Presidente da Eletrobrás diz que problema deveria ter sido isolado em Itaberá
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz, disse à Agência Brasil que deveria ter ocorrido o "ilhamento" do problema que originou a falta de luz em 18 estados do país. Segundo ele, houve falha e é preciso investigar o motivo que levou o sistema de segurança a não ser ativado.
“Nós tivemos um problema meteorológico em Itaberá que levou à queda das três linhas de 750 quiloVolt (kV), o que significa dizer que perdemos a capacidade de transmitir metade da energia gerada por Itaipu. Deveria ter acontecido o ilhamento do problema para possibilitar o religamento do sistema. Mas como isto não aconteceu, aí o problema se estendeu para as duas linhas de corrente contínua que liga Itaipu a São Paulo. O que é preciso levantar é porque não entrou em operação o sistema chamado Erat que existe exatamente para levar ao ilhamento”.
O presidente da holding que controla as empresas de energia do governo disse que não houve problema de falta de energia, mas sim uma interrupção temporária nas linhas de transmissão. Para ele, o sistema elétrico está bem dimensionado e os investimentos foram feitos.
Muniz lembrou o fato de que, dentro do planejamento energético elaborado para o país, várias novas usinas, principalmente hidroelétricas de grande capacidade de geração, estão em fase de construção ou de licitação - citando as usinas do Rio Madeira e de Belo Monte, no Pará, que entrá prevista para entrar em operação em 2014 interligando as regiões Norte e Sul e, consequentemente, fortalecendo o sistema elétrico brasileiro. “Com as obras que estão planejadas e sendo executadas, nós não temos dúvidas de que vamos atender ao aumento da demanda. O sistema não só está apto a atender ao crescimento, como a população pode ficar tranquila, porque acidentes como este dificilmente voltarão a se repetir”.
“Eu não tenho dúvidas de que o sistema elétrico brasileiro está preparado para atender à demanda de energia por parte da população, como também está preparado para atender ao crescimento econômico do país esperado para os próximos anos. O que houve foi um problema no sistema de transmissão, tanto que restabelecida a operação, o país está funcionando dentro da normalidade do ponto de vista energético desde as 4h da manhã desta terça-feira”.
Fonte: Agência Brasil
Comentário:
O blecaute de terça feira causou uma série de problemas para os brasileiros dos 18 estados atingidos. E o governo, é claro, deve explicações. Entretanto, a imprensa não pode ficar utilizando o acidente para fazer oposição ao governo Lula, criando uma situação de caos nos telejornais e noticiários.
A verdade é que essa situação dá mais um fôlego para a oposição, pois ela ocorre num momento muito ruim para a candidatura demo-tucana. A pesquisa Vox Populi demonstra que o José Serra está em constante queda enquanto que a ministra Dilma continua crescendo. Como Dilma foi ministra das Minas e Energia no primeiro mandato do governo Lula a oposição quer tirar proveito - incentivada pela imprensa golpista. Mas, acredito que isso será mais um “tiro no pé” como foram os factóides Lina Vieira e a CPI da Petrobras. Pois, ninguém esqueceu do apagão na época de FHC, aqui.
Todos nós sabemos que o apagão de 2001 ocorreu em virtude da falta de planejamento, o Brasil não tinha energia suficiente (corríamos o risco de não termos luz por dois anos). Enquanto que agora a situação é bem diferente pois temos energia suficiente. Segundo o presidente Lula o seu governo é responsável por 30% de tudo o que foi feito em matéria de linhas de transmissão nos últimos 123 anos, aqui.
Portanto, tudo indica que o problema foi meteorológico e de sobrecarga de consumo no estado São Paulo. Dessa forma, não é apenas obrigação do governo Federal dar explicações sobre o problema. Cabe também ver a responsabilidade da Companhia Energética de São Paulo - CESP e do governador José Serra.
“Nós tivemos um problema meteorológico em Itaberá que levou à queda das três linhas de 750 quiloVolt (kV), o que significa dizer que perdemos a capacidade de transmitir metade da energia gerada por Itaipu. Deveria ter acontecido o ilhamento do problema para possibilitar o religamento do sistema. Mas como isto não aconteceu, aí o problema se estendeu para as duas linhas de corrente contínua que liga Itaipu a São Paulo. O que é preciso levantar é porque não entrou em operação o sistema chamado Erat que existe exatamente para levar ao ilhamento”.
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