sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Americanos soltos pelo Irã agradecem pela ajuda brasileira Itamaraty intercedeu por jovens que, sob suspeita de espionagem por Teerã, ficaram 781 dias detidos

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Familiares dos americanos Shane Bauer e Josh Fattal, que passaram mais de dois anos presos no Irã sob acusação de espionagem, foram ontem à Embaixada do Brasil em Washington agradecer pela ação do país na negociação com Teerã, em setembro.

"Shane, Josh e nós todos estamos muito gratos ao Brasil por sua ajuda", afirmou Cindy Hickey, mãe de Bauer.

Para Alex Fattal, irmão de Josh, o papel do país foi "espetacular". "Sempre que havia uma oportunidade de levantar o caso em um terceiro país, ou de falar ao Irã em uma reunião sobre direitos humanos, eles faziam", afirmou a jornalistas brasileiros.


Alex, que fala português e trabalhou no Brasil, disse à Folha que recorreu ao governo por meio do cineasta João Moreira Salles, seu amigo.

Autor do documentário "Entreatos", com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Salles o pôs em contato com o assessor de Assuntos Internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia. Paralelamente, Alex buscou a embaixada em Washington.

Fattal e Bauer foram libertados em setembro último, após gestões dos governos do Brasil e da Turquia endossadas pelos EUA.

A campanha, que culminou numa fiança de US$ 500 mil por prisioneiro, 781 dias após sua detenção, envolveu os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, do Iraque, Jalal Talabani, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

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