José Meirelles Passos – O GLOBO
A pré-candidata presidencial do PT, Dilma Rousseff, aproveitou a abertura ontem de um seminário sobre infraestrutura no Brasil para expor um esboço da política econômica que adotará, caso seja eleita em outubro próximo. Seria, segundo ela, uma clara continuidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçada por medidas necessárias para que o país suba outro degrau.
Dilma disse que trabalha em duas agendas essenciais. Uma visa à redução do Custo Brasil, através da melhoria da infraestrutura.
A outra diz respeito à inovação, para ampliar a competividade do país, com a melhoria da qualidade da educação, especialmente na formação profissional.
— Queria destacar algumas características do próximo período.
Primeiro, o nosso compromisso com uma política que continue o atual processo de desenvolvimento com inclusão social e mobilidade. Isso é essencial. Significa perseguir de forma sistemática um processo em que o país se torne, de fato, uma potência internacional.
E transite de sua situação de emergente para situação de país desenvolvido.
Necessidade de maior presença do setor privado Ela utilizou boa parte de sua apresentação, no evento promovido pelos jornais “Valor Econômico” e “Financial Times”, procurando convencer os investidores a continuarem apostando no Brasil. Afirmou que as portas permanecerão abertas — “O país não pode se conformar com uma única fonte de financiamento” — e tratou de justificar a necessidade da presença do Estado “com um papel indutor forte”: — Em certas áreas é absolutamente imprescindível que o Estado tenha uma ação de planejamento, de regulação.
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