Do Correio da Tarde
Hospital tem apenas um cirurgião de plantão no final de semana
Elizângela Moura
Mesmo os médicos do estado tendo retirado o indicativo de greve que estava previsto para dia primeiro de junho, a saúde pública continua grave em Mossoró. É que depois que dez médicos cirurgiões anunciaram que não mais darão plantão nos finais de semana no Hospital Regional Tarcísio Maia , a situação ficou bem mais complicada. A decisão começou a ser cumprida desde ontem, e já causa problemas.
A equipe de reportagem do CORREIO DA TARDE, esteve hoje no Hospital, e constatou apenas um médico cirurgião, dr. Hermâncio, que está responsável pelo plantão no hospital que atende não só a Mossoró, mas toda a região e até cidades vizinhas.
O diretor da instituição, Ney Robson Vieira, está entrando em contato com outros médicos que possam estar interessados em atuarem no plantões do Tarcísio Maia, mas até o momento nenhum contrato foi confirmado.
Os cirurgiões decidiram pela exclusão da escala de plantão extra devido ao não-pagamento dos plantões que foram realizados no mês de abril e a indecisão quanto às datas de pagamento.
Desde ontem, os profissionais estão cumprindo apenas a carga horária (plantões normais) e os extras, os quais, conforme a escala, ocorrerão nos finais de semana, não serão mais cumpridos.
O problema, é justamente devido as constantes e inúmeras versões sobre as responsabilidades de repasses financeiros dos plantões extras. É uma paralisação parcial dos cirurgiões no hospital Tarcísio Maia, que deixa muito prejudicado a quem precisa de atendimento para cirurgia durante os finais de semana.
Diante dessa situação, casos ocorram acidentes de trãnsito ou outro tipo, ou ainda pessoas com ferimentos a bala, essa possíveis vítimas , cujas ocorrências rotineiramente aumentam nos finais de semana, ficarão sem atendimento porque não haverá médicos para anestesia, tampouco para cirurgia.
Os médicos, que mesmo conhecendo a situação do hospital continuam sem os plantões extras, lamentam que tenham chegado a essa situação e esperam que essa gravidade sensibilize o governo a pagar-lhes o que lhes é devido, e que eles possam retornar as escalas de plantões extras no hospital.
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