sábado, 28 de maio de 2011

Continuam as greves no RN

Do Tribuna do Norte 

Conversas não param greves no RN

Marco Carvalho
repórter

O Governo do Estado deu início a uma série de diálogos visando solucionar as paralisações de diversas categorias da administração. Médicos, professores e policiais civis discutiram saídas para as reivindicações com autoridades do Executivo e enxergaram como uma evolução o contato entre as partes. Apesar disso, nenhuma dessas três categorias voltaram atrás nas greves já deliberadas ou programadas.

Todas as classes citadas atribuem à ausência de propostas concretas o fato de permanecer com a paralisação das atividades. O secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, aguarda a análise do limite prudencial, que ocorrerá na próxima segunda-feira em edição extra do Diário Oficial, para avançar nas questões dos reajustes salarias.


Os diretores dos órgãos da administração indireta também formaram a “força-tarefa” do diálogo do Governo com a classe trabalhadora. A primeira categoria a discutir a pauta foi o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN). “Cada vez mais temos a certeza de que o Governo atenderá as nossas reivindicações. Na próxima sexta-feira poderemos ter um panorama melhor da situação com a atualização do limite prudencial e o estudo de impacto das reivindicações no orçamento”, comemorou Fátima Cardoso, presidente do Sinte/RN.

Os médicos ligados à Secretaria Estadual de Saúde, que já programam para o dia 1º de junho a deliberação da greve, também tentaram negociar. O Sindicato dos Médicos apresentou ao secretário Domício Arruda e à Controladora-geral do Estado, Tatiana Mendes, uma nova proposta para o cumprimento do plano de cargos. “Estamos oferecendo mais quatro meses para o Governo pagar. Mas, ao invés de pagar a metade em junho e a outra em janeiro, o pagamento completo ocorreria em setembro”, declarou Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed. O secretário irá levar a proposta ao Gabinete Civil e dará retorno no dia 31 de maio – data da última assembleia antes do início da greve. “O nosso pedido sendo atendido, não haverá paralisação”, disse Ferreira.

Após mais de cinco horas de negociação com autoridades da administração estadual, a Polícia Civil também irá manter a paralisação. Apesar de não ver propostas quanto a nomeação de concursados e cumprimento da lei complementar 417, o Sinpol enxergou avanços. Houve a promessa da retirada de presos de delegacias em 30 dias, assim como a contratação de empresas para limpeza das Dps. 

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