Mais de mil bombeiros do Rio de Janeiro são esperados na Câmara nesta terça-feira (12) para pressionar pela votação, em segundo turno, das propostas de piso salarial nacional para policiais e bombeiros. Os líderes da categoria têm reunião marcada, na tarde desta terça-feira com integrantes da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
“Continuamos com a mesma postura, em busca da aprovação do piso e da dignidade do servidor da área de segurança pública do País. Acreditamos que os parlamentares que foram eleitos pelo voto do povo estarão presentes pela PEC 300”, afirma o cabo Daciolo, um dos líderes do movimento.
Eles também vão continuar a buscar a assinatura de todos os líderes partidários para que as propostas sejam colocadas em votação em Plenário imediatamente.
O presidente da Comissão de Segurança, deputado Mendonça Prado (DEM-SE), informou que 11 líderes já assinaram o requerimento para a votação imediata da matéria, faltando apenas os líderes do PT, PSDB e PMDB. Mendonça Prado acredita em uma solução conciliada para votação da matéria em Plenário.
Se a PEC não for colocada em votação antes do recesso parlamentar, previsto para 18 de julho, os líderes da categoria anunciam a disposição de promover um dia de paralisação em toda a segurança pública do Brasil e trazer novas caravanas de policiais e bombeiros de todo o país à Brasília. A estimativa é que mais de 10 mil policiais e bombeiros miltares venham ao Congresso Nacional no dia 9 de agosto.
Impacto financeiro
Os manifestantes também vão criar uma comissão de estudos atuariais para calcular o real impacto financeiro que o piso salarial de policiais e bombeiros teria nas contas dos governos estaduais. Esse ponto específico é para impedir que ministros da área econômica e governadores apresentem contas diferentes em relação a esse impacto.
Os policiais ainda vão organizar um fórum para esclarecer os objetivos da PEC 300 e do Fundo Nacional de Segurança Pública, que seria criado com recursos do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Eles decidiram também criar um material didático para esclarecimento e publicidade dos reais objetivos do movimento em defesa das PECs 300 (dos policiais militares) e 446 (dos bombeiros).
O grupo estabeleceu a criação de cinco coordenadorias regionais (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e da Confederação Nacional Provisória que agrega todas as associações que queiram colaborar com a PEC 300.
Os policiais decidiram também apoiar a comissão especial, criada recentemente pelo presidente Marco Maia (PT-RS) para reanalisar a PEC 300, desde que seja mantido o texto aprovado em primeiro turno no Plenário da Câmara e sejam contemplados os interesses de inativos e pensionistas.
Fonte: Agência Câmara
Reproduzido do portal Vermelho
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