sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lula entusiasmou os poucos otimistas em Copenhague


Críticos elogiam Lula e falam em "decepção" sobre Obama


LÚCIA MÜZELL, do Terra



Direto de Copenhague


Um discursou logo após o outro no plenário da Conferência do Clima de Copenhague, na Dinamarca, mas os resultados das falas dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama foram diametralmente opostos nos corredores do Bella Center, onde acontece o evento. Enquanto Lula entusiasmou os poucos otimistas que ainda restam no centro de conferências, Obama foi alvo de críticas e decepcionou os que esperavam que ele pudesse mudar o rumo das negociações na reta final.


As diferenças já puderam ser vistas durante os pronunciamentos: Lula teve quatro vezes o discurso interrompido por aplausos, enquanto Obama nenhuma vez - apesar de as palavras do americano serem as mais aguardado de todo o evento. Ao final dos discursos, mais uma vez as palmas enfáticas para o brasileiro se distanciaram dos aplausos meramente protocolares dispensados ao americano.


"O Lula mandou muito bem e abriu a porta para quem sabe as negociações tomarem outro rumo", disse Paulo Adário, um dos coordenadores do Greenpeace Brasil. Adário elogiou a postura de vanguarda que o Brasil assumiu, ao oferecer contribuição financeira para o Fundo Global de Mudanças Climáticas para os países pobres. "A gente sabe que o Brasil não é mais nenhum Haiti e vínhamos cobrando isso há anos do presidente. Ele fez o que a gente esperava dele."


O coordenador da ONG Vitae Civilis, Rubens Harry Born, destacou que a fala improvisada de Lula fez toda a diferença. "Ele foi ele mesmo, falou com o coração e passou uma mensagem muito legal de comprometimento. Acho que essa postura pode ter efeitos nas negociações", afirmou Born.


O francês Fabrice Bourger, membro da delegação do seu país, achou que o país deu um exemplo "sem precedentes" e que o discurso de Lula o aproxima ainda mais dos europeus. "Foi constrangedor para os outros países. Mas, sinceramente, nós não esperávamos outra coisa de Lula", afirmou Bourger. "Ele se destaca de todos os outros líderes com essa posição aberta ao diálogo, sem perder a firmeza e a determinação."


Obama: "mico da história"



Já as palavras em relação a Obama foram bem diferentes. "Arrogante", "estúpido", "burocrático" e autor de um "mico histórico" são apenas algumas das definições empregadas nos corredores da COP-15.


"Uma parte, foi de palavras da boca para a fora (como a frase de que "não se pode mais perder tempo" para salvar planeta). E a outra, um verdadeiro absurdo. Foi um mico histórico", disse Born. Para o coordenador da Vitae Civilis, Obama só reforçou o discurso intransigente que os Estados Unidos vinham defendendo na Cúpula do Clima e não trouxe nenhuma novidade. E ainda usou como desculpa para a falta de ação um argumento que todos os países democráticos poderiam utilizar, se quisessem: o de que não pode fazer nada sem a aprovação prévia do Congresso de seu país.


Adário, do Greenpeace, foi ainda mais duro. "A postura do Obama naquele púlpito foi socialmente arrogante e politicamente estúpida. Não está nem perto de assumir a posição de liderança que as pessoas esperavam dele", afirmou, destacando que as três condições impostas pelo americano para que assine um acordo - transparência, verificação das ações e metas de redução baixas - devem manter as negociações travadas.


Também a ausência de especificações sobre quanto os Estados Unidos estarão dispostos a contribuir para fundo internacional de financiamento decepcionaram. Obama garantiu apenas que o país vai entrar com recursos, mas não detalhou nem quanto, nem quando. Bourger, negociador francês, preferiu não se estender nos comentários, mas não escondeu a decepção. "Acho que os esforços da Europa não foram suficientes para mudar nem um milímetro da posição americana.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Brasil, política externa

Brasil e Estados Unidos defendem salvo-conduto para Zelaya

Por: Pedro Peduzzi

Publicado em 14/12/2009

Brasília - O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, reiterou a posição brasileira em defesa do salvo-conduto (permissão do governo para que transite livremente) do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya.

Segundo ele, esta também foi a posição defendida pelo governo norte-americano, manifestada nesta segunda-feira (14) durante a reunião que teve com o secretário-assistente de Estado para o Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, responsável pela América Latina, Arturo Valenzuela.

“O secretário se disse favorável ao salvo-conduto e [afirmou] que precisamos desbloquear essa situação”, disse Garcia após a reunião. “Manifestamos nossa preocupação de que o episódio de Honduras não venha a estabelecer um precedente que desestabilize a democracia na região, particularmente na América Central, onde o processo democrático é mais recente”, acrescentou.

Zelaya havia pedido, na semana passada, para deixar o país como "hóspede ilustre", mas o governo interino só aceitou a saída caso ele pedisse asilo político a outro país, condição rejeitada pelo líder deposto. Com a decisão de negar o salvo-conduto, Zelaya permanece na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está hospedado desde o dia 21 de setembro.

De acordo com Garcia, a instalação de bases aéreas norte-americanas na Colômbia também foi abordada durante a reunião. “Transmitimos a posição do governo brasileiro, de que [as bases] não são um fator positivo para a região. O governo norte-americano precisa ter um diálogo mais direto com os países da região, para eliminar inclusive a guerra de informações”.

Foram abordados ainda os esforços dos dois países para amenizar os problemas no Oriente Médio, em especial a questão da Palestina e do Irã. “A Palestina é uma questão que tem irradiação negativa muito grande sobre o conjunto da humanidade, incidindo de forma perigosa sobre cenários”.

Sobre o Irã, Garcia disse que os dois governos concordam quanto à necessidade de o país se submeter às normas da Agência Internacional de Energia Nuclear, visando ao uso pacífico desse tipo de energia.

Garcia negou, novamente, que as relações com os EUA estivessem prejudicadas. “Eram boas já no governo Bush e tiveram um upgrade com o [Barack] Obama. É normal que os governos tenham apreciações distintas”, afirmou, em referência às advertências da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, aos países da América Latina que buscam se relacionar de forma mais próxima com o Irã.

Fonte: Agência Brasil

Fidel, o que Obama nos está deixando no hemisfério?

Do site Caros Amigos

Os problemas de Obama

Por Fidel Castro

Como pretende Obama resolver os problemas climáticos se a posição de sua representação nas reuniões preparatórias da Cúpula de Copenhague sobre as emissões de gases de efeito estufa foi a pior de todos os países industrializados e ricos, tanto em Bangcoc como em Barcelona, por que os Estados Unidos não assinaram o Protocolo de Kyoto, nem a oligarquia desse país está disposta verdadeiramente a cooperar?


O teólogo brasileiro Leonardo Boff — que não é discípulo de Marx, mas católico honesto, desses que não estão dispostos a cooperarem com o imperialismo na América Latina — disse recentemente: “arriscamos nossa destruição e a devastação da diversidade da vida.”


“Quase metade da humanidade hoje vive abaixo do nível de pobreza. Os 20% mais ricos consomem 82,49% de toda a riqueza da Terra e os 20% mais pobres têm que se sustentar com um ínfimo 1,6%.” Cita a FAO e adverte: “nos anos próximos, haverá entre 150 e 200 milhões de refugiados climáticos.” E acrescenta por sua conta: “Hoje, a humanidade está consumindo 30% a mais da capacidade de restituição... A Terra está dando sinais inequívocos de que já não aguenta mais.”


O que Boff afirma é certo, mas Obama e o Congresso dos Estados Unidos ainda o ignoram.


O que Obama nos está deixando no hemisfério? O problema vergonhoso de Honduras e a anexação da Colômbia, onde os Estados Unidos instalarão sete bases militares. Em Cuba estabeleceram também uma base militar há mais de 100 anos e ainda a ocupam pela força. Nela instalaram o horrível centro de tortura, mundialmente conhecido, que Obama até hoje não pôde fechar.


Eu considero que, antes que Obama termine o seu mandato, haverá de seis a oito governos de direita na América Latina que serão aliados do império. Em breve, o setor mais de direita dos Estados Unidos tentará também limitar seu mandato a um período de quatro anos de governo. Um Nixon, um Bush ou alguém parecido com Cheney serão novamente presidentes. Então, vai se ver às claras o que significam essas bases militares absolutamente injustificáveis que hoje ameaçam todos os povos da América do Sul, sob pretexto do combate ao narcotráfico, um problema criado pelas dezenas de bilhões de dólares que nos Estados Unidos são injetados no crime organizado e na produção de drogas na América Latina.


Cuba tem demonstrado que para combater as drogas o que faz falta é justiça e desenvolvimento social. No nosso país, o índice de crimes em cada cem mil habitantes é um dos mais baixos do mundo. Nenhum outro do hemisfério pode mostrar índices tão baixos de violência. É sabido que, apesar do bloqueio, nenhum outro tem tão elevados níveis de educação. Os povos da América Latina saberão resistir às agressões do império!


Senado referenda entrada da Venezuela no Mercosul

Agência Senado

Plenário do Senado acaba de aprovar, por 35 votos a 27, o projeto de decreto legislativo (PDS 430/09) que referenda o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. O texto agora vai a promulgação.

Com isso, fica faltando apenas a anuência do parlamento do Paraguai para que o país efetivamente passe a integrar o bloco, pois Argentina e Uruguai também já deram sua aprovação.

Brasil encabeça ranking de combate à mudança climática

Do site do UOL

Da BBC Brasil

O Brasil encabeça a lista de um ranking de combate à mudança climática publicado nesta segunda-feira por uma organização não-governamental europeia.

Pela primeira vez desde que o indicador começou a ser medido pela ONG Germanwatch e a rede Climate Action Network (CAN), um país emergente ocupou a liderança no ranking, passando para trás países desenvolvidos como a Suécia, a Alemanha e a Noruega.

O Brasil obteve uma nota 68, o que o coloca no grupo dos países cujo desempenho nesse sentido é considerado “bom”.

No mesmo grupo ficaram a Suécia (67.4), Grã-Bretanha e Alemanha (65.3), França (63.5), Índia (63.1), Noruega (61.8) e México (61.2).

“É muito bom que países emergentes estejam ganhando posições neste ranking”, avaliou o diretor europeu da rede CAN, Matthias Duwe.

“Estão mandando um sinal claro, durante as negociações de Copenhague, de que estão comprometidos em combater a mudança climática. Gostaria apenas que outros países europeus estivessem demonstrando o mesmo compromisso para com as mudanças positivas.”

As organizações elogiaram a melhora do marco legal de proteção ao clima no Brasil. Mas adotaram uma postura cautelosa em relação à desaceleração do ritmo de desmatamentos no país, que reduziu as emissões de carbono do país.

“Ainda não está claro se isto é resultado de uma menor demanda por óleo de palma e soja na atual crise econômica.”

Esforço insuficiente
O quinto índice de desempenho da mudança climática (CCPI, na sigla em inglês) avaliou as medidas que estão sendo tomadas em 57 países e as comparou com o que está sendo feito em outros países e com o que a organização considera ser necessário fazer para evitar um aumento de 2º C na temperatura do planeta.

Como a ONG considera que “nenhum país está se esforçando o suficiente para prevenir uma perigosa mudança climática” – ou seja, ninguém está cumprindo o critério número dois –, nenhum desempenho foi considerado “muito bom”, o que deixou vazias as três primeiras posições do ranking.

O indicador é divulgado no mesmo dia em que as negociações sobre o clima na capital dinamarquesa esbarram em um impasse, com os países emergentes acusando os desenvolvidos de promover um acordo sem força para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa, que causam o aquecimento global.

No rascunho de acordo apresentado na sexta-feira, as metas de cortes na emissão de carbono variam de 25% a 45% até 2020.

Para os divulgadores do CCPI, as metas apresentadas pelos países ricos são “insuficientes”.

No fim da lista, entre os países com desempenho “muito ruim”, ficaram o Canadá (40.7) e a Arábia Saudita (28.7).

A ONG ressaltou que, apesar de estar entre os dez maiores emissores mundiais de CO2, até agora o Canadá não anunciou nenhuma política significativa em relação ao tema.

Já a Arábia Saudita, o maior produtor mundial de petróleo, é considerada uma espécie de “inimiga” dos ambientalistas por questionar a origem e a importância do fenômeno de aquecimento global.

Na mesma categoria, e a apenas oito do fim do ranking, ficaram os Estados Unidos (46.3).

“Há uma série de propostas de políticas climáticas tramitando no Congresso americano no momento, mas nenhuma ainda aprovada”, disse o diretor de políticas da Germanwatch, Christoph Bals.

“Uma lei que realmente reduza as emissões, assim como uma posição forte em Copenhague, melhoraria sua posição no ranking.”

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

REVOLUÇÃO QUILOMBOLIVARIANA!


Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina, que apesar de estarmos no 3º milênio em pleno avanço tecnológico, o nosso coletivo se encontra a margem e marginalizados de todos de todos os benefícios da sociedade capitalista euro-americano, que em pese que esse grupo de países a pirâmide do topo da sociedade mundial e que ditam o que e certo e o que é errado, determinando as linhas de comportamento dos povos comandando pelo imperialismo norte-americano, que decide quem é do bem e quem do mal, quem é aliado e quem é inimigo, sendo que essas diretrizes da colonização do 3º Mundo, Ásia, África e em nosso caso América Latina, tendo como exemplo o nosso Brasil, que alias é uma força de expressão, pois quem nos domina é a elite associada a elite mundial, é de conhecimento que no Brasil que hoje nos temos mais de 30 bilionários, sendo que a alguns destes dessas fortunas foram formadas como um passe de mágica em menos de trinta anos, e até casos de em menos de 10 anos, sendo que algumas dessas fortunas vieram do tempo da escravidão, e outras pessoas que fugidas do nazismo que vieram para cá sem nada, e hoje são donos deste país, ocupando posições estratégicas na sociedade civil e pública, tomando para si todos os canais de comunicação uma das mais perversas mediáticas do Mundo. A exclusão dos negros e a usurpação das terras indígenas criaram-se mais e 100 milhões de brasileiros sendo este afro-ameríndio descendente vivendo num patamar de escravidão, vivendo no desemprego e no subemprego com um dos piores salários mínimos do Mundo, e milhões vivendo abaixo da linha de pobreza, sendo as maiores vitimas da violência social, o sucateamento da saúde publica e o péssimo sistema de ensino, onde milhões de alunos tem dificuldades de uma simples soma ou leitura, dando argumentos demagógicos de sustentação a vários políticos que o problema do Brasil e a educação, sendo que na realidade o problema do Brasil são as péssimas condições de vida das dezenas de milhões dos excluídos e alienados pelo sistema capitalista oligárquico que faz da elite do Brasil tão poderosas quantos as do 1º Mundo. É inadmissível o salário dos professores, dos assistentes de saúde, até mesmo da policia e os trabalhadores de uma forma geral, vemos o surrealismo de dezenas de salários pagos pelos sistemas de televisão Globo, SBT e outros aos seus artistas, jornalistas, apresentadores e diretores e etc. .

Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direito e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder Zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construí dor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar as histórias dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Oswaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam.Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social de um irmão Colombiano, Uruguaio, Argentina, Boliviana, Peruana, Venezuelano, Argentino, Porto-Riquenho ou Cubano. Há uma presença física e espiritual em nossa história os mesmos que nos cerceiam de nossos valores são os mesmos que atacam os estadistas Hugo Chávez e Evo Morales Ayma,não admitem que esses lideres de origem nativa e afro-descendente busquem e tomem a autonomia para seus iguais, são esses mesmos que no discriminam e que nos oprime de nossa liberdade de nossas expressões que não seculares, e sim milenares. Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução Quilombolivariana e bradaram Viva a,Viva Simon Bolívar Viva Zumbi, Viva Che, Viva Martin Luther King,Malcolm X Viva Oswaldão, Viva Mandela, Viva Chávez, Viva Evo Ayma,Rafael Correa, Fernando Lugo, Viva a União dos Povos Latinos afro-ameríndios, Viva 1º de maio, Viva os Trabalhadores do Brasil e de todos os povos irmanados.



Movimento Revolucionário Socialista QUILOMBOLIVARIANO
vivachavezviva.blogspot.com/
quilombonnq@bol.com.br
Organização Negra Nacional Quilombo
O.N.N.Q. Brasil fundação 20/11/1970
por Secretário Geral Antonio Jesus Silva





Copiado dos comentários sobre Ação do DEM contra cotas raciais recebe parecer contrário, Blog Marcílio Moreira