Governador cassado registra chapa e diz ter ficha limpa
Jackson Lago reconheceu, porém, o risco de não disputar as eleições deste ano
Agência Estado
Cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em abril do ano passado por abuso de poder político, o ex-governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), deu entrada nesta manhã com pedido de registro de sua candidatura no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob a ameaça de ser alvo de processo de impugnação movido pelo MPE (Ministério Público Eleitoral) do Estado.
O MPE do Maranhão ainda não havia se manifestado oficialmente sobre o pedido de impugnação da candidatura do pedetista. Lago reconheceu o risco de não disputar as eleições deste ano em função da Lei da Ficha Limpa, após ser questionado sobre a possibilidade de ser alvo de uma ação do MPE.
- Eu tenho a vida, as mãos e a consciência tranquila. Mas quem luta contra essas estruturas viciadas tudo pode acontecer.
Durante o registro de sua candidatura, Lago afirmou que "ninguém na vida pública do Maranhão tem a vida e a ficha mais limpa" do que ele. O ex-governador criticou mais uma vez a decisão do TSE que o tirou do poder e insinuou novamente uma intervenção da família Sarney nesse processo.
- Se as estruturas dominantes do Estado que convivem com as instituições nacionais não aceitam a vontade do povo do Maranhão, isso aí é outra questão.
A partir do pedido de registro das candidaturas, o TRE vai lançar na quarta-feira o edital com a relação de todos que solicitaram pedido de registro de candidatura. A partir desse edital, abre-se um prazo de cinco dias para pedidos de impugnação de candidaturas.
Interlocutores do ex-governador já trabalham com a possibilidade de terem que ingressar com medidas liminares para garantir a participação do ex-governador nas eleições deste ano. Representantes dos dois maiores adversários de Lago, Flávio Dino (PCdoB) e Roseana Sarney (PMDB), dizem que não ingressarão com pedido de impugnação contra Lago. Já os candidatos do PSTU (Marcos Silva), PCB (Marcos Igreja) e PSOL (Saulo Arcangelli) estudam a possibilidade de impetrar representações contra o pedetista.
R7 - Notícias
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