segunda-feira, 20 de junho de 2011

Professor contesta Governo e diz que proposta de 34% de reajuste é 'falácia'


Um professor que pediu para não se identificar enviou ao blog uma bem fundamentada contestação a respeito da proposta do Governo do Estado para tentar acabar com a greve da categoria. Segundo o professor, não há proposta nenhuma, apenas "falácia". Veja os argumentos e dê a sua opinião.

"Pedro,

Essa proposta é a mesma desde o início, ou seja, não tem 2ª nem 3ª propostas. Resumindo: Pagar o Piso em junho e para os outros níves parcelar em 4 vezes até dezembro.

Então, por que os professores não aceitaram?

Porque o Piso é para quem está em início de carreira e tem apenas o magistério. Tem décadas que concurso para professor é só para quem tem nível superio. Quem tem apenas o magistério já está perto de se aposentar e por isso já recebe mais que o Piso. E os professores com nível superior já recebem R$ 930,00. Portanto, essa proposta é uma falácia, enrrolação.


Entretanto, o Piso é vencimento e todas as gratificações devem ser em cima do Piso. Por isso, é importante a sua implementação e a do PCCR.

Como o Piso foi julgado constitucional pelo STF, todo governo tem que pagar e revisar os Planos. Por isso a briga do governo. Os professores tinham um salário-base de R$ 664,33, como a diferença do nível "A" do magistério para o nível "A" do nível superior é de 40% , este último recebe R$ 930,00.

É por isso que o governo não quer pagar o PCCR, pois o salário do professor com nível superio na letra "A" teria que ser: 890,00 + 40% = R$ 1.246,00. Isso desde de janeiro. O governo só quer pagar em dezembro, sem ser retroativo.

Outra coisa, como você viu o governo não está dando aumento de boa vontade (como ele está dizendo -“Esse é um momento histórico, considerando que, nos últimos quatro anos, os professores receberam apenas 7.15% de aumento"). Pois, com a implantação do Piso (que será obrigatório depois da publicação no Diário Oficial da União) o aumento já é automático.

Veja: R$ 664,33 + 34% = R$ 890,00. O resto é por conta dos PCCR que o governo atual diz que é ilegal e que foi Iberê e Wilma os responsáveis".

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