sábado, 11 de junho de 2011

O que fez desta escola uma das melhores escolas do Estado?

 O artigo abaixo foi reproduzido do Blog  Diário do Professor

O que fez desta escola uma das melhores escolas do Estado?, perguntou o repórter à diretora


por Declev Dib-Ferreira

Não sei mais se tenho muito estômago para assistir aos programas sobre educação veiculados na grande mídia.

Em geral, eles mostram apenas parte das questões que se apresentam às escolas, como já falei aqui.

A série sobre educação do jornal nacional, da globo, por exemplo, levou como “especialista em educação” um filho de banqueiro que nunca entrou numa sala de aula e que acha que professor ganha muito.

Então tá, né?

Pra falar que os professores são os culpados da má educação porque não são comprometidos, não fazem o que devem, não ensinam etc., é um pulo – dado muitas vezes.

E outras questões, mais uma vez, passam despercebidas. Questões estas que explicam, em grande parte, porque os professores, em determinadas escolas, não se comprometem, não conseguem fazer e nem ensinar o que devem.

Não é porque não querem, lógico.

Neste programa em questão, quando o repórter perguntou à diretora por que aquela escola era uma das melhores do estado, com base em notas no Ideb, ela disse, com convicção:
Formação dos professores
Hora atividade dos professores [tempo para os professores planejarem suas aulas, estudarem, desenvolverem seu trabalho FORA da sala de aula]
Tempo pros professores atuarem com as famílias dos alunos
Mais qualificação para os professores [portanto, incentivo e tempo para que estudem]
Mais tempo para os alunos estudarem [tempo de permanência na escola – não necessariamente em dias letivos]
Professores com especialização na área que atuam
Salário de 3.500 reais [que ainda acho pouco, mas melhor do que os muitos que têm por aí]
Qualquer semelhança com as tantas recomendações por aqui postadas aos senhores e senhoras secretárias para que a escola possa funcionar da melhor maneira, não é mera coincidência.

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira
Professor “vidente”, ”retórico” ou “reducionista“?

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