Líderes resistem, mas oposição deve perder vagas no Senado
BRASÍLIA - A oposição ao governo federal está ameaçada de perder vagas no Senado nos sete principais redutos eleitorais do Brasil e no Distrito Federal, mas oferece resistência no nordeste e no norte para salvar expoentes que se tornaram alvos preferenciais da estratégia articulada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assegurar maioria na Casa num eventual terceiro mandato petista.
O governo quer alcançar a maioria aproveitando o fato de que neste ano cada estado elegerá dois dos três senadores que representam cada unidade da Federação. Lula está empenhado na composição por ter enfrentado, em quase oito anos, oposição de 45 dos 81 senadores, o que causou em 2007 a perda da arrecadação anual de R$ 40 bilhões da CPMF, o imposto do cheque.
Segundo pesquisa realizada na semana passada pelo DataFolha em sete estados (SP, MG, RJ, PE, BA, RS e PR) e no Distrito Federal, a bancada de PSDB e DEM cairia à metade (de seis para três) se a eleição fosse hoje.
Entre as unidades da Federação pesquisadas, apenas em Minas Gerais dois aliados do presidenciável José Serra (PSDB) lideram a disputa - o ex-governador Aécio Neves (PSDB), com 68%, e o ex-presidente da República Itamar Franco (PPS), com 47%. O petista Fernando Pimentel está em terceiro, com 20%.
Candidatos aliados de Dilma Rousseff (PT) lideram a disputa por uma vaga no Senado em seis dos sete estados pesquisados, além do Distrito Federal. A coligação da candidata elegeria de nove a 12 senadores. Por sua vez, a aliança de Serra emplacaria de quatro a seis de seus candidatos.
Em São Paulo, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) mantém a liderança com os mesmos 32% obtidos no levantamento anterior, de julho. Já o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) passou de 21% para 25% e ficou tecnicamente empatado com o senador Romeu Tuma (PTB), que tem 23% (margem de erro de dois pontos para SP, quatro para o DF e três para os outros estados). Netinho de Paula (PC do B) agora tem 17% (tinha 15%). Ele foi favorecido pela queda de Ciro Moura (PTC), que caiu de 19% para 15%.
No Rio de Janeiro, o senador Marcelo Crivella (PRB) está na frente com 40%, seguido pelo ex-prefeito Cesar Maia (DEM), que tem 33%. O terceiro colocado é Lindberg Farias (PT), com 22%.
No DF, o senador Cristovam Buarque (PDT) é o primeiro, com 44%. O segundo lugar é disputado por Rodrigo Rollemberg (PSB), com 30%, empatado tecnicamente com Maria de Lourdes Abadia (PSDB), com 29%.
O PP, que dá apoio informal à petista, pode ficar com uma vaga - no caso, o Rio Grande do Sul. Lá o ex-governador Germano Rigotto (PMDB) lidera com 43%. Em segundo lugar estão o senador Paulo Paim (PT), que antes era considerado reeleito, surpreendido pela jornalista Ana Amélia (PP), ex-funcionária do Grupo RBS. Ambos estão empatados em 35%. Os aliados de Dilma têm folga na Bahia e no Paraná, onde ocupam as primeiras colocações. Na Bahia, César Borges (PR) tem 36%, Lídice da Mata (PSB), 20%, e Walter Pinheiro (PT), 17%. No Estado do Paraná, se a eleição fosse hoje seriam eleitos senadores Roberto Requião (49%), do PMDB, e Gleisi Hoffman (31%), do PT. Entre os principais opositores que estão na mira da cúpula petista figuram: o líder do PSDB no Senado, Arhur Virgílio Neto (AM), que resiste em um segundo lugar, com 43%, atrás do ex-governador Eduardo Braga (PMDB), 86%, e enfrentando a concorrência da deputada governista Vanessa Grazziotin (PCdoB), com 33%; e o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), com 47%, atrás de Garibaldi Alves (PMDB), com 53%, e à frente da governista Wilma Faria (PSB), 38%.
São também alvos preferenciais de Lula os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). É também missão do governo tentar impedir a reeleição do senador Marco Maciel (DEM-PE).
Os dois últimos devem ser reeleitos, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Mas Fortes está ameaçado, com 14%, atrás do colega da oposição, Mão Santa (PSC), com 22%, e do Wellington Dias (PT), com 42%, convencido por Lula a entrar na disputa.
A oposição ao governo federal está ameaçada de perder vagas no Senado nos sete principais redutos eleitorais do País e no Distrito Federal, mas oferece resistência no nordeste e no norte para salvar expoentes que se tornaram alvo.
Segundo pesquisa em sete estados (SP, MG, RJ, PE, BA, RS e PR e no DF), a bancada de PSDB e DEM cairia à metade (de seis para três) se a eleição fosse hoje. A coligação da candidata Dilma Rousseff (PT) elegeria de nove a 12 senadores. Já a de José Serra (PSDB) emplacaria de quatro a seis.
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