Preço de ações dependem de fundamentos da companhia e também de expectativas de mercado. Posso comprar uma ação julgando que a companhia me dará o retorno adequado; ou achando que alguém irá recomprar por um preço superior.
Por isso mesmo, campanhas continuadas contra uma companhia tendem a derrubar o preço de suas ações, independentemente de seus fundamentos, pelo simples efeito-manada. Há uma jogada recorrente no mercado, que é investir contra determinados aspectos de uma companhia, montar uma campanha que potencialize eventuais movimentos de alta ou de baixa, para poder comprar na baixa ou vender na alta.
A Petrobras vai fazer o maior lançamento de ações da história. Será peça central para cacifar investimentos essenciais para o desenvolvimento do país nas próximas décadas. É importante que o mercado analise os impactos sobre os acionistas e alerte para riscos e oportunidades do investimento.
Mas a campanha sistemática da Folha contra o lançamento – em um período em que a Petrobras é obrigada a manter o silêncio, por imposição da CVM – começa a chamar a atenção.
Pode ser uma forma recorrente de fazer oposição cega. Mas há interpretações - que estão sendo abraçadas por um público especialista cada vez maior - de que possa haver alguma coisa que vai além da política. Ou seja, beneficiar especuladores que comprariam os papéis na baixa.
Não creio que seja essa a intenção da Folha. Mas não há lógica jornalística que explique esse empenho. Há muitas suposições para entender porque um jornal que não acompanha mercado, que abdicou de ter um caderno de Economia competitivo, interessa-se tanto pelo assunto a ponto de coloca-lo em suas manchetes principais. Nenhuma das suposições costuma ser positiva para o veículo.
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