sábado, 5 de junho de 2010

Dilma, a vítima de uma grande injustiça




A pré-candidata Dilma Rousseff lamentou que o nível do debate entre os concorrentes esteja caindo a esse ponto. Depois comparecer em diversos eventos onde os candidatos a presidente foram entrevistados, sabatinados, e abordaram vários temas de interesse do país

No recente evento da CNI – Confederação Nacional das Indústrias com a presença de todos os principais candidatos a presidência da República a apresentação de Dilma foi considerada a mais preparada, mais técnica, como foi avaliada por todos, dirigentes e analistas.

As declarações de Dilma Rousseff em outros eventos promovidos por entidades de todos os tipos, sindicais, sociais, e de órgãos de imprensa, a ex-ministra tem deixado uma boa imagem, tanto quanto ao conhecimento e domínio de várias áreas do governo, e também sua educação e simpatia ao atender a todos.

A própria imprensa que tem um grande número de jornalistas vinculados a empresas de comunicação mercantil (PIG), seja de TV, rádio ou jornal, e que são acintosamente favoráveis ao candidato Serra, não conseguem esconder em seus textos e imagens o brilho e tranquilidade que Dilma tem demonstrado em todos os momentos.

Esses acontecimentos e a boa imagem que a candidata passa a todos levaram Dilma a registrar desde fevereiro uma curva ascendente em todas as pesquisas eleitorais e de opinião pública.

Nas pesquisas espontâneas aparece à frente de todos os outros candidatos há meses, nas pesquisas estimuladas o crescimento é expressivo e já ultrapassou José Serra em todos os institutos, até no dúbio Instituto Datafolha, Dilma aparece em 1º lugar à frente de Serra no 2º turno.

A mulher que tinha uma figura construída com base na sua austeridade e firmeza na condução das pastas em que foi ministra do governo Lula, Minas e Energia e também a Casa Civil, uma função equivalente a primeira ministra em muitos países, hoje é vista como uma pessoa além de ser marcante em suas convicções, é educada e simpática, comprovada na última pesquisa em que se questionou a população quem era o candidato mais simpático.

Além das pesquisas apontarem como a mais simpática entre os candidatos, estive em alguns eventos trabalhando na imprensa e pude constatar as reações e opiniões de vários profissionais que estiveram próximos a Dilma, dos primeiros na portaria e outros que estavam a serviço no local, e quase todos foram uníssonos, ‘Como ela é simpática e tranquila’.

Imagino que para a candidata líder nas pesquisas eleitorais o momento deva sentir um misto de satisfação e decepção, porque ao atingir o topo das pesquisas e mostrando seu preparo técnico e conhecimento vê o seu nome injustamente envolvido com uma tenebrosa armação idealizada por pessoas inescrupulosas.

O pior é que essas informações rondam as caixas de correspondência eletrônica, e-mails, desde 2002 e a imprensa golpista nunca se manifestou. Quem é do meio de comunicação conhece esses assuntos contidos no tal dossiê “Caim e Abel”, entre irmãos do mesmo ninho, há muito tempo.

Um caso semelhante só para comparar, todos os bem informados da imprensa, conheciam a história do filho de FHC com a jornalista Mirian Dutra da TV Globo, desde 1992, quando FHC ainda era Senador, na época a revista Caros Amigos fez uma grande matéria sobre o caso e só agora 18 anos depois a imprensa golpista veio a noticiar o encontro de FHC com o filho que vivia camuflado na Europa.

No caso do dossiê doméstico dos tucanos usado para causar constrangimento e provocar uma possível queda da ascendente candidatura de Dilma Rousseff, pode ter outro desfecho dessa história criada por um tucano para prejudicar o outro do mesmo partido, além de mal contada pode causar um estrago maior na campanha de quem acusou injustamente e sorrateiramente uma pessoa que nada tem a ver com essa traição partidária.

Dilma declarou, “Tais documentos, se existem, não foram produzidos por nós. Eu lamento que o nível campanha tenha chegado a nisso. Estou disposta a fazer debate de alto nível e não ficar respondendo este tipo de acusação" ponderou a pré-candidata.

Antes que a justiça aponte os autores dessa obra arquitetada por maquiavélicos em desrespeito à ética e moral na democracia, José Serra deveria desculpar-se publicamente, não só a candidata, mas antes de tudo à mulher, mãe e avó, Dilma Rousseff.


Do Celso Jardim

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