sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O vazamento do ENEM e o oportunismo do Dimenstein


Do Vi o Mundo - 01/10/09

por Luiz Carlos Azenha


O oportunismo político não tem limites.

Do grão-tucano Gilberto Dimenstein, por exemplo.

O caso nem começou a ser investigado e ele já decidiu:

01/10/2009 - 17h56
Gilberto Dimenstein: MEC não estava preparado para realizar o Enem

da Folha Online

O vazamento da prova do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) mostrou que o MEC (Ministério da Educação) não estava devidamente preparado para a aplicação do teste, marcado para o próximo fim de semana, diz Gilberto Dimenstein, membro do Conselho Editorial da Folha e colunista da Folha Online.

O jornalista ressalta neste podcast que adiamento da prova anunciado nesta quinta-feira é um caso atípico. Ele lembra que há tempos universidades como Unicamp (Universidade de Campinas), USP (Universidade de São Paulo), entre outras, têm conseguido de forma segura evitar o vazamento.

O que o Dimenstein sugere é que José Serra é competente para proteger os exames da USP e da Unicamp. O Ministério da Educação, não.

Mas antes, será que ele não deveria perguntar à Folha de S. Paulo, da qual é empregado, se não foi ela que vazou o conteúdo do ENEM?

Sim, parece uma pergunta fora de propósito, esdrúxula, absurda.

Porém, considerando que a Folha é sócia da gráfica que imprimiu os exames e que...

1. O jornal bombou uma epidemia inexistente de febre amarela, ajudando a levar milhares de pessoas a buscar vacinação sem necessidade, o que levou à morte pelo menos uma pessoa (a Conceição Lemes me corrige: pelo menos duas mortes);

2. O jornal, através de um colunista, acusou o presidente da República de ser homicida dos passageiros do avião da TAM que caiu em Congonhas;

3. O jornal publicou na primeira página uma ficha falsa da ministra Dilma Rousseff, que circula como spam pela internet;

4. O jornal bombou o noticiário sobre uma hecatombe econômica, que no Brasil vai ser bem menor do que se previa;

5. O jornal bombou uma epidemia de gripe suína, que registraria no Brasil, segundo a Folha, ao menos 35 milhões de casos;

6. O jornal inventou a "ditabranda" e depois a "ditabranda internacional", em Honduras, com o objetivo de desgastar a diplomacia brasileira.

Considerando tudo isso, seria absurdo supor que o vazamento aconteceu na gráfica parcialmente controlada pela Folha e que teve motivação política?

Será que o Ministério da Educação vai mandar imprimir o novo exame do ENEM na mesma gráfica?

Ou vai colocar a empresa sob suspeição?

Depois de Honduras, a mídia já sentiu o cheiro do novo "caos" federal.

É o caos na Educação:

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