O golpe militar em Honduras é um retrocesso no progresso democrático que tem acontecido na América Latina e no Caribe nas últimas décadas.
Não se pode conceber que um presidente democraticamente eleito, José Manuel Zelaya, seja deposto simplesmente porque convocou uma consulta popular para ver a possibilidade de estabelecer uma assembléia constituinte para modificar a Constituição e deixar o presidente concorrer a um outro mandato.
Portanto, é dever de todas as nações agirem no sentido de buscar o re-estabelecimento da democracia naquele país.
No caso do Brasil, o presidente Lula já disse que não reconhecerá as eleições "conduzidas pelas forças do atraso e do autoritarismo" em Honduras e que "devemos repudiá-lo (o golpe de Estado) incondicionalmente e exigir o retorno do presidente Manuel Zelaya às funções constitucionais para as quais o povo hondurenho o elegeu". Nesse sentido já retirou o embaixador do Brasil de Tegucigalpa, interrompeu os projetos de cooperação e suspendeu o acordo de isenção de vistos com Honduras.
Internamente o governo golpista, encabeçado por Roberto Micheletti - presidente do Congresso Unicameral – vem sofrendo forte oposição popular. Um bom exemplo é Oscar David Montesinos, um menino de 10 anos que se tornou um símbolo da resistência ao golpe.
Foi num show em homenagem à resistência, em Tegucigalpa, capital hondurenha, que o menino falou por pouco mais de dois minutos com muita eloqüência e desenvoltura contra o ditador Roberto Micheletti, repercutindo por vários países.
Veja abaixo a força da luta pela liberdade na voz de uma criança:
Video retirado do blog do Brizola Neto http://tijolaco.com/
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