sexta-feira, 7 de maio de 2010

Serra elogia pela frente e, nos bastidores, age contra o governo

Parecendo ter duas caras, Serra faz seu jogo político com elogios  ao governo pela frente e ataques por trás


Parecendo ter duas caras, Serra faz seu jogo político com elogios ao governo pela frente e ataques por trás


“O Serra vive uma incongruência. Diz uma coisa e faz outra. Publicamente elogia. Mas nos bastidores age contra o governo do presidente Lula”. Esta é a opinião do economista e especialista em finanças públicas, Amir Khair, acerca da maneira como José Serra tem se apresentado em público desde o dia 10/04, quando se lançou como pré-candidato à presidência da República. Na ocasião, Serra chegou a dizer que não aceitava o raciocínio “nós contra eles”. Para Khair, isso demonstra que o tucano vive o dilema de quem não pode criticar abertamente o presidente Lula, que apresenta altos índices de popularidade, mas que sempre foi um dos críticos da política econômica do governo, além de ter trabalhado nos bastidores contra ela.

”Ele acusa Lula de praticar altas taxas de juros (Selic). Em fevereiro do ano passado, em plena crise econômica internacional, criticou o governo por ter reduzido os juros em apenas um ponto percentual. O que ele não diz, entretanto, é que quando era ministro do Planejamento de Fernando Henrique Cardoso, ligado diretamente à área econômica, a taxa Selic registrava uma média de 24% ao ano, chegando a atingir picos de 45%, enquanto que a do governo Lula, de 2003 a 2010, apesar de ainda alta, gira em torno de 11%”.

Segundo Khair, Serra se considera autoridade econômica, mas juntamente com seu aliado, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), foram os principais defensores da chamada “Lei do Calote”, aprovada no Congresso Nacional, pela restrição ao pagamento de precatórios: “Ambos descumpriram decisões judiciais. São Paulo é o maior devedor de precatórios do país e sozinho deve mais do que todos os estados brasileiros somados. Por isso Serra e a bancada do PSDB se bateu tanto contra o pagamento dos precatórios no Congresso”, diz.(Aqui)


http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=15220


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