domingo, 13 de junho de 2010

A CONVENÇÃO DA RESSACA

(I) FERNANDO DE BARROS E SILVA --FOLHA: '... o ambiente da convenção [do PSDB] estava mais frio do que o que se viu no dia 10 de abril, em Brasília.... "Frio" talvez não seja a palavra. Tudo ontem parecia menos espontâneo e mais ensaiado. As pessoas uniformizadas, as bandeirinhas tremulando em sintonia -havia um clima de auditório na convenção tucana. A ponto de o mestre de cerimônias dizer, sem contrangimento: "Pode bater palma...O aspecto mais simpático do show ficou por conta dos repentistas que anunciavam os oradores...(II) JOSIAS DE SOUZA --FOLHA: ' 'Virou pó a dianteira de Serra de 10 pontos no Datafolha. Dilma empatou em 37%....Ela já tem um vice: Michel Temer (PMDB-SP). Ele, rebarbado por Aécio Neves, ainda não. Ela traz ao seu redor uma coligação consolidada. Ele terá a adesão de um PTB dividido. Cobiça o apoio do PP. ...Ela exibe plataforma sólida. Num verbo: "Continuar". Ele desfia um discurso flácido, dúbio...A conjuntura condenou Serra a trafegar, de novo, na contramão. Em 2002, sob FHC, simbolizara a continuidade num cenário que apontava para a mudança.Em 2010, representa a mudança em meio a uma atmosfera que, marcada pela popularidade de Lula, conspira a favor da continuidade.

(Carta Maior, o cenário e o enredo de uma ressaca política; 13-06)


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