Convite para réveillon no Pavão-Pavãozinho custou R$250.
Cercada pelo Cristo Redentor, Pão de Açúcar e as famosas praias da Zona Sul do Rio, as lajes nas favelas beneficiadas pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) se tornaram palcos de rodas de samba e de confraternizações regadas a churrasco, feijoada, cerveja e caipirinha. Os espaços, alguns até com teto retrátil, foram reformados e viraram fonte de renda para os moradores, que abriram neste verão a parte mais cobiçada de suas casas a turistas e cariocas.
O DJ e guia turístico Thiago Firmino, de 29 anos, investiu junto com o irmão mais de R$ 7 mil para a reforma do “lajão”, como apelidou o espaço em cima de sua casa no Morro Santa Marta, em Botafogo. O local tem 90 metros quadrados e já abrigou desde shows de forró a festas infantis com pula-pula.
Ele explica que o aluguel do espaço custa R$ 300 para seis horas de evento. Mas, caso o cliente opte pelos serviços de DJ, iluminação, mesas, cadeiras e churrasqueiras, o preço sobe para R$ 750. Para fugir do calor de 40 graus, Thiago disponibiliza mangueiras e chuveirinhos para refrescar os convidados.
“A festa aqui tem a cara mesmo de laje, com pagode, funk, muita comida e clima família. Os nossos eventos geralmente vão até as 2h para não incomodar os moradores. Já fizemos eventos para artistas, como a Martinália, e também para turistas estrangeiros”, comenta Thiago.
Teto Solar na laje
A laje de Thiago chama a atenção por ficar aos pés do Cristo Redentor e pelo inusitado “teto solar”. Com um toque no controle remoto, a laje abre e fecha para ficar ao gosto do cliente.
“Se tiver muito quente, é só abrir a laje para a galera pegar sol. Mas, depois se o tempo mudar, ventar ou chover, não tem problema, é só fechar o teto”, demonstra o rapaz.
Réveillon na laje
Os becos e vielas do Pavão-Pavãozinho, comunidade na divisa entre Copacabana e Ipanema, reservam uma laje com o visual para as praias mais famosas da cidade, além do Pão de Açúcar e do Forte de Copacabana. Até o Cristo Redentor aparece na laje pintado num painel grafitado.
A dona do espaço é a simpática aposentada Azelina Viana dos Santos, de 77 anos. A laje fica no quarto andar de sua casa e virou ponto turístico. Há dois anos, ela realiza em sua laje um réveillon para turistas e convidados com preços a R$ 250. A proprietária conta que a ideia da festa da virada surgiu do professor da Fundação Getúlio Vargas, Daniel Plá.
“A minha filha trabalhava numa ONG aqui na comunidade e, durante uma reunião, ela conheceu o Daniel, que ficou encantado com a vista daqui. Desde então, ele em parceria com agências de turismo junta um grupo, a maioria de gringos, para a festa”.
Azelina já até aprendeu a dizer Feliz Ano Novo em inglês. Com o inconfundível “Happy New Year”, ela recebe até 30 estrangeiros na noite de 31 de dezembro. O cardápio da ceia mistura salgadinhos, champanhe, cerveja, frutas e sobremesas. Com o verão, a laje virou um atrativo e ela pensa em novos eventos no local.
“Teve um ano que nós fizemos um ensaio de carnaval com a escola de samba Alegria da Zona Sul e estamos pensando em outras festas para o verão. Se a proposta for boa, alugo a minha laje para o povo”, diz a aposentada.
Café da manhã para hóspedes na laje
No Chapeú Mangeira, no Leme, uma das melhores vistas para a praia é da laje de Valdinei Medina, proprietário de um hostel na favela. Ele aproveita o espaço de 72 metros quadrados para servir o café da manhã aos hóspedes e para aulas de samba e pagode a turistas.
Valdinei explica que sua laje tem churrasqueira, chuveiros para driblar o calor, e banheiros. Ele conta que, até o carnaval, a agenda de eventos na laje está lotada.
“Aqui costumo fazer os eventos para um grupo fechado, se as pessoas quiserem posso fazer serviço de Buffet, churrasco, caipirinha, tudo ao gosto do cliente”, revela o empresário.
Thiago Firmino aluga o espaço para festas infantis com pula-pula e para bandas de forró e pagode (Foto: Tássia Thum/G1)
“A festa aqui tem a cara mesmo de laje, com pagode, funk, muita comida e clima família. Os nossos eventos geralmente vão até as 2h para não incomodar os moradores. Já fizemos eventos para artistas, como a Martinália, e também para turistas estrangeiros”, comenta Thiago.
Teto Solar na laje
A laje de Thiago chama a atenção por ficar aos pés do Cristo Redentor e pelo inusitado “teto solar”. Com um toque no controle remoto, a laje abre e fecha para ficar ao gosto do cliente.
“Se tiver muito quente, é só abrir a laje para a galera pegar sol. Mas, depois se o tempo mudar, ventar ou chover, não tem problema, é só fechar o teto”, demonstra o rapaz.
Réveillon na laje
Os becos e vielas do Pavão-Pavãozinho, comunidade na divisa entre Copacabana e Ipanema, reservam uma laje com o visual para as praias mais famosas da cidade, além do Pão de Açúcar e do Forte de Copacabana. Até o Cristo Redentor aparece na laje pintado num painel grafitado.
Laje no Pavão-Pavãozinho reúne gringos e cariocas no réveillon (Foto: Tássia Thum/G1)
“A minha filha trabalhava numa ONG aqui na comunidade e, durante uma reunião, ela conheceu o Daniel, que ficou encantado com a vista daqui. Desde então, ele em parceria com agências de turismo junta um grupo, a maioria de gringos, para a festa”.
Dona Azelina agradece pelo visual que contempla praias de Copacabana e Ipanema (Foto: Tássia Thum/G1)
“Teve um ano que nós fizemos um ensaio de carnaval com a escola de samba Alegria da Zona Sul e estamos pensando em outras festas para o verão. Se a proposta for boa, alugo a minha laje para o povo”, diz a aposentada.
Café da manhã para hóspedes na laje
Valdinei serve café da manhão aos hóspedes em sua laje (Foto: Divulgação/Favela Inn)
Valdinei explica que sua laje tem churrasqueira, chuveiros para driblar o calor, e banheiros. Ele conta que, até o carnaval, a agenda de eventos na laje está lotada.
“Aqui costumo fazer os eventos para um grupo fechado, se as pessoas quiserem posso fazer serviço de Buffet, churrasco, caipirinha, tudo ao gosto do cliente”, revela o empresário.
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