quinta-feira, 14 de abril de 2011

Wilma diz que Rosalba cancelou convênio com os municípios por "pura politicagem"


Wilma: questões políticas motivaram fim de convênio para expansão do SAMU
 
A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) voltou à cena para criticar o suposto tratamento dado pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao processo de expansão so SAMU no interior do Rio Grande do Norte. Nesta quinta-feira (14), a ex-governadora afirmou que o atual Governo cancelou convênio com os municípios por "pura politicagem".

Wilma, lembrando que diversas ambulâncias do SAMU estão em Natal aguardando a estruturação das bases de suporte, com cronograma de ações em andamento, afirmou que, ao sair do Governo, deixou "pronto e acordado" com o Ministério da Saúde um plano de expansão do SAMU, chegando ao interior e, de acordo com a ex-governadora, atendendo qualquer ocorrência em todo o estado em até 20 minutos. No entanto, Wilma de Faria afirmou que o convênio assinado por Iberê Ferreira com a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), dando sequência ao processo de interiorização do serviço, foi cancelado.Para Wilma, a suposta atitude do Governo do Estado teria sido motivado por questões políticas. "Infelizmente, o atual Governo cancelou o convênio com os municípios só para não dar continuidade ao que já estava planejado e feito. Pura politicagem", disse a governadora através do Twitter, que também apelou para que a decisão seja revista.

"Deixo meu apelo à Assembléia Legislativa, Ministério Público, imprensa e o povo em geral: Não deixemos que o SAMU seja descaracterizado", postou.

Por outro lado, o secretário de Saúde do estado, Domício Arruda, explicou que o convênio com aproximadamente 130 municípios estava com diversas irregularidades e, por isso, a Procuradoria do Estado recomendou o cancelamento do acordo. Segundo Domício, durante os quase nove meses de celebração do convênio, nada havia sido feito para a expansão do serviço.

"Havia erros e pedimos que a Procuradoria analisasse. Eles assim o fizeram, recomendaram o fim do convênio e rescindimos. Isso não tem volta", resumiu Domício Arruda.

De acordo com o secretário de Saúde, o atual Governo já tem um plano de atenção às urgências e emergências, aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde. A intenção do Executivo é fazer com que ocorra a expansão do SAMU, com a ampliação do serviço metropolitano (que vai se chamar SAMU Litorâneo), abrangendo a faixa de Baía Formosa até São Miguel do Gostoso, e chegando ao interior até a altura de Nova Cruz. Além disso, o plano é fazer também a ampliação do SAMU em Mossoró, ampliando o serviço na região Oeste, e a implantação de bases em Caicó e Pau dos Ferros, atendendo o Seridó e Alto Oeste, respectivamente.

"Vamos receber mais 40 ambulâncias e as 16 que estão paradas por esperar a regularização, em breve já estarão circulando. O que não poderíamos era manter um convênio da forma irregular que estava", disse.

Sobre as acusações de Wilma de Faria de que o cancelamento do convênio foi decorrente de divergência política, Domício Arruda disse que não havia sentido na acusação da ex-governadora. "São quase 130 municípios e prefeitos que reclamaram, e havia aliados e adversários. Uma coisa não tem nada a ver com a outra", garantiu.

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