Em lançamento de um navio petroleiro em Itapojuca (PE), pré-candidata à Presidência defende que Brasil precisa produzir mais do que commodities
Em pose de pré-candidata, Dilma acompanha inauguração de petroleiro em Itapojuca (Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação)
São Paulo – Durante lançamento do navio petroleiro João Cândido, em Itapojuca (PE), a pré-candidata do PT à Presidência da República Dilma Rousseff ressaltou a importância de o país ter capacidade de produzir mais do que commodities. Os principais produtos de exportação do país são matérias-primas ou alimentos, como soja, açúcar e minério de ferro, por exemplo.
Ao chegar ao Estaleiro Atlântico Sul, Dilma afirmou que o Brasil dá um passo fundamental, depois de décadas de estagnação da indústria naval. “Era isso que diziam que no Brasil não se podia fazer. O Brasil dá um passo à frente hoje. Não podemos produzir apenas commodities, nós também produzimos navios como esse, desse tamanho”, comemorou.
O navio é o primeiro das 49 embarcações de grande porte que integram o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) a ser entregue. Desses, 38 já foram contratados. O governo comemora a inauguração por considerar que a reativação da indústria naval tenha sido um avanço de sua gestão. Desde 2005, foram adotadas políticas de incentivo ao setor.
Na intenção de reestruturar a indústria naval brasileira e torná-la competitiva internacionalmente, as licitações para a construção de navios por meio do Promef precisam atender a três requisitos: que os navios sejam fabricados no Brasil, tenham preço e qualidade internacionalmente competitivos e 65% de conteúdo nacional mínimo. No caso do navio João Cândido, esse percentual foi de 72,6%.
A embarcação entregue é batizada com o nome de João Cândido em homenagem àquele que ficou conhecido como Almirante Negro ao liderar a Revolta da Chibata, movimento iniciado no Rio de Janeiro em 1910, contra a aplicação de castigos físicos a marinheiros. O filho de João Cândido participou do evento.
O navio teve como madrinha uma soldadora do Estaleiro Atlântico Sul, Mônica Roberta de França. A escolha é uma homenagem aos que trabalharam na construção do navio. No lançamento de um navio ao mar há um ritual de batismo em que a madrinha quebra uma garrafa de bebida no casco da embarcação.
Serra sem PT
A respeito do "convite" feito pelo presidenciável José Serra (PSDB) para fazer parte de um eventual governo comandado pelo tucano, Dilma manifestou estranhamento. "Por que (os tucanos) foram contra o presidente Lula durante tanto tempo? Por que fizeram uma oposição tão raivosa?", lembrou.
"Agora, quando temos uma aprovação de mais de 90%, soa um pouco estranha essa fala", ironizou.
Com informações da Reuters e Agência Brasil
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