A cobertura que a mídia brasileira tem dado ao golpe militar em Honduras deixa muito a desejar. Pouco informa e quando o faz é distorcendo o que realmente acontece naquele país.
Por um período as notícias sobre o golpe quase desapareceram dos noticiários, apesar de ser um acontecimento que põe em xeque as democracias latino-americanas.
Esse silêncio só foi quebrado porque o presidente Lula tem posicionado-se a favor do Zelaya, principalmente, abrigando-o na embaixada brasileira.
Com isso a mídia tem falado em governo de “fato” para referir-se ao governo golpista - tentando esconder o que ele realmente é - e ao mesmo tempo procurado justificar o golpe juridicamente e politicamente.
Dessa forma, Zelaya é apresentado como golpista por ter querido realizar uma consulta popular para um terceiro mandato. Enquanto que os verdadeiros golpistas estariam apenas fazendo cumprir a Constituição quando o arrancaram da cama, de madrugada, em baixo de fuzis, e o forçaram a sair do país.
Entretanto, essa é a mesma mídia que não costuma questionar a compra de votos para mudar uma Constituição quando quem está pretendendo fazer isso é alguém que defende seus interesses.
Além disso, Hugo Chaves, Evo Morales e Zelaya são tratados como golpistas. Mas, Uribe que está cercando a fronteira com o Brasil com bases militares americanas e que pretende fazer um plebiscito para ter direito a disputar um terceiro mandato não é visto da mesma maneira.
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