sábado, 23 de julho de 2011

Professores da Uern não aceitam proposta do Governo do Estado e greve continua



As expectativas positivas que a Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern) tinha em relação à reunião marcada com o chefe do Gabinete Civil do governo do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, não se confirmaram. "Consideramos a proposta do governo um desrespeito à categoria, uma vez que o aumento salarial seria escalonado em três anos, com 7,46% em 2012, 2013 e 2014. Foi uma piada de mau gosto", diz o presidente da Aduern, professor Flaubert Torquato.

Outro ponto discutido durante a reunião, o descontingenciamento do orçamento da Uern, uma das reivindicações da categoria, também não foi assegurado pelo chefe do Gabinete Civil da governadora Rosalba Ciarlini. "Sem o descontingenciamento não temos como terminar o ano letivo", alerta o professor Flaubert Torquato.


Sem acordo, a greve dos docentes da Uern, que já dura mais de 50 dias, deve continuar por tempo indeterminado. "O governo está dando um tratamento desigual a nossa categoria, uma vez que as demais receberão o aumento salarial já este ano. Não concordamos com esse posicionamento, e a greve irá continuar", destaca o presidente da Aduern.

A previsão é que uma nova assembleia da categoria seja realizada na terça-feira, 26. "Acredito que nem haja a necessidade dessa assembleia, mas de qualquer forma vamos apresentar a proposta ao comando de greve e aos professores. O governo do Rio Grande do Norte está brincando de fazer educação, e sem reajuste para esse ano não há acordo", diz Flaubert.

Os professores da Uern prometem radicalizar nas manifestações a partir de agora. "O governo está mudo, mas terá que nos ouvir", diz Flaubert Torquato.

Além da Aduern, também esteve presente à reunião o Sindicato dos Técnicos Administrativos da Uern (Sintauern). A proposta apresentada à categoria foi a mesma oferecida aos professores, e não agradou ao Sindicato.

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