Ana Claudia Costa, O Globo
RIO – Os deputados federais Alessandro Molon (PT-RJ), Protógenes Queiroz (PC do B-SP) e Doutor Aluizio (PV-RJ) conseguiram, na madrugada desta sexta-feira, habeas corpus para os 439 bombeiros que foram presos após invadirem o Quartel Central da Corporação, há uma semana. A decisão é do desembargador Cláudio Brandão. Os deputados estão seguindo para o quartel de Charitas, em Niterói, onde está a maioria dos presos, para comunicar a familiares dos detidos a decisão da Justiça. Há bombeiros presos ainda no hospital da corporação, no quartel do Méier e no Grupamento Especial Prisional, em São Cristóvão.
A informação sobre o habeas corpus movimentou o acampamento dos militares que estão desde sábado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Alguns já se abraçam em comemoração. A liderança do movimento que está no local, no entanto, preferiu se reservar e confirmar a notícia junto aos deputados primeiro para só então reunir o grupo de bombeiros nas escadarias da Alerj. Há informações não confirmadas de que os militares presos, assim que forem liberados, irão para a Alerj.
Na quinta-feira, atendendo a reivindicações dos bombeiros, o governador Sérgio Cabral anunciou a criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil, tendo como titular o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões . Em nota, ele também afirma que vai antecipar de dezembro para julho os seis meses de reajustes salariais de 5,58% para bombeiros, policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários.
Apesar das medidas adotadas pelo governo, o cabo Laércio Soares, um dos representantes do movimento dos bombeiros, disse na tarde de quinta-feira que a categoria não iria recuar das escadarias da Alerj nem das manifestações enquanto os presos não fossem libertados e as punições e sanções fossem canceladas. A libertação determinada pela Justiça abre caminho para novas negociações.
Durante um evento em São Paulo na quinta-feira, o governador Sérgio Cabral disse ao site G-1 que a decisão sobre a libertação dos 439 bombeiros não cabia oa governo do estado:
- Cabe à Justiça Militar decidir sobre isso: se eles permanecem presos ou se eles não permanecem presos. Nós estamos cuidando, vamos cuidar depois do processo disciplinar. O Executivo estadual não tem o que fazer, nem libertá-los, nem mantê-los presos. Isso é uma questão da Justiça.
Policiais militares do Batalhão de Choque são repreendidos por usar camisas vermelhas
Cerca de 30 policiais militares do Batalhão de Choque tiveram a saída do plantão retardada na manhã desta sexta-feira em cerca de uma hora e meia porque usavam camisas vermelhas. O grupo, que deixaria o plantão às 8h foi chamado ao alojamento pelo comandante do batalhão, coronel Waldir Soares.
Segundo os policiais, o comandante disse que eles não poderiam usar vermelho para não associar a imagem do batalhão ao movimento dos bombeiros. Ele também os proibiu de sair em grupo da unidade.
Durante o discurso, ainda de acordo com os agentes, o coronel teria ameaçado de forma velada a transferência de quem utilizasse vermelho. O coronel teria dito que poderia conferir detalhadamente a produtividade de cada policial e ver que ela não estava condizente com o batalhão para, então, transferí-los. O grupo sairia do batalhão às 8h, após um serviço de 24h, mas só foi liberado às 9h30m, e gradualmente.
RIO – Os deputados federais Alessandro Molon (PT-RJ), Protógenes Queiroz (PC do B-SP) e Doutor Aluizio (PV-RJ) conseguiram na madrugada desta sexta-feira o habeas corpus para os 439 bombeiros que estão presos, após invadirem o Quartel Central da Corporação, há uma semana. A decisão é do desembargador Cláudio Brandão. Os deputados estão seguindo para Niterói para comunicar a decisão da Justiça aos familiares dos presos que estão no Quartel de Charitas.
Reproduzido do Vi o Mundo
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