Servidores da Emater cobram pagamento do PCCS e também ameaçam greve
Os servidores do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte também estão próximos do início de uma greve. Os profissionais cobram o pagamento previsto no plano de Cargos, Carreira e Salários dos profissionais da autarquia, implantado pelo Governo do Estado e aprovado pela Assembleia Legislativa em 2010. Até o momento, apenas a primeira parcela do reajuste foi paga, em setembro, e não há previsão para o repasse das duas parcelas restantes.
Com a proposta aprovada pela Assembleia e já dentro do orçamento do Estado, os profissionais receberam o pagamento da primeira parcela em setembro de 2010, quando 30% do valor referente ao reajuste foi paga aos profissionais. A segunda parcela, também de 30%, estava prevista para ser paga em março deste ano, mas o Governo, de acordo com os servidores, justificou que não poderia honrar o compromisso devido ao limite prudencial.
"Desde o início do Governo que conversamos. O secretário Paulo de Tarso (Fernandes, do Gabinete Civil) nos pediu um voto de confiança e disse que até o dia 10 de maio daria um posicionamento sobre o pagamento. A reunião não ocorreu e nós não conseguimos falar com ele. Nós demos o voto de confiança e sequer recebemos a resposta. No dia 25, se não houver a confirmação de que haverá o pagamento, entraremos em greve", disse Edson Zumba, vice-presidente da Associação dos Servidores da Emater (Assema).
Devido ao atraso no pagamento da segunda parcela, também está previsto o atraso no pagamento da terceira parte do reajuste, prevista para junho, que corresponde a 40% do aumento concedido aos profissionais da Emater. "É um aumento bom para a categoria e que temos que cobrar, porque é um direito conquistado", disse Zumba.
Estrutura
Além do não pagamento do reajuste aos servidores, os funcionários da Emater também reclamam da falta de estrutura e da jornada de trabalho diferenciada para trabalhadores que cumprem as mesmas funções.
De acordo com Edson Zumba, há trabalhadores mesmo papel e com cargas horárias diferentes, o que estaria desrespeitando a lei. Já em grande parte dos escritórios regionais, os telefones estão cortados, não há Internet e falta até combustível para os carros que vão às zonas rurais.
"O problema é grave e está inviabilizando diversos projetos da Emater", lamentou Edson Zumba.
Os profissionais da Emater e demais servidores da administração indireta realizarão um movimento no dia 25 de maio, cobrando cumprimento dos compromissos assumidos e melhorias nas condições de trabalho dos funcionários.
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