Comentário do Luis Nassif
A famosa pesquisa não programada do Datafolha, que saiu na data crucial de dois dias antes da convenção do PSDB que escolheu Serra, deu 10 pontos de vantagem para o candidato, atropelando a tendência que de redução da diferença que se manifestava em todas as pesquisas dos demais institutos, inclusive a pesquisa anterior do Datafolha.
A explicação do Mauro Paulino foi que o fato novo era o fim das enchentes em São Paulo, que melhorara a performance do Serra… no Rio Grande do Sul.
Depois veio o lançamento da candidatura de Serra com todo alarde na TV, rádios e jornais, direito a espaço nobre no Jornal Nacional, com muito mais impacto do que qualquer horário gratuito. A pesquisa seguinte do Datafolha, uma semana depois, mostrou Serra estacionado em relação à pesquisa anterior.
Agora, Dilma tira de uma vez a diferença. A explicação é que tudo isso se deveu ao programa gratuito do PT que, de uma penada só tirou toda a diferença.
Enquanto isto, Sensus e Vox Populi mostravam o crescimento contínuo da candidatura de Dilma, como fruto de um processo natural de identificação dela como candidata de Lula. Sensus foi avo de uma campanha de destruição de reputação, por parte da Folha, que só cessou pelo trabalho de denúncia da blogosfera.
Agora, o Datafolha alcança tardiamente os resultados dos dois institutos mineiros. Ora, as duas pesquisas mineiras, feitas antes do horário gratuito (a do Vox pegando apenas o dia seguinte), mostravam empate técnico com Dilma na frente.
A iniciativa do Eduardo Guimarães, de exigir auditoria em pesquisas eleitorais, foi um marco da sociedade civil e certamente terá papel decisivo para o fim do uso das pesquisas para fins partidários
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