Chanceler Celso Amorim defende proposta do país islâmico e critica falta de abertura da ONU
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad declarou ontem, em discurso em rede pública de televisão, que a proposta de trocar combustível nuclear em território turco, promovida por Brasil e Turquia ao Irã, continua vigente.
– Essa proposta constitui um novo modelo de gestão dos assuntos mundiais, baseado na justiça e na lógica, mesmo que as “arrogantes potências” do Ocidente estejam furiosas – declarou.
O acordo, firmado em 17 de maio, prevê que o Irã envie 1.200 quilos de urânio pouco enriquecido à Turquia e, em troca, receba combustível para seu reator em Teerã. Com isso, aumentaria o controle sobre o programa nuclear iraniano.
Teerã alega que seu programa tem fins pacíficos.
Mas o anúncio de que a República Islâmica vai continuar enriquecendo urânio desencadeou a desconfiança internacional, o que resultou na votação de sanções ao país pelo Conselho de Segurança da ONU. A União Europeia estuda medidas para endurecer as restrições a Teerã, que classificou a iniciativa de “irracional e ilógica”.
Brasil O chanceler brasileiro, Celso Amorim, fez uma crítica à ONU afirmando, em entrevista ao jornal francês Le Figaro, que é tempo de se ouvir os países emergentes em questões de guerra e paz, como o caso do programa nuclear i r a n i a n o.
Em discurso na Conferência sobre Desarmamento da ONU, Em Genebra, na Suíça, Amorim reafirmou a defesa do acordo assinado entre Brasil, Turquia e Irã em busca de uma solução para a polêmica e lamentou que não foi dada nem sequer “uma oportunidade” ao acordo.
– A melhor garantia de não proliferação é a eliminação total das armas nucleares – defendeu.
Amorim: melhor garantia é eliminação total das armas nucleares.
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