Pontual elogiou a escolha de Amorim, ao vivo na Globo News, vai ficar em observação... |
A semana para o jornalismo da Globo foi terrível, não pelas notícias propagadas mundo afora ou por alguma tragédia destacada na pauta de seus programas na TV aberta ou na Globo News ou em qualquer de suas publicações.
A Globo perdeu a primazia da verdade que constrói em suas chamadas ou conteúdos, desde o político até o econômico, que entrega aos leitores como a mais bem acabada verdade dos fatos.
Esta semana Guilherme Barros, colunista de economia do IG, foi aclamado o melhor jornalista econômico do país, desbancando a onisciente Miriam Leitão, a jornalista que errou todas as previsões que fez sobre o a economia e política do Brasil, desde o primeiro dia de Lula no Planalto. Como tentar desmoralizá-lo na crise de 2009, ao fazer chacota com a afirmação do presidente de que aquela crise seria apenas uma marolinha no Brasil. A articulista previu demissões em massa e recuo significativo do PIB... Talvez por isso Guilherme Barros, mais contido em suas análises e focado nos temas que de fato constroem os cenários macroeconômicos tenha feito por merecer o prêmio da Ordem dos Economistas do Brasil, assim como Guido Mantega, ministro da Fazenda, agraciado como o melhor economista do país em 2011, para desgosto profundo daqueles que não conseguem perceber que o Brasil e o mundo estão em um processo contínuo e dinâmico de mudanças econômicas e sociais. Se apegaram ao atraso, sem qualquer luz que clareie seus caminhos, esperando algo dar errado para justificar seus vaticínios pessimistas.
Não bastasse isso, Jobim caiu do Ministério da Defesa e deixou de ser um representante da oposição no governo Dilma.
Mas, para tornar tudo ainda pior para os interesses "globais", Dilma escolheu Celso Amorim substituto de Jobim na Defesa.
Celso Amorim e a crise no comando maior do jornalismo da Globo
Celso Amorim é um diplomata qualificado e respeitado mundo afora, apenas no Brasil, melhor dizendo, apenas na pauta da imprensa, principalmente da Globo, é visto como um fundamentalista de esquerda, um obcecado pelos inimigos dos Estados Unidos, um fracassado e desagregador.
A sua imagem é constantemente mostrada como a de alguém inoportuno e estabanado, um burocrata mal acabado.
Mas a verdade é que por traz de tantos ataques e desrespeitos, reconhecem em Amorim um agente político capaz de enfrentar, com altivez e segurança, os enfrentamentos que a imprensa provoca com voracidade, desde 2003, sem cessar ao governo que precisou contrapor, em nome de interesses e opções políticas indisfarçáveis. Ta aí a razão pela sua derrota pública: eliminar um adversário capaz de torná-los ainda mais sem razão e, de tabela, atingir Lula.
Não por acaso O Globo de sexta-feira saudou a chegada de Amorim com a ácida chamada de capa: "Dilma troca ministro de Lula por ministro de Lula". Desqualifica a opção da presidenta e ainda, nas entrelinhas, dá a entender que é o ex-presidente, seu maior inimigo, quem dá as cartas.
Na cobertura feita pela Globo News, quinta-feira a noite sobre a troca de comando no Ministério da Defesa, vários jornalistas foram escalados para comentar o fato e elaborar suas teses e expectativas.
Cantanhede partiu para o epitáfio de Jobim dos mais elogiosos, comprovando, sem qualquer dúvida, que o ex-ministro era a cota da oposição da imprensa no governo. Bem ao estilo "mexeu com Jobim, mexeu comigo", Cantanhede faltou emocionar-se e emocionar o espectador com tamanha referência.
Jorge Pontual, correspondente da emissora em Nova York, ousou destoar das desconfianças elaboradas pelos colegas contra Amorim. Pelo contrário, elogiou a indicação de Amorim, ao afirmar, com firmeza, que o ex-chanceler é muito respeitado nos Estados Unidos e na ONU por sua atuação a frente da diplomacia brasileira. Desta maneira, o jornalista representava, sozinho, o contraste em relação a opinião dos colegas da Globo News sobre a figura do novo ministro da Defesa.
Foi posto em dúvidas, de maneira deselegante, pelo apresentador Sérgio Aguiar, que do alto de toda a sua sabedoria finalizou o comentário de Pontual, de modo desafiador: "vamos ver como vai se sair no Ministério da Defesa..."
Pareceu o tom de quem sabe que o chumbo que vem por aí é grosso e tem alvo certo, será implacável.
O pavio foi aceso
A ordem parece ser a de derrotar e humilhar Amorim, colar a idéia de que Lula é uma má influência para o governo Dilma e, portanto, deve ser superado na agenda ou senão nos nomes que compõe o primeiro escalão do governo.
É óbvio que o governo sabe dos riscos da escolha de Amorim, o alvo agora muda para a Defesa, será por ali que a estratégia de vencer o governo será testada a partir de agora. Antes de Jobim, Waldir Pires sofria diariamente ataques e era instado a responder questionamentos infundados contra a sua liderança na pasta e sobre a propagada tese de que o ministro não comandava seus subordinados, logo as "crises" não saíam do noticiário, até que caísse sob a cobertura esquizofrênica do "caos aéreo", que, por um passe de mágica, desfez-se com a posse de Jobim... A imprensa desde então nunca mais cobriu as filas nos aeroportos com tamanho interesse e os atrasos que ocorreram passaram a ser apenas culpa das empresas aéreas, com um ou outro problema pontual identificado e pouco explorado.
O que se sucedeu esta semana apresenta um cenário em que é possível afirmar que a crise, se existe uma, está dentro do comando do jornalismo da Globo, que não consegue desmontar um governo que combate a oito anos e começa a perder legitimidade institucional, pois o processo de deslegitimação junto a seus leitores e audiência, este já vem ocorrendo há tempo suficiente, de maneira gradual, para atingir seus resultados risíveis e tornar seus estratagemas políticos visíveis a olhos nus para a grande maioria.
Esta semana Guilherme Barros, colunista de economia do IG, foi aclamado o melhor jornalista econômico do país, desbancando a onisciente Miriam Leitão, a jornalista que errou todas as previsões que fez sobre o a economia e política do Brasil, desde o primeiro dia de Lula no Planalto. Como tentar desmoralizá-lo na crise de 2009, ao fazer chacota com a afirmação do presidente de que aquela crise seria apenas uma marolinha no Brasil. A articulista previu demissões em massa e recuo significativo do PIB... Talvez por isso Guilherme Barros, mais contido em suas análises e focado nos temas que de fato constroem os cenários macroeconômicos tenha feito por merecer o prêmio da Ordem dos Economistas do Brasil, assim como Guido Mantega, ministro da Fazenda, agraciado como o melhor economista do país em 2011, para desgosto profundo daqueles que não conseguem perceber que o Brasil e o mundo estão em um processo contínuo e dinâmico de mudanças econômicas e sociais. Se apegaram ao atraso, sem qualquer luz que clareie seus caminhos, esperando algo dar errado para justificar seus vaticínios pessimistas.
Não bastasse isso, Jobim caiu do Ministério da Defesa e deixou de ser um representante da oposição no governo Dilma.
Mas, para tornar tudo ainda pior para os interesses "globais", Dilma escolheu Celso Amorim substituto de Jobim na Defesa.
Celso Amorim e a crise no comando maior do jornalismo da Globo
Celso Amorim é um diplomata qualificado e respeitado mundo afora, apenas no Brasil, melhor dizendo, apenas na pauta da imprensa, principalmente da Globo, é visto como um fundamentalista de esquerda, um obcecado pelos inimigos dos Estados Unidos, um fracassado e desagregador.
A sua imagem é constantemente mostrada como a de alguém inoportuno e estabanado, um burocrata mal acabado.
Mas a verdade é que por traz de tantos ataques e desrespeitos, reconhecem em Amorim um agente político capaz de enfrentar, com altivez e segurança, os enfrentamentos que a imprensa provoca com voracidade, desde 2003, sem cessar ao governo que precisou contrapor, em nome de interesses e opções políticas indisfarçáveis. Ta aí a razão pela sua derrota pública: eliminar um adversário capaz de torná-los ainda mais sem razão e, de tabela, atingir Lula.
Não por acaso O Globo de sexta-feira saudou a chegada de Amorim com a ácida chamada de capa: "Dilma troca ministro de Lula por ministro de Lula". Desqualifica a opção da presidenta e ainda, nas entrelinhas, dá a entender que é o ex-presidente, seu maior inimigo, quem dá as cartas.
Na cobertura feita pela Globo News, quinta-feira a noite sobre a troca de comando no Ministério da Defesa, vários jornalistas foram escalados para comentar o fato e elaborar suas teses e expectativas.
Cantanhede partiu para o epitáfio de Jobim dos mais elogiosos, comprovando, sem qualquer dúvida, que o ex-ministro era a cota da oposição da imprensa no governo. Bem ao estilo "mexeu com Jobim, mexeu comigo", Cantanhede faltou emocionar-se e emocionar o espectador com tamanha referência.
Jorge Pontual, correspondente da emissora em Nova York, ousou destoar das desconfianças elaboradas pelos colegas contra Amorim. Pelo contrário, elogiou a indicação de Amorim, ao afirmar, com firmeza, que o ex-chanceler é muito respeitado nos Estados Unidos e na ONU por sua atuação a frente da diplomacia brasileira. Desta maneira, o jornalista representava, sozinho, o contraste em relação a opinião dos colegas da Globo News sobre a figura do novo ministro da Defesa.
Foi posto em dúvidas, de maneira deselegante, pelo apresentador Sérgio Aguiar, que do alto de toda a sua sabedoria finalizou o comentário de Pontual, de modo desafiador: "vamos ver como vai se sair no Ministério da Defesa..."
Pareceu o tom de quem sabe que o chumbo que vem por aí é grosso e tem alvo certo, será implacável.
O pavio foi aceso
A ordem parece ser a de derrotar e humilhar Amorim, colar a idéia de que Lula é uma má influência para o governo Dilma e, portanto, deve ser superado na agenda ou senão nos nomes que compõe o primeiro escalão do governo.
É óbvio que o governo sabe dos riscos da escolha de Amorim, o alvo agora muda para a Defesa, será por ali que a estratégia de vencer o governo será testada a partir de agora. Antes de Jobim, Waldir Pires sofria diariamente ataques e era instado a responder questionamentos infundados contra a sua liderança na pasta e sobre a propagada tese de que o ministro não comandava seus subordinados, logo as "crises" não saíam do noticiário, até que caísse sob a cobertura esquizofrênica do "caos aéreo", que, por um passe de mágica, desfez-se com a posse de Jobim... A imprensa desde então nunca mais cobriu as filas nos aeroportos com tamanho interesse e os atrasos que ocorreram passaram a ser apenas culpa das empresas aéreas, com um ou outro problema pontual identificado e pouco explorado.
O que se sucedeu esta semana apresenta um cenário em que é possível afirmar que a crise, se existe uma, está dentro do comando do jornalismo da Globo, que não consegue desmontar um governo que combate a oito anos e começa a perder legitimidade institucional, pois o processo de deslegitimação junto a seus leitores e audiência, este já vem ocorrendo há tempo suficiente, de maneira gradual, para atingir seus resultados risíveis e tornar seus estratagemas políticos visíveis a olhos nus para a grande maioria.
Um comentário:
ola professor, gosteimuito desse texto acabei de postar no meu twitter. para todo o brasilver.
Rogério Rocha.
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