A greve dos professores da rede estadual de educação não é o único motivo agravante da crise no setor. A faceta trabalhista do problema envolve até mesmo aqueles que não cruzaram os braços: os docentes temporários. Segundo dados da assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação, 913 docentes contratados através de processo seletivo realizado neste ano, estão sem receber desde a efetivação nos quadros da secretaria. Desse total, 661 não veem a cor do salário desde fevereiro. Outra parcerla, de 252, não recebem desde abril.
No município, a situação é ainda mais complicada, porque, além de não receber salário desde o início do ano letivo, os professores temporários foram contratados de maneira completamente informal, sem processo seletivo, sem contrato de trabalho e assinam apenas uma folha de frequência. Segundo dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação, 496 profissionais, principalmente educadores infantis que trabalham 30 e 40hsemanais, encontram-se nessa situação.
No município, a situação é ainda mais complicada, porque, além de não receber salário desde o início do ano letivo, os professores temporários foram contratados de maneira completamente informal, sem processo seletivo, sem contrato de trabalho e assinam apenas uma folha de frequência. Segundo dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação, 496 profissionais, principalmente educadores infantis que trabalham 30 e 40hsemanais, encontram-se nessa situação.
Para a presidente do Sinte, Fátima Cardoso, a situação desses professores está "insustentável". "Eles são contratados para resolver um problema e terminam assumindo o próprio problema. São eles, juntamente com os estagiários, que estão fazendo ainda alguma escola funcionar nesse período de greve, e mesmo assim o governo ignora a situação deles, estando a grande maioria até sem condições de se locomover ao trabalho", disse a sindicalista, acreditando que, agora, eles naturamente devem engrossar o movimento.
Pagamento
Segundo informação da Secretaria Estadual, todos os pagamentos em atraso dos temporários serão feitos em uma única parcela neste mês de junho. Isso vai representar um montante de cerca de R$ 4,3 milhões.
Consultado pela reportagem, o secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, disse que, no caso do Município, o atraso não é devido à falta de dinheiro, mas porque o processo de pagamento ainda não foi concluído, ou seja, apenas por uma questão burocrática. "Estamos com dinheiro em conta aguardando apenas a liberação do processo", disse ele, prometendo o pagamento dos meses de março e abril para segunda-feira.
DN ONLINE / Div. Professor Ivanilson
Um comentário:
Sou professora temporária e até agora não entrou pagamento em minha conta. Comuniquei-me com a SEEC e me avisaram que só sairá em julho.
Isso é uma arbitrariedade com a educação e com o desrespeito aos profissionais que estão envolvidos nesse processo.
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