terça-feira, 20 de julho de 2010

Serra repete Indio da Costa e diz que PT tem ligação com as Farc

Retirado do Blog Leituras Favre

Por Luis Favre


O título acima é da Folha.com. O artigo a seguir é do jornalista da revista Época, Paulo Moreira Leite. Ele expressa toda sua indignação contra as declarações do vice de Serra e diz mais, afirma com todas as letras que se trata do método familiar da ditadura militar. Segundo o jornalista da Época, o vice de Serra “preferiu a mentira, a denuncia sem prova, o mau serviço de um tipo ruim de jornalismo que acusa e depois não consegue se sustentar”.


Agora pouco Serra endossou as declarações do seu vice e repetiu “a mentira, a denuncia sem prova”, empregando os métodos dos que rejeitam a democracia e o Estado de direito.

Serra e Indio, mostram juntos que estão a serviço da divisão e da intolerância. Para eles os adversários são inimigos que devesse destruir, caluniar e sujar. 

Não é o que Brasil precisa para continuar no caminho do crescimento e do progresso social. Essa divisão significaria um retrocesso e provocaria conflitos e acirramentos prejudiciais para enfrentar os desafios que ainda temos pela frente. 

O incidente é muito significativo e ensina muito sobre a verdadeira natureza da oposição e do carater de sua candidatura. 

Paulo Moreira Leite falou exclusivamente do DEM e indicou que possui políticos respeitáveis. Eu acrescento que esse é também o caso do PSDB. Mas os termos que ele utilizou na sua nota, deverá coerentemente aplicá-los agora não só ao jovem demo, mas ao velho tucano José Serra que não tem nem sequer a desculpa da falta de experiência. LF

Índio na pré-história

Paulo Moreira Leite, da ÉPOCA

As declarações de Indio da Costa, procurando estabelecer vínculos entre as FARC, o narcotráfico e a campanha de Dilma Rousseff são um escândalo — mas é preciso reconhecer que guardam coerência com sua legenda.

Herdeiro do PFL da ditadura militar o DEM possui políticos respeitáveis em seus quadros. Seria errado e injusto generalizar.

Mas embora tenha até mudado de nome o partido dá mostras seguidas de que jamais acertou as contas com seu passado sob o regime dos generais. Isso ficou claro num episódio constrangedor, quando Dilma Rousseff foi ao Congresso falar sobre uma crise na Receita Federal e o senador Agripino Maia disse que ela havia aprendido a mentir quando era torturada pela repressão política. Em um minuto, foi um passado de décadas que retornou ao presente. Chocante.

Um dos traços típicos daquele regime era fazer acusações sem prova. Compreende-se. Num tempo em que a Justiça chegava a cumprir funções decorativas, quem estava no exerício do poder podia exercitar a violência conforme suas conveniencias e interesses, sem razão para perder tempo com formalidades legais, não é mesmo?

As declarações de Indio da Costa pertencem a essa família. Qualquer cidadão que tenha se dado ao trabalho de estudar nossa vida pública na última década sabe que não é preciso ter muito trabalho para encontrar erros, desvios e contradições no PT e no governo Lula. É possível encontrar erros no mes passado, na semana passada, no minuto passado.

Mas Índio da Costa preferiu a mentira, a denuncia sem prova, o mau serviço de um tipo ruim de jornalismo que acusa e depois não consegue se sustentar. O esforço para vincular o PT às FARC e ao narcotráfico É um mau começo para quem acaba de entrar na campanha.

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