir

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A saudade do escravo na velha diplomacia brasileira

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As elites brasileiras, tidas por Darcy Ribeiro como das mais reacionárias do mundo, nunca aceitaram Lula porque pensam que seu lugar não é na Presidência, mas sim na fábrica produzindo para elas. A nossa imprensa comercial é obtusa face ao novo período histórico que estamos vivendo. Por isso abomina também a diplomacia de Lula.


O filósofo F. Hegel em sua Fenomenologia do Espírito analisou detalhadamente a dialética do senhor e do escravo. O senhor se torna tanto mais senhor quanto mais o escravo internaliza em si o senhor, o que aprofunda ainda mais seu estado de escravidão. A mesma dialética identificou Paulo Freire na relação oprimido-opressor em sua clássica obra Pedagogia do Oprimido. "Com humor comentou Frei Betto: "em cada cabeça de oprimido há uma placa virtual que diz: hospedaria de opressor". Quer dizer, o oprimido hospeda em si o opressor e é exatamente isso que o faz oprimido". A libertação se realiza quando o oprimido extrojeta o opressor e ai começa então uma nova história na qual não haverá mais oprimido e opressor, mas o cidadão livre.

Escrevo isso a propósito de nossa imprensa comercial, os grandes jornais do Rio, de São Paulo e de Porto Alegre, com referência à política externa do governo Lula no seu afã de mediar junto com o governo turco um acordo pacífico com o Irã a respeito do enriquecimento de urânio para fins não militares. Ler as opiniões emitidas por estes jornais, seja em editoriais seja por seus articulistas, alguns deles, embaixadores da velha guarda, reféns do tempo da guerra-fria, na lógica de amigo-inimigo é simplesmente estarrecedor.

O Globo fala em "suicídio diplomático" (24/05) para referir apenas um título até suave. Bem que poderiam colocar como sub-cabeçalho de seus jornais: "Sucursal do Império", pois sua voz é mais eco da voz do senhor imperial do que a voz do jornalismo que objetivamente informa e honestamente opina. Outros, como o Jornal do Brasil, têm seguido uma linha de objetividade, fornecendo os dados principais para os leitores fazerem sua apreciação.

As opiniões revelam pessoas que têm saudades deste senhor imperial internalizado, de quem se comportam como súcubos. Não admitem que o Brasil de Lula ganhe relevância mundial e se transforme num ator político importante como o repetiu, há pouco, no Brasil, o Secretário Geral da ONU, Ban-Ki-moon. Querem vê-lo no lugar que lhe cabe: na periferia colonial, alinhado ao patrão imperial, qual cão amestrado e vira-lata. Posso imaginar o quanto os donos desses jornais sofrem ao ter que aceitar que o Brasil nunca poderá ser o que gostariam que fosse: um Estado-agregado como são Hawaí e Porto-Rico. Como não há jeito, a maneira então de atender à voz do senhor internalizado, é difamar, ridicularizar e desqualificar, de forma até antipatriótica, a iniciativa e a pessoa do Presidente. Este notoriamente é reconhecido, mundo afora, como excepcional interlocutor, com grande habilidade nas negociações e dotado de singular força de convencimento.

O povo brasileiro abomina a subserviência aos poderosos e aprecia, às vezes ingenuamente, os estrangeiros e os outros povos. Sente-se orgulhoso de seu Presidente. Ele é um deles, um sobrevivente da grande tribulação, que as elites, tidas por Darcy Ribeiro como das mais reacionárias do mundo, nunca o aceitaram porque pensam que seu lugar não é na Presidência mas na fábrica produzindo para elas. Mas a história quis que fosse Presidente e que comparecesse como um personagem de grande carisma, unindo em sua pessoa ternura para com os humildes e vigor com o qual sustenta suas posições.

O que estamos assistindo é a contraposição de dois paradigmas de fazer diplomacia: uma velha, imperial, intimidatória, do uso da truculência ideológica, econômica e eventualmente militar, diplomacia inimiga da paz e da vida, que nunca trouxe resultados duradouros. E outra, do século XXI, que se dá conta de que vivemos numa fase nova da história, a história coletiva dos povos que se obrigam a conviver harmoniosamente num pequeno planeta, escasso de recursos e semi-devastado. Para esta nova situação impõe-se a diplomacia do diálogo incansável, da negociação do ganha-ganha, dos acertos para além das diferenças. Lula entendeu esta fase planetária. Fez-se protagonista do novo, daquela estratégia que pode efetivamente evitar a maior praga que jamais existiu: a guerra que só destrói e mata. Agora, ou seguiremos esta nova diplomacia, ou nos entredevoraremos. Ou Hillary ou Lula.

A nossa imprensa comercial é obtusa face a essa nova emergência da história. Por isso abomina a diplomacia de Lula.


Do Carta Maior