É dever ético e legal de quem acusa provar que está dizendo a verdade. Entretanto vai ser difícil para a Srª. Lina Veira, pois:
- não lembra da data e hora do encontro (não sabe dizer pelo menos, se foi depois do café da manhã ou depois do almoço...);
- não tem provas documentais, tinha três secretárias e nenhuma delas agendou o encontro (uma secretária da Receita Federal é tão descompromissada assim que não precise agendar seus encontros?...principalmente com uma Ministra, é no mínimo estranho);
- disse que ouviu “agilizar” e, no entanto, entendeu “encerrar”;
-depois, foi a justiça que determinou o término das investigações da Receita Federal com prazo de 60 dias sobre empresas da família Sarney;
- não sabe o nome do motorista porque segundo a mesma os motoristas são terceirizados, e que foi por diversas vezes no Planalto em outras reuniões;
- como ela foi várias vezes ao Palácio do Planalto é claro que vai haver vários registros do circuito interno de câmeras que filmam a entrada e a saída de veículos e visitantes no Palácio (só se for no par ou ímpar para decidir em qual das visitas aconteceu a tal reunião);
- só revelou o encontro depois da demissão (se achou tão grave naquele momento deveria ter denunciado);
- a chefe de gabinete de Lina Vieira, Iraneth Maria Dias Weiler, foi doadora da campanha de Fernando Henrique Cardoso para presidente da República em 1998;
- o esposo de Lina Vieira, Alexandre Firmino, já integrou o ministério da integração, no governo do Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
- Alexandre Firmino é sócio de um sobrinho do senador Garibaldi Alves ( Lina também foi Secretária de Tributação no governo deste ) na agência de publicidade Dois.A, de Natal;
- essa agência já realizou campanhas para o senador José Agripino Maia (DEM-RN);
- A filha da ex-secretária da Receita é sócia da filha da senadora Rosalba Ciarlini, do DEM.
Portanto, fica difícil acreditar quando todos os fatos indicam exatamente o contrário.
“As mulheres mentem bem porque, ao mentirem, quase se convencem de que estão a dizer a verdade.”
Henri Régnier
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