Do Sul21
Violência e caos se espalham pelas cidades do Egito
por Jorge Seadi
Violência e caos se espalharam pelas principais cidades do Egito, nesta sexta-feira (28), com as manifestações contra o presidente Hosni Mubarak. As manifestações de hoje, em nove cidades do país, são as maiores da história do Egito, onde os protestos ocorreum há três dias, desde a última terça-feira. Até agora oito pessoas morreram e mais de 1,2 mil foram presas. As manifestações no Egito acontecem depois que movimentos populares derrubaram o presidente da Tunísia, Ali Ben, duas semanas atrás. Informações ainda não confirmadas dizem que o presidente Hosni Mubarak fará um pronunciamento, esta noite, pela televisão. E que foi determinado pelo governo o toque de recolher, mas as principais ruas do Cairo ainda estão tomadas por manifestantes.
Na capital Cairo, a polícia de antichoque entrou em confronto com milhares de manifestantes que tomaram conta das ruas centrais, usando jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo. Os policias foram recebidos com pedras e com pneus queimados e barricadas. Em Suez, manifestantes invadiram uma delegacia de polícia, roubaram armas e atearam fogo no prédio. Confrontos também foram registrados na cidade de Alexandria.
Há informações de que vários líderes da oposição foram presos nesta madrugada. Dez pertenceriam à Irmandade Islâmica, banida pelo governo.
Na manhã desta sexta-feira, depois da tradicional reza das sextas-feiras, milhares de pessoas tomaram conta das ruas das principais cidades do país. Com gritos de “abaixo Mubarak” e “o povo quer que o regime caia”, milhares de pessoas foram para a frente do Palácio do Governo pedindo a renúncia do presidente. No começo da manhã, apesar da internet e do serviço de telefonia móvel estarem desativados por ordem do governo, correu um boato de que o Hosni Mubarak e sua família sairiam do país. Informação que não se confirmou.
Outra notícia desta manhã de sexta-feira, divulgada pela TV do Catar, a Al Jazira, era de que o líder da oposição e prêmio Nobel da Paz, Mohamed El Baredei, estaria preso. As autoridades do Egito não confirmaram a prisão.
Os protestos paralisaram parte da cidade do Cairo, no centro e alguns bairros. Várias lojas não abriram e as ruas estavam desertas. Horas antes de começarem as manifestações de hoje, o governo se disse aberto ao diálogo com a oposição, mas também afirmou que não permitiria outras manifestações de rua.
Com informações da BBC
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