Na convenção do PSDB que referendou a candidatura da governadora gaúcha Yeda Crusius à reeleição, o candidato tucano à presidência da república, José Serra, só esteve presente mesmo em banners espalhados pelo auditório da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Serra, que não compareceu ao evento tucano no Rio Grande do Sul, foi esquecido até mesmo no discurso de Crusius para as centenas de militantes no evento.(leia mais...)
Em entrevista coletiva à imprensa, no final do seu discurso, Crusius disse que não falou do correligionário paulista por esquecimento. “Você sabe que eu, professora, preparava uma aula, perfeita, aí olhava para o olho dos alunos e não falava daquela aula. Mas no texto escrito, de 12 páginas, é claro que eu falo no Serra. É tão claro o apoio nosso para elegê-lo com uma grande diferença de votos aqui no Rio Grande do Sul que às vezes é até dispensável dizer. Mas na verdade foi um lapso. Então viva Serra! Essa coligação está com Serra”, afirmou a governadora.
Questionada sobre a ausência do candidato da chapa nacional, Crusius disse que Serra deve participar da campanha no Estado. "A gente sabe o quanto está complicado no quadro nacional. Nós vamos ter muitas ocasiões em que o nosso Serra vai poder estar aqui, ele e os demais candidatos a governador, porque eles têm orgulho do que o governo tucano conseguiu fazer no Rio Grande do Sul. Todo o PSDB se sente orgulhoso disso.”
O discurso de Crusius se focou em suas ações como governadora, como o déficit zero --projeto do governo tucano para tentar equilibrar as contas estaduais-- e em críticas à oposição, qualificada, pela governadora, de “aves de mau agouro”. “Se pisarem no nosso poncho, da maneira como fizeram, agressiva, destrutiva, nós demos a resposta e vencemos”, disse a candidata tucana.
Mais tarde, em entrevista a jornalistas, Yeda admitiu que deve enfrentar duras críticas na campanha. A tucana sofreu acusações de prática de caixa dois e desvio de verbas relativas à campanha de 2006. “Você não pode ter um governador ou governadora que responda briga em porta de bar. Na verdade, os candidatos são líderes, eles têm que ser estadistas; já na campanha tudo se espera”, disse.
Crusius, que aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto --atrás de José Fogaça (PMDB) e Tarso Genro (PT)--, disse que não confia nos prognósticos. “Eu quero chegar em terceiro lugar como cheguei em 2006 (ano em que se elegeu). A boca de urna me botou em terceiro lugar. Quando abriram as urnas, eu disparei em primeiro. Quero que seja assim, vou trabalhar para ser assim. Eu não me guio por pesquisas, apesar de respeitá-las”, afirmou .Uol.
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