quinta-feira, 14 de julho de 2011

O RN tem pressa, governadora

por Carlos Santos,

Raivas, ranços, ressentimentos, interesses subalternos, vilanias, desapontamentos pessoais ou corporativos em relação ao Governo Rosalba Ciarlini (DEM) precisam ser aplacados.

Já escrevi outras vezes, repito: a política do quanto pior, melhor… é infame.

No cômputo geral, todos nós perdemos.

Nem o servilismo patológico nem a oposição hidrófoba. Precisamos de moderação. “A virtude está no meio”, como bem recomendava Aristóteles.

O governo está ruim? Está.


“Ruim de escorrer água”, diria minha santa mãezinha.

Pode melhorar? Pode, sim.

Precisa mudar métodos e mentalidade. Não será pelo incenso caudaloso, o elogio remunerado ou a desfaçatez de propagandas surreais que conseguirá a superação.

Assinalei pouco após as eleições do ano passado que não nutro expectativa maiores em relação à gestão Rosalba, com base no que foi sua passagem em três oportunidades pela Prefeitura de Mossoró. Será um governo “bom”, ou mesmo regular, centrado no convencional.

Que seja pelo menos isso.

Não é muito, mas precisa ser pelo menos isso.

O que se revelou até agora, é bem aquém do anunciado e ínfimo diante do possível.

O RN precisa que essa gestão cumpra o principal desafio de décadas que escassos governantes assumiram: reduzir a distância entre a capital e o interior. Tem que se empenhar para promover a socialização do desenvolvimento e atenuar as desigualdades sociais.

Torço. Faço minha parte. Opino, questiono, informo.

Açulo a sociedade à dialética. Contribuo à construção de uma bolha crítica que possa desenhar uma nova ordem. É pouco? Talvez. Mas é bem mais do que a maioria tem feito, habituada a cruzar os braços ou resmungar sussuradamente.

Abro o bocão (que não é pequeno) e assumo o ônus de ser assim, translúcido, sem rodeios ou farisaísmo. Sem a sombra do anonimato ou terceirização de opinião.

Chega de transferência de responsabilidades; basta de maquiagem. A retórica da “terra arrasada” não cola mais.

Temos praticamente seis meses perdidos e fecharemos 2011 com quase nada de concreto.

Ao trabalho, governadora.

O Rio Grande do Norte tem pressa.

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