sexta-feira, 22 de julho de 2011

Estado comemora vitória contra os professores e o prejuízo dos 300 mil alunos do RN

Por Cezar Alves,


De ontem para hoje tenho sido abordado freqüentemente na rua com a seguinte pergunta: Quem venceu a queda de braço entre governo e professores?

Explico a cada um deles e agora faço aqui. A pergunta está errada. Não é para perguntar se foi o governo ou os professores que venceu. Isto não tem pouco sentido ao cidadão.

A pergunta correta é: qual foi o tamanho do prejuízo dos 300 mil estudantes durante os 80 dias de greve e os 56 dias sem aula no Rio Grande do Norte?


Seguida da seguinte pergunta: O que o nobre amigo cidadão está fazendo para reverter este quadro calamitoso, desastroso, negro que a Educação está caminhando há anos?

Estas perguntas nos remetem a várias reflexões necessárias como cidadão, algo que pouco temos feito a respeito de questões tão graves quanto o tema Educação pública.

O descaso do Estado com educação em todos os sentidos é fato incontestável. Logo não existe o que se discutir sobre quem ganhou a queda de braço se o Estado ou professores.

A única coisa que merece um debate é o tamanho do prejuízo dos 300 mil alunos da rede estadual de ensino. Perderam 6 meses de estudos. O que eles fizeram nestes 6 meses?

Mas o professor grevista pode perguntar: “Mas estes estudantes estivessem nas escolas caindo aos pedaços, com professores carrancudos, despreparados, ganhando ruim, sem livros, sem merenda que preste, do que adiantaria?”

Ou seja, diante do atual quadro calamitoso da educação, defendo que o cidadão deveria está na rua cobrando melhores resultados de seus governos na Educação e não ficar olhando com o rabo do olho para o professor que está apenas brigando por seus direitos assegurados em lei.

Quer saber o nível de aprendizagem dos alunos nas escolas de segundo grau, vá a qualquer universidade e pergunte o nível de desempenho médio dos universitários.

Enfim, o prejuízo dos estudantes é de bem antes da greve e não é pequeno. É gigante. E a culpa é sua, é minha, é nossa. Somos os pais e o Estado e como tal temos a obrigação de providenciar o melhor para nossos filhos.

E quem tá no governo? Resposta: entendo que são apenas meus empregados desobedientes.

Ao #levantedoelefante!


Fonte: www.nominuto.com

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