quinta-feira, 19 de agosto de 2010

CNBB pede a Dilma universalização de acesso à água

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil


Brasília - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse que pretende implantar em seu governo um programa para universalizar o acesso à água, principalmente para as famílias moradoras do Semiárido nordestino. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha, expressou a preocupação com o acesso à água durante reunião com a candidata, na manhã de hoje (19).



“Achei muito importante a preocupação de dom Geraldo com um a questão. É um assunto que eu vou perseguir sistematicamente, assim como eu fiz com o Luz para Todos que universalizou a energia elétrica. Agora nós vamos universalizar a questão do acesso à água”, disse Dilma.


A candidata disse que além de dar continuidade às obras de integração das bacias do Rio São Francisco, obra polêmica, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma pretende investir ainda na construção de cisternas nas casas do Semiárido.


“O Programa Água para Todos já existe, mas acho importante a gente estabelecer metas a serem seguidas para universalizar o acesso”, destacou. Além da água, Dilma afirmou que também vai estabelecer metas para o saneamento básico e para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida.


Ao falar sobre o Minha Casa Minha Vida, Dilma disse que a Caixa Econômica Federal não deve “se envergonhar” do número de contratos já contemplados pelo programa que tem a meta de construir até o fim do ano um milhão de casas populares. Dilma afirmou que 590 mil imóveis do programa já foram contratados pela Caixa.


“A Caixa não devia ficar com vergonha de dizer que entregou menos casas. Estranho seria fazer [isso] tão rápido. Isso é sinal de que a nossa meta será cumprida até o final desse ano”, disse a candidata que pretende, se eleita atingir 2 milhões de casas entregues na segunda fase do Minha Casa Minha Vida.


Na reunião com os bispos, assuntos polêmicos e que nos últimos anos vem gerando embates entre a Igreja e o governo não foram tratados como as propostas que garantem direitos civis a homossexuais e a questão do aborto. “Não tratamos desse assunto. A minha posição já é clara em relação a esses dois pontos”, disse Dilma.


Ela ainda elogiou a atuação da CNBB durante a ditadura militar. Sou grande devedora da CNBB. Na época da ditadura, esses bispos tiveram a ousadia de se levantar contra o fechamento desse país. “Devemos à CNBB a sobrevivência de muita gente”, disse Dilma.


Edição: Talita Cavalcante

Retirado da Agência Brasil

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