sábado, 5 de março de 2011

Costa do Marfim na iminência de uma guerra civil



Forças de paz da ONU na Costa do Marfim recebem reforço

PARIS/BOUAKÉ, Costa do Marfim (Reuters) - As forças de paz da ONU na Costa do Marfim terão um reforço de 2 mil soldados e já receberam dois helicópteros de combate para enfrentar a crescente violência entre facções políticas rivais no país, disse uma autoridade da Organização das Nações Unidas.

A atual força de 8 mil soldados das Nações Unidas está tentando impedir que um impasse entre Laurent Gbagbo e Alassane Ouattara, que reivindicam a presidência, conduza a uma guerra civil, enquanto confrontos entre facções leais a cada um dos líderes se tornam cada vez mais violentos.


Cerca de 800 soldados das forças de paz estão posicionados ao redor de um hotel em Abidjã, onde Ouattara, reconhecido amplamente como vencedor das eleições do ano passado, está abrigado há três meses esperando que as sanções econômicos enfraqueçam o dominío de Gbagbo.

"O que estamos vendo é claramente uma escalada na violência", disse Choi Young-jin, um representante da ONU em Abijdã, em entrevista ao jornal Libération publicada no sábado.

Na quinta-feira, as forças de segurança da Costa do Marfim leais ao Gbagbo mataram a tiros sete mulheres manifestantes, e segundo a ONU, ao menos 365 pessoas morreram na violência depois das contestadas eleições de 28 de novembro do ano passado.

Líderes africanos iriam se reunir na Costa do Marfim, maior produtora de cacau do mundo, para propor uma solução ao impasse, mas cancelaram o encontro na sexta-feira. Em seu lugar, os países convidaram Ouattara e Gbagbo para a próxima cúpula da União Africana, onde seria proposta uma solução para a crise. Expectativas de um resultado positivo não são grandes.

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