sábado, 19 de novembro de 2011

Não acredite em agências de risco. O problema não é a Miriam. É a Globo

A agência de risco americana Standard & Poor’s elevou a nota do Brasil a BBB – ou seja, o risco de o Brasil dar um calote da dívida é minimo.
 
Foi essa mesma S&P que rebaixou a nota dos Estados Unidos e seu presidente foi devidamente demitido.
 
O Conversa Afiada não leva nenhuma agência de risco a sério.
 
Especialmente a S&P.
 
São agências de chute revestido de ciência, como acontece com os instrumentos da ação do "Neolibelismo" pelo mundo.
 
Sobre o cascatômetro das agências de risco, assista, amigo navegante, ao filme Inside Job, Trabalho Interno.
 
Não fica agência sobre agência.
 
Mas a Urubóloga, "neolibelês" por excelência, acredita em agências.
 
Agências reguladoras (como a Anatel rsrsrsrsr) e de risco.
 
Hoje, na primeira pagina de O Globo, sabe-se que a "colona" da referida "colonista" completa ali 20 anos.
 
Vinte anos de "neolibelismo" na veia!
 
O ansioso blogueiro correu a referida "colona" para ler sobre o novo reluzente papel do Brasil na S&P.
 
Nada.
 
A "colona" dos Vinte Anos é um exercício naricisístico sobre a "colonista" e seu papel testemunhal, decisivo, nos últimos vinte anos de história do Brasil – que, sem ela e a Globo, não seria o mesmo.
 
O problema não é a Miriam.
 
O problema é a Globo.
 
A Globo, que da à Miriam uma exposição que nenhum pensador brasileiro sobre a Economia jamais teve.
 
Roberto Simonsen, Nelson Werneck Sodre, Mario Henriue Simonsen (para ficar na letra “s”), juntos, jamais terão o poder de penetração e persuasão que a Urubóloga tem num único dia: no Bom (?) Dia e seus gráficos mortíferos (pobre Renata Vasconcelos!), na CBN, a rádio que troca a noticia, no Globo, no portal Globo.
 
A Globo também não seria a mesma sem ela.
 
A Urubóloga dá a substância ideológica ao maior conglomerado de mídia da América Latina.
(O Ali Kamel é o Ratzinger – o guardião da Fé e o Torquemada, o que manda para a fogueira.)
 
Esse é o problema, ministro Bernardo.
 
Usar um bem público – o sinal aberto – para disseminar ideologia travestida de Ciência.
 
A Urubóloga jamais produziu uma única ideia original.
 
Ela é um “embutido” da Sadia.
 
Mistura ingredientes conhecidos.
 
E que, separados, você talvez não ousasse consumir.
 
Como diria o Malan do "Cerra": o que é novo não é bom; o que é bom não é novo.
 
O problema é a Globo - montada num país cuja ultima Ley de Medios data de 1963, no governo do grande Presidente João Goulart – é a Globo ter o poder que tem.
 
O problema não é a Miriam.
 
Porque, na Economia – que não é Ciência – a Urubóloga é um Paulo Coelho: a fama é inversamente proporcional à qualidade.
 
Paulo Henrique Amorim

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